Um esboço detalhado dos argumentos abordados no livro
[ Nota do tradutor: a tradução deste capítulo tem a intenção precípua de buscar editoras interessadas em comprar os direitos autorais e publicar a obra completa em português. Os demais objetivos são para informar os amantes de Teologia e Filosofia sobre assuntos correlatos diversos.]
Apêndice do livro
“The Case for the Resurrection of Jesus”
Um esboço detalhado dos argumentos abordados no livro
Por Gary R. Habermas e Michael R. Licona
O esboço a seguir resume as ideias e argumentos apresentados pelos autores. Estes apêndice pode ser usado como uma maneira conveniente de revisar e aprender os argumentos e como uma referência rápida. Os números das páginas após os pontos principais indicam onde encontrar a discussão completa [no livro].
C. Abordagem dos fatos mínimos:
Considera apenas os fatos que são fortemente apoiados por evidências e são aceitos por quase todos os estudiosos, mesmo aqueles que são céticos. Apresentamos cinco fatos (4 + 1). Quatro atendem aos critérios mínimos de fatos e um se aproxima deste critério.
D. Argumento para a Ressurreição de Jesus
1. Os discípulos de Jesus acreditavam sinceramente que ele ressuscitou dos mortos e apareceu a eles.
2. Evidências e eventos externos apóiam a autenticidade desta crença em sua ressurreição: a conversão do perseguidor da igreja Paulo, a conversão do cético Tiago e o túmulo vazio.
3. Visto que não existem teorias opostas plausíveis que possam explicar os fatos históricos, a ressurreição de Jesus é a única explicação plausível.
II. Os fatos (4 + 1)
A. A morte de Jesus por crucificação (p. 48)
1. Relatada em todos os quatro Evangelhos
2. Relatada por várias fontes não cristãs
a. Josefo (Ant. 18: 3)
b. Tácito (Anais 15:44)
c. Luciano (The Death of Peregrine, 11-13)
d. Mara bar Serapião (Carta no Museu Britânico)
B. Os discípulos acreditaram que Jesus ressuscitou dos mortos (p. 49)
1. Eles reivindicaram isso. (POW!)
a. Paulo
(1) Paulo disse que os discípulos alegaram que Jesus ressuscitou
(a) 1 Coríntios 15: 9-11
(b) Gálatas 2: 1-10
(2) A autoridade de Paulo
(a) Reivindicada por Paulo (2 Co. 10: 8; 11: 5; 13:10; 1 Tes. 2: 6; 4: 2; 2 Tes. 3: 4; Filem. 1:21)
(b) Confirmada pelos Pais Apostólicos (Clemente de Roma [1 Clem. 5: 3-5], Policarpo [Pol. Fil. 3: 2; 12:11, Inácio [Inácio, Rm. 4: 3])
b. Tradição oral
(1) Credo primitivo (1 Co. 15: 3-8)
(a) Como sabemos que esse texto de Paulo é um credo?
i. `Entregue" e "recebido" comunica que Paulo está dando a eles uma tradição recebida.
ii. Contém indicadores de um original aramaico:
a. O uso quádruplo do termo grego hoti é comum em credos
b. "Cefas" é aramaico para Pedro, mas Paulo escrevia em grego.
c. O conteúdo do texto é estilizado, contendo paralelismos
d. Termos não paulinos
(b) Quando é datada a origem do credo? Logo após a crucificação de Jesus (provavelmente dentro de cinco anos).
i. Crucificação datada em 30 d.C. pela maioria dos estudiosos
ii. Conversão de Paulo datada em 31-33 d.C.
iii. Paulo some por três anos após sua conversão, depois visita Pedro e Tiago em Jerusalém (Gálatas 1: 18-19). A maioria dos estudiosos acredita que Paulo recebeu o credo deles nesta época.
iv. A outra opção é que ele recebeu esse Credo em Damasco na conversão (três anos antes). De qualquer maneira, ele provavelmente o recebeu de dois a cinco anos após a crucificação de Jesus (o que coloca a origem do credo como ainda mais antiga) de alguém que ele, como apóstolo, considerou uma fonte confiável.
v. A data mais tardia do credo seria antes de 51 d.C, uma vez que Paulo escreve que o que havia recebido, os entregou enquanto visitava Corinto (1 Coríntios 15: 3), visita que os estudiosos datam por volta de 51 d.C. logo, Paulo tinha as informações do credo antes dessa época e as recebeu ainda antes de uma fonte que considerou confiável.
(c) Bíblico vs. Extrabíblico
i. Paulo cita escritores seculares no Novo Testamento (1 Coríntios 15:33; Tito 1:12; Atos 17:28), mas isso não os torna fontes do Novo Testamento.
ii. A evidência que demonstra que o credo existia antes dos escritos de Paulo e não foi originado por ele, pode ser reivindicada como uma fonte não pertencente ao Novo Testamento. Essas evidências incluem os termos "entregue" e "recebido" e os termos não paulinos.
(d) Pontos importantes relativos a este credo:
i. Testemunho antigo da ressurreição de Jesus
ii. Provavelmente testemunho ocular da ressurreição de Jesus
iii. Múltiplos testemunhos da ressurreição de Jesus: Cefas (Pedro), os Doze, mais de quinhentos de uma vez, Tiago, todos os apóstolos, Paulo.
iv. Aparições pós-ressurreição: os 12, mais de 500, todos os apóstolos.
(e) Resumos de Sermões (Atos 1-5, 10, 13, 17)
i. Quando a origem dos sermões é datada? Provavelmente dentro de vinte anos após a crucificação de Jesus
ii. Pontos importantes sobre os resumos dos sermões:
a. Testemunho antigo da ressurreição de Jesus
b. Possível testemunho ocular da ressurreição de Jesus
c. Aparições em grupo: Atos 10, 13
(2) Tradição escrita
(a) Todos os quatro Evangelhos. Apesar do ceticismo dos críticos em relação aos Evangelhos, eles contêm várias afirmações dos discípulos, escritas dentro de setenta anos depois de Jesus, de que Jesus ressuscitou dos mortos.
(b) Pais Apostólicos
i. Clemente de Roma (95 d.C., 1 Clem. 42: 3)
ii. Policarpo (110 d.C., Pol. Phil. 9: 2)
2. Eles creram.
a. A transformação dos discípulos está fortemente documentada - desde homens que abandonaram e negaram Jesus no momento da prisão e execução a homens que, em prejuízo próprio, de forma corajosa e pública proclamaram a ressurreição de Jesus dos mortos.
(1) Lucas (Atos 7; 12)
(2) Clemente de Roma, um contemporâneo dos apóstolos, relata os sofrimentos e mortes dos apóstolos Pedro e Paulo (1 Clem 5: 2-7).
(3) Inácio, que provavelmente conheceu os apóstolos, relata que os discípulos ficaram tão encorajados ao ver e tocar Jesus ressuscitado que não foram afetados pelo medo do martírio (Inácio, Smyrn 3: 2-3).
(4) Policarpo foi instruído e consagrado pelos apóstolos e atesta que Paulo e todos os apóstolos sofreram (Policarpo, PHIIL. 9: 2).
(5) Dionísio de Corinto (citado por Eusébio em EH 2: 25: 8)
(6) Tertuliano (Escorpiace 15).
(7) Orígenes (Contra Celso 2:56, 77)
(8) Pontos importantes:
(a) A disposição dos apóstolos de sofrer e morrer pelo testemunho sobre Jesus ressuscitado é evidência de sinceridade. Eles realmente acreditavam que Jesus ressuscitou dos mortos.
(b) Não está implícito que a sinceridade dos apóstolos confirma a veracidade de suas crenças; as pessoas há muito desejam sofrer e morrer por várias religiões e causas. No entanto, isso demonstra que eles não estavam mentindo deliberadamente. Os mentirosos são mártires fracos.
(c) O fato é fortemente atestado, então, que os discípulos de Jesus acreditavam sinceramente que ele ressuscitou dos mortos e apareceu a eles. Assim, a acusação de que foi uma lenda ou uma mentira não explicam as aparições, porque os apóstolos originais tanto afirmaram quanto acreditaram que o Jesus ressuscitado lhes havia aparecido.
C. A conversão do perseguidor da igreja Paulo (pp. 64-65)
1. Sua conversão
a. Paulo (1 Cor. 15: 9-10; Gal. 1: 13-16; Fil. 3: 6-7)
b. Registrado em Atos (9; 22; 26)
c. Tradição oral primitiva circulando na Judéia (Gl. 1: 22-23)
2. Seu sofrimento e martírio
a. Paulo (2 Cor. 11: 23-28; Fil. 1: 21-23)
b. Lucas (Atos 14:19; 16: 19-24; 17: 5; 17: 13-15; 18: 12-13; 21: 27-36; 23: 12-35)
c. Clemente de Roma (1 Clem 5: 2-7)
d. Policarpo (Policarpo, Phil. 9: 2)
e. Tertuliano (Scorpiace 15; também citado por Eusébio em EH 2: 25: 8)
f. Dionísio de Corinto (citado por Eusébio em EH 2: 25: 8)
g. Orígenes (Comentário sobre Gênesis citado por Eusébio em EH 3: 1)
D. Conversão do cético Tiago (pp. 67-69)
1. Sua conversão
a. Os Evangelhos relatam que os irmãos de Jesus eram descrentes antes da Ressurreição (Marcos 3:21, 31; 6: 3-4; João 7: 5)
b. O credo antigo relata o aparecimento a Tiago (1 Cor. 15: 7)
c. Paulo e Atos identificam Tiago como um líder na igreja (Gálatas 1:19; Atos 15: 12-21)
2. Seu sofrimento e martírio
a. Josefo (Ant. 20: 200)
b. Hegesipo (citado extensamente por Eusébio em EH 2: 23)
c. Clemente de Alexandria (citado por Eusébio em EH 2: 1; mencionado em EH 2: 23)
Fonte:
HABERMAS, Gary R.; LICONA, Michael R. The Case for the Resurrection of Jesus. Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 2004
Tradução Walson Sales
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