quinta-feira, 2 de abril de 2020

REPÚBLICA DO IRÃ COMPLETA 41 ANOS

IGREJA PERSEGUIDA NO PAÍS LUTA CONTRA A HOSTILIDADE E CUMPRE A MISSÃO DE SER BÊNÇÃO NA CRISE DA COVID-19

Há 41 anos, a República Islâmica do Irã foi proclamada. Acabava o reinado do xá Reza Pahlevi e começava o governo do aiatolá Ruhollah Khomeini. As mudanças no território foram profundas, já que tudo no país deveria ser de acordo com os padrões religiosos do islamismo. Era tempo de aumentar a perseguição àqueles que não professavam a fé em Alá e no profeta Maomé. Os cristãos passaram a ser vistos como traidores por terem a mesma fé dos norte-americanos.

Hoje, o país está em 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, com 85 pontos, resultantes da paranoia ditatorial, opressão islâmica, corrupção e crime organizado. A prisão é um dos locais reservados para os seguidores de Jesus pois são considerados uma ameaça à segurança nacional. Porém, em março de 2020, muitos foram libertados graças à decisão do governo com medo das consequências do contágio da COVID-19 nas penitenciárias insalubres do país. Muitos dos que tinham penas mais curtas puderam abraçar as famílias antes do esperado, outros continuaram presos com um alto risco de contágio, já que ficaram doentes por causa dos maus-tratos nas prisões.

No dia 20 de março, o governo do Irã confirmou que quase 20 mil pessoas estavam infectadas pelo coronavírus, com mais de 1.400 mortes. Porém, o vice-ministro da Saúde, Alireza Raisi, confirmou a recuperação de 6.745 pacientes, distribuídos em 13 províncias. O líder reconheceu que a COVID-19 exigia a união de todos para resguardar a saúde das pessoas e até das empresas no país. Agradeceu aos profissionais de saúde e comparou a pressão atual com as sanções impostas pelos Estados Unidos, desde 2018.  

A Portas Abertas convida os cristãos brasileiros a interceder pelo Irã nesta data especial. Principalmente pela Igreja Perseguida no país, que mesmo enfrentando perseguição social e governamental, ainda cumpre o chamado de ser luz em meio às trevas. Uma das maneiras encontradas é ajudando os mais necessitados nos tempos do coronavírus. Uns passaram a distribuir alimentos para idosos e demais pessoas vulneráveis; dessa forma fazem mais do que pregar o cuidado de Jesus, são canal da graça divina.

Outros assistem crianças pobres com produtos de higiene. “Costumávamos mobilizar voluntários para fazer sanduíches e alimentar as crianças de rua que tentam ganhar o sustento para as famílias. Mas, após o surto, tivemos que priorizar o fornecimento de máscaras e desinfetantes em gel para ajudá-las a ficarem seguras”, finalizou um líder cristão.

Fonte: www.portasabertas.org.br
Acessado em 01/04/2020

Por Nivaldo Gomes.

EVIDENCIAS PENTECOSTAIS NA HISTÓRIA ( Parte I)


 Cristo, o fundamento e sua promessa 

Antes da Ascenção, Jesus deu uma ordem aos discípulos: ’’ E eis que sobre vós envio a promessa de meu pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestido de poder do alto”. Lc 24.49. “E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre; o Espirito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vos o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós’’, Jo 14.16-17.

 Igreja primitiva é fundada em Jerusalém 

“ E cumprindo-se no dia de pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente  vem do céu um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E foram cheios do espirito Santo, e começaram a falara noutras línguas conforme o Espirito Santo lhe concedia que falassem’’, At. 2.1-4. A igreja primitiva foi sendo estabelecida nos  100 anos seguintes a esse evento com os dons do Espirito Santo que foram significativamente manifestos e os sinais e maravilhas eclodiam entre o povo.

 Justino Mártir  (100 – 165dc) 

Em sua primeira apologia ao imperador Romano Pio, Justino sustentou que o império dos espíritos tem sido destruído por Jesus.” Você pode agora se convencer a si mesmo pelo que está acontecendo diante dos nossos olhos, por muitos do nosso povo cristão, que foram curados  e ainda continuam a ser curados em toda parte do mundo, e também na sua cidade de Roma numerosos possessos de espíritos maus ( são curados) como nunca antes puderam ser curados por outro exorcista, simplesmente por conjurá-los em nome de Jesus Cristo, que foi crucificado  sob Pôncio Pilatos. São dons proféticos entre nós ainda hoje. Você  poderá  vê-los entre nós nos homens e mulheres que têm os dons do Espirito de Deus.

 Irineu (130dc) 

Irineu foi um dos pais da igreja. Ele fez referência explicita ao charismata. ‘’ motivo, também, pelo qual aqueles que estão na verdade, os discípulos, receberam graça Dele, e fazem em seus nome milagres (...) Alguns fazem, certamente e verdadeiramente a expulsão de demônios (...) Outros tem presciência das coisas que virão; eles vêem visões e totais expressões proféticas. Outros ainda curam enfermidades pelo levantar das mãos sobre os enfermos”. Irineu menciona duas classes de milagres- aqueles que falam em línguas e os que ressuscitam os mortos. Para as ambas variedades, ele era testemunha. 

 Montano (150dc) 

O montanismo surgiu na Frígia, por volta do ano 150. Montano afirmava que o ultimo e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a era do Paracleto, que falava através de Montano, e que se caracterizava pelos dons espirituais, especialmente a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como os últimos profetas, trazendo novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito a regra de Fé, mas afirmavam possuir revelações temporais mais profundas que as contidas nas Escrituras. Faziam estritas exigências morais, tais como o celibato, o jejum e uma rígida disciplina moral.

 Teófilo de Antioquia (181dc) 

Contemporâneo de Irineu, Teófilo fala do exorcismo de demônios como testemunho do poder do Espirito Santo, o que se chama de ‘’ o milagre Cristão’’, além de fazer menção ao discernimento de espíritos.

Continua...
Via Ruanna Pereira

terça-feira, 31 de março de 2020

Soberania de Deus: três erros comuns


Por Marc Cortez.

A seguir, uma conversa que ocorreu recentemente no grupo da igreja da escola secundária de minha filha. A conversa serviu para destacar três erros que frequentemente cometemos quando falamos sobre a soberania de Deus e como esse tema se relaciona com o pecado e o sofrimento no mundo.

Pastor dos jovens: “Deus é soberano. Isso significa que ele controla tudo o que acontece.”
Estudante do ensino médio: “Então Deus estava no controle quando meu cachorro morreu? Por que Deus mataria meu cachorro?”
Pastor dos jovens: "Essa é uma pergunta difícil. Mas, às vezes, Deus nos permite passar por momentos difíceis para estarmos preparados para coisas ainda mais difíceis no futuro. Lembro como foi difícil quando meu cachorro morreu. Mas passar por isso me ajudou a lidar com um momento ainda mais difícil quando minha avó morreu. Isso faz sentido?"
Estudante do ensino médio: (Longa pausa). "Então, Deus matou meu cachorro para me preparar para quando ele for matar minha avó?"
Pastor dos jovens: (Silêncio).

Ah, ministério de jovens. Não há nada como uma pergunta de uma criança de 12 anos para fazer você perceber que o que você acabou de dizer não faz tanto sentido quanto você pensava quando o disse.

Se você olhar atentamente para esta conversa rápida, acho que verá três erros que as pessoas geralmente cometem ao falar sobre a soberania de Deus e como esse tema se relaciona com as coisas ruins que acontecem no mundo.

1. Respondendo à pergunta errada

Isto se refere mais a como lidamos com questões difíceis em geral. Surpreende-me quantas vezes ouço alguém fazer uma pergunta muito boa e profunda, apenas para receber uma resposta para uma pergunta completamente diferente. Observe no diálogo que a aluna queria saber por que Deus matou seu cachorro. Essa é uma pergunta sobre a agência pessoal direta de Deus em algo aparentemente mau. Mas a resposta tinha a ver com a razão pela qual Deus permitiu que o cachorro morresse. Esse é um problema relacionado, mas nitidamente diferente.

Este não é um problema pequeno. Muitas pessoas não percebem que sua resposta não corresponde à pergunta. Contudo, eles assumirão que sim. E isso pode empurrá-los para algum mal-entendido maior.

Foi o que aconteceu neste diálogo. O aluno perguntou sobre Deus ter matado seu cachorro. O pastor dos jovens pulou essa pergunta e foi diretamente à vontade permissiva de Deus. Mas a aluna (compreensivelmente) achou que o pastor de jovens estava respondendo à pergunta que ela realmente fez. Então ela concluiu que o pastor estava concordando que Deus de fato matou o cachorro, e estava apenas tentando explicar por que Deus faria uma coisa dessas. Essa claramente não era a intenção do pastor, mas, ao responder à pergunta errada, ele empurrou o aluno para esse mal-entendido.
Tudo o que há a dizer: ouça as perguntas com atenção. Responder à pergunta errada pode causar problemas.

2. Confundindo Autoridade e Agência

Ao falar sobre a soberania de Deus e como ela se relaciona com o pecado e o mal, é importante distinguir dois conceitos: autoridade e agência. Quando dizemos que Deus é "soberano", estamos afirmando que Deus tem autoridade sobre tudo o que acontece no universo. Ele é o Rei. Como tal, ele tem poder soberano sobre tudo o que acontece. Se ele quiser fazer um rio fluir para trás, ele pode fazer isso. O rio é dele. Como rei, ele tem o poder e a autoridade inerentes.

Mas isso é diferente de dizer que ele causa diretamente tudo o que acontece, que é uma questão de agência. Um Rei pode ter autoridade soberana sobre o comerciante no mercado, mas quando esse comerciante vende um saco de arroz, não dizemos que o Rei executou pessoalmente essa ação.

Portanto, agência e autoridade são conceitos distintos. Podemos combiná-los de diferentes maneiras ao entender como Deus se relaciona com o pecado e o mal. Os Cristãos geralmente concordam que Deus tem autoridade sobre tudo o que acontece, mesmo as coisas ruins. (Sim, até os Arminianos afirmam que Deus é soberano nesse sentido.) Mas eles discordam exatamente sobre como entender a ação de Deus. Alguns dirão que Deus causa diretamente tudo o que acontece. Outros querem falar sobre diferentes tipos de causalidade (ou seja, a causação divina e da criatura estão ambas em ação em todos os eventos, mas a ação de Deus é de alguma forma menos direta e, portanto, Ele não é responsável pelo pecado e pelo mal). Eu poderia continuar indefinidamente. O objetivo é reconhecer que diferentes abordagens da ação divina ainda afirmam a autoridade divina. Eles apenas descompactam o relacionamento de maneira diferente.
Em nossa história acima, o pastor dos jovens não reconheceu a distinção e respondeu a uma pergunta sobre agência com sendo uma resposta sobre autoridade. Não faça isso.

3. Tentando fazer o mal parecer bom

Existe uma linha tênue entre ajudar as pessoas a ver que Deus é maravilhoso o suficiente para usar até as piores situações para seus bons propósitos e fazer parecer que essas situações horríveis são realmente boas. Sim, Deus pode usar uma situação ruim para bons propósitos. Ele faz isso o tempo todo. Os irmãos de José o venderam como escravos, e com isso Deus resgatou o povo da fome (Gênesis 37–45). Os Babilônios esmagaram Judá, e Deus demonstrou sua incrível santidade (Isaías 7: 10–8: 10; 9: 8–10: 4). Jesus foi executado na cruz e Deus redimiu um mundo pecaminoso (Atos 2: 22–23). Nosso Deus é maravilhoso, e ele está sempre trabalhando, mesmo nas situações mais horríveis.
Isso não significa que situações horríveis são realmente boas. Significa apenas que Deus é bom. Criativo. Poderoso. Redentor.

Não louvamos a Deus pelo mal, louvamos a Deus no meio do mal. Essas são respostas criticamente diferentes. Devemos evitar a primeira afirmação para não corrermos o risco de, com nossa pressa de confortar, minimizarmos o mal e sugerirmos que Deus é, de alguma forma, culpado pelo próprio pecado contra o qual ele trabalha tão ativamente.
Discutir a soberania de Deus com alguém que enfrenta uma situação difícil é sempre um desafio. Você deve ter cuidado para não minimizar a dor dessas pessoas e parecer que elas devem, de alguma forma, ser capazes de "seguir em frente" simplesmente porque você os lembrou que Deus está no controle. A soberania de Deus não faz a dor desaparecer, apenas coloca a dor em um contexto. Essa é uma boa coisa a fazer, mas deve ser feita com cuidado.

Fonte:
Tradução Walson Sales.