A lógica subjacente à idéia de que um milagre seja usado para confirmar uma reivindicação religiosa da verdade é a seguinte:
1. Se o Deus teísta existe, milagres são possíveis.
2. O milagre é ato especial de Deus.
3. Deus é a fonte e o padrão de toda verdade; ele não pode errar.
4. E o Deus teísta também não confirmaria algo que fosse falso.
5. Logo, milagres verdadeiros ligados à mensagem confirmam que a mensagem é de Deus:
a) O milagre confirma a mensagem.
b) O sinal confirma 0 sermão.
c) O ato de Deus confirma a Palavra.
d) Nova revelação precisa de nova confirmação.
Se há um Deus onipotente, onibenevolente e onisciente, conclui-se que ele não faria um ato milagroso para confirmar uma mentira. Já que milagres são por
natureza atos especiais de Deus, Deus não pode ir contra a própria natureza. O Deus de toda verdade não confirmaria miraculosamente um erro. Logo, quando uma reivindicação da verdade é confirmada várias vezes por milagres, como os dos profetas do AT,
de Jesus e dos apóstolos do NT, a verdade se mostra e todas as posições opostas revelam-se falsas.
Fonte: Enciclopédia Apologética de Norman Geisler. p. 588 e 589.
Enviado por Sandro Nascimento.
domingo, 24 de maio de 2020
A CONEXÃO ENTRE NINRODE E O ESPÍRITO DO ANTICRISTO!
POR LEONARDO MELO.
INTRODUÇÃO.
Como a Palavra de Deus é atual e verdadeira. Como o Senhor sabe de tudo e conhece tudo por ser ele Deus Eterno e Imortal, virtudes que só Ele possui. Cronologicamente as profecias literalmente tem se cumprido apesar de seus enigmas e símbolos. Citemos alguns textos Bíblicos acerca delas: cf. Gn. 2.15-17, 3.15, 4.9-10, 6.11-18, 7.17-18, 8.1-2, 12.1-4, 17.15-19, 21-22, 18.9-18, Is. 43.13, 46.9-10; Jr.33.3, 12-26, Ez.37.1-14, Dn. 2.31-44, Mt. 24.6-8, 26. 27-29, 28.1-10, Lc. 21.33, 24.25-35, 36-44, ss. Certamente Yahweh tem o controle de tudo em suas mãos. A história da humanidade e o seu destino final estão nas mãos dele. Só um Deus como o Deus da nação de Israel e da Igreja tem o poder de conduzir todos os povos e nações, conforme seus desígnios e propósitos. No cap. 10 do livro do Gênesis, a Bíblia registra uma nova geração humana pós-diluviana descendentes de Noé, isto é, dos seus filhos: Sem, Cam e Jafé. É a partir dessa nova geração que a humanidade vai se multiplicar e encher a terra. Porém, Adonay vai encontrar um opositor cruel e violento chamado de Ninrode, descendente de Cam, cf. Gn. 10.6-10. Ninrode, simplesmente se rebela contra a ordem divina e resiste em cumprir a determinação de Yahweh de povoar a terra, e influenciando os homens daquela época decide construir uma torre até os céus a fim de desafiar a Deus. A Torre de Babel que seria símbolo do seu poder e reino, cf. Gn. 11.2-4. Porém, o Eterno vendo a intenção do seu coração perverso decide intervir nesse ato louco e confunde as línguas daqueles que trabalhavam naquele projeto insano e rebelde, cf. Gn. 11.5-9. Sobre este homem, Flávio Josefo escreveu: “Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre […] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas.” (JOSEFO.2009. 84-85).
NINRODE E O ANTICRISTO.
É razoável lembrar que o mesmo espírito que operou no coração de Ninrode e o influenciou a agir malignamente a se rebelar contra Deus, é o mesmo espírito que Paulo falou que já opera neste mundo, II Ts. 2.7-8. É notável como a Bíblia Sagrada nos guia corretamente para um desfecho que Deus já sabia que iria acontecer, a saber: a implantação de um reino mundial globalizado. Estamos caminhando para a unificação das nações e indo em direção a um governo único. Os fatos que ora se apresentam no dia a dia revelam-nos essa verdade incontestável, estamos caminhando para um governo ninrodiano, onde o anti-Cristo irá dominar tudo completamente, Ap. 13. 1,8,15-17. O significado da palavra Ninrode no hebraico é: rebelaremos. A respeito do nome, o orientalista E. F. C. Rosenmüller escreveu: “O nome Ninrode se deriva de [ma·rádh], ‘ele se rebelou’, ‘ele desertou’, segundo o significado hebraico.” Veja a opinião de (WALTKE. 2010. Pg. 203) sobre Ninrode e as origens de Babilônia, Assíria e a Torre de Babel: “A nota biográfica seguinte prefigura a Torre de Babel e explica a origem racial, política e espiritual da Babilônia e Assíria as duas grandes potências mesopotâmicas que venceram Israel e o mantiveram nos exílios. Ninrode funda seu império em evidente agressão, Gn. 10.8. Seu poder é tão imenso que se torna proverbial em Israel, Gn. 10.9. Seu império incluía toda a Mesopotâmia, tanto a Babilônia ao sul, Gn. 10.10, quanto a Assíria ao norte, Gn. 10-10-12. Como principal centro de seu império, ele funda a grande cidade da Babilônia, mais notavelmente Babel, Gn. 10.10; e subsequentemente , tendo mudado para a Assíria, fundou Nínive ainda maior, Gn. 10.11. sua identidade com reis históricos é discutível. O candidato mais provável é o rei Sargão de Acade(2350-2295 a.C.)”. ainda, segundo Waltke “os babelitas e sua arrogância comparados com os que os precederam . o ato da humanidade construir uma torre com seu cume majestoso adentrando as nuvens representa a expressão máxima da arrogância humana”. É fato que a construção da Torre era uma forma de desafiar os poderes dos céus.
A maneira e a forma que Ninrode conduziu seu império já nos dá um pano de fundo daquilo que será o império anti-Cristão. Daniel em suas visões descreve quão terrível será esse governo globalizado, tirânico e satânico “Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres”.
“Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas”, cf. Dn. 7.7-8.Esse quadro aterrador é o que espera toda as nações. Ainda sobre esse poder satânico e terrível que será exercido sobre a humanidade e do qual ninguém escapará, também está descrito no Livro do Apocalipse, “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão”. “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”. “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens”. “E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”. “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”. “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas”, “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”, cf. Apocalipse 13.11-18.
Estamos diante de uma situação real, de prenúncios reais que irão atingir todas as nações. Está determinado pelo Eterno para que assim aconteça. Não haverá como ninguém escapar deste controle. Será algo que o homem nunca experimentou, ter cerceada a sua liberdade de ir e vir. Estamos também caminhando para um mundo onde a economia global não precisará do dinheiro impresso. O dinheiro será substituído gradualmente. Atualmente várias transações financeiras são realizadas sem o dinheiro físico. Basta ter uma conta bancária e dinheiro na conta e um smartphone. Os mecanismos hoje existentes serão aprimorados. Hoje isso já é uma realidade. O homem negociará sem a necessidade do dinheiro impresso. Segundo, Grant R. Jeffrey em seu documentário “Nas mãos do Governo”, quando o dinheiro impresso sair de circulação, então a população estará totalmente dependente das instituições financeiras e do Governo, o homem perderá sua liberdade econômica! Hoje diversas transações financeiras já são realizadas por atendentes virtuais que funcionam baseada na tecnologia da inteligência artificial.
As cidades que Ninrode construiu são uma réplica de Babel e sua torre. Representam o espírito humano em alcançar significação e segurança por meio de sua tecnologia coletiva , independentemente de Deus. No coração da cidade do homem está o amor egoístico e o ódio por Deus. A cidade revela que o espírito humano não se deterá por nada enquanto não usurpar o trono de Deus nos céus. É o que vimos hoje. Uma ojeriza sem precedentes a humanidade está tomando acerca dos valores judaico-cristãos. Com a crise sanitária instalada no mundo atual, percebemos como esse espírito de Ninrode tem se manifestado e enchido os corações das autoridades na terra. Estamos prosseguindo para a instalação de uma nova ordem mundial, que será imposta, pois, Com a chegada do vírus da Covid-19, o fato é que os desdobramentos políticos, econômicos e sociais que estão ocorrendo ocorrera, nos levarão a situações antes inimagináveis e nos remonta de como será o futuro governo do anti-Cristo.
Todo o aparato tecnológico que os Estados dispunham foram colocados a disposição da máquina estatal com o objetivo de exercer um controle total sobre a população, o famoso confinamento ou lock down. Tecnologias tais como: Drones, identificação facial, controle de geo-localização(GPS), rastreamentos através das operadoras de telefonia a partir do smartphones, barreiras sanitárias, enfim temos atualmente uma amostra de como será o governo tirânico de Satanás que estão soltando aos nossos olhos. Observem que foram medidas tomadas sem aprovação da população e sem plebiscito prévio, simplesmente o Estado invocou o seu poder soberano sobre a sociedade! Nos remota Ao imperador Luís XIV, na época governou a França e Navarra (1638-1715) que proferiu a célebre frase: “O Estado sou eu”, que denota a centralização total de poder nas mãos do rei. É tempo de reflexão. Tempo de decisão. Tempo de estar dispostos a seguir a Cristo fielmente. Os governantes das nações e a ONU certamente escreverão uma nova ordem mundial, uma nova era onde não haverá espaço para o Cristianismo, ainda que de forma gradual, mas essas mudanças que hão de acontecer serão implantadas. O sentimento que Ninrode nutria contra Deus, a ponto de rejeitar sua orientação e se rebelar profundamente contra ele, a ponto de fazer uma torre para o afrontar. Reflete exatamente o espírito do anti-Cristo que se levantará contra tudo que se chama Deus ou se adora, cf. II Ts. 2.3-5,9 que o apóstolo Paulo profeticamente escreveu para a Igreja em Tessalônica. Todo o sistema da antiga Babilônia estabelecido por Ninrode, sejam eles políticos, sociais e religiosos estão gradativamente sendo manifestos atualmente. O renascimento da religião babilônica com sua idolatria e culto a Semíramis estão sendo ardilosamente construída. Estamos seguindo em direção a uma religião única que será influenciada por Satanás, isto é o anti-Cristo, na pessoa do falso profeta que irá promovê-la, cf. Ap. 13. 11-15.
CONCLUSÃO.
A historiografia Bíblica registra já no Livro do Gênesis o desejo de Lúcifer de ser autônomo, esse desejo nutrido por ele influenciou a terça parte dos seres angelicais, que obviamente foram expulsos dos céus. No reino dos homens, também há aqueles que desejam ficarem alienados de Deus e serem auto-independentes e se esforçam por criar seus próprios impérios, e com esse senso de dominação subjulgam seus semelhantes ao seu bem prazer, como por ex. Ninrode. Percebemos no nosso adversário e em Ninrode os mesmos sentimentos: sede de poder e de dominação! Estamos caminhando para a implantação desse sistema de dominação mundial, para um mundo globalizado, e obviamente, depois de tudo que está acontecendo o desejo de implementar uma nova ordem mundial crescerá nos corações dos dirigentes das nações, principalmente como consequência desses últimos acontecimentos epidemiológicos que resultou na pandemia pelo covid-19. O mundo viverá uma nova era. E o desejo de reunificar todas as nações em um só bloco, com um desejo único de um dirigente único que governe sobre toda a terra é fato.
Claro que a idéia da formação de um bloco único de nações no mundo não se dará instantaneamente, haverá todo um processo e tempo para a implementação deste sonho que iniciou com Ninrode lá atrás. Está determinado por Deus nos oráculos proféticos para que assim aconteça. O mundo está caminhando para este tipo de modelo político porque os modelos políticos que regem as nações não estão mais atendendo os anseios dos povos. Há um clamor por mudanças urgentes, e isso a nível mundial. O Neo-liberalismo, a democracia, a monarquia, a social-democracia não estão mais atendendo os anseios populacionais. O mundo grita por um governante mundial. Um estado totalitário que vá de encontro aos anseios da humanidade. A visão ninrodiana será a solução. Governo único regido pelo anti-Cristo. Governo de tendência socialista, que é um comunismo disfarçado e que deixará de fora o Deus que criou os céus e a terra, assim como Ninrode fez ao construir a Torre de Babel. Com Ninrode, não havia lugar para Deus. Porém, essa atitude de arrogância terá seu preço. Não sairá barato para a humanidade rebelde e alienada do Deus verdadeiro. Haverá juízos terríveis sobre a face do globo. Yahweh derramará da sua ira como ação de justiça sobre o mundo. A Palavra de Deus afirma que os ais, esperam a humanidade. As tragédias e os eventos cataclísmicos esperam pela humanidade como está escrito no Livro do Apocalipse, cap. 8, 9, 11.15-19, 14.6-11, 15, 16. É tempo de arrependimento. Amém.
FONTE.
1. HANN, Ricardo de, O Anticristo e Armagedom. S. Paulo. 1992. Imprensa Batista Regular. 48 pg.
2. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Trad. Vicente Pedroso. R. de Janeiro. 2009. CPAD. 1568 pg.
3. LIETH, Norbert. A Babilônia Anticristã. Trad. Doris Korber. R. G. do Sul. 2007. Actual editora. 103 pg.
4. OSBORNE, Grant. Apocalipse – Comentário Exegético. Trad. R. Malkomes & Tiago A. T. Neto. S. Paulo. 2014. Vida Nova. 999 pg.
5. PRICE, Randall. Arqueologia Bíblica – O que as últimas descobertas da arqueologia revelam sobre as verdades Bíblicas. R.J. 2012. CPAD. 379 pg.
6. WALLACE, Ronald S.. A mensagem de Daniel – O Senhor é Rei. Trad. Gordon Chown. S. Paulo. 2008. ABU Editora. 216 pg.
7. WALTKE, Bruce K.. Gênesis – Comentários do Antigo Testamento. Trad. Valter G. Martins. S. Paulo. 2010. Cultura Cristã. 800 pg
INTRODUÇÃO.
Como a Palavra de Deus é atual e verdadeira. Como o Senhor sabe de tudo e conhece tudo por ser ele Deus Eterno e Imortal, virtudes que só Ele possui. Cronologicamente as profecias literalmente tem se cumprido apesar de seus enigmas e símbolos. Citemos alguns textos Bíblicos acerca delas: cf. Gn. 2.15-17, 3.15, 4.9-10, 6.11-18, 7.17-18, 8.1-2, 12.1-4, 17.15-19, 21-22, 18.9-18, Is. 43.13, 46.9-10; Jr.33.3, 12-26, Ez.37.1-14, Dn. 2.31-44, Mt. 24.6-8, 26. 27-29, 28.1-10, Lc. 21.33, 24.25-35, 36-44, ss. Certamente Yahweh tem o controle de tudo em suas mãos. A história da humanidade e o seu destino final estão nas mãos dele. Só um Deus como o Deus da nação de Israel e da Igreja tem o poder de conduzir todos os povos e nações, conforme seus desígnios e propósitos. No cap. 10 do livro do Gênesis, a Bíblia registra uma nova geração humana pós-diluviana descendentes de Noé, isto é, dos seus filhos: Sem, Cam e Jafé. É a partir dessa nova geração que a humanidade vai se multiplicar e encher a terra. Porém, Adonay vai encontrar um opositor cruel e violento chamado de Ninrode, descendente de Cam, cf. Gn. 10.6-10. Ninrode, simplesmente se rebela contra a ordem divina e resiste em cumprir a determinação de Yahweh de povoar a terra, e influenciando os homens daquela época decide construir uma torre até os céus a fim de desafiar a Deus. A Torre de Babel que seria símbolo do seu poder e reino, cf. Gn. 11.2-4. Porém, o Eterno vendo a intenção do seu coração perverso decide intervir nesse ato louco e confunde as línguas daqueles que trabalhavam naquele projeto insano e rebelde, cf. Gn. 11.5-9. Sobre este homem, Flávio Josefo escreveu: “Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre […] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas.” (JOSEFO.2009. 84-85).
NINRODE E O ANTICRISTO.
É razoável lembrar que o mesmo espírito que operou no coração de Ninrode e o influenciou a agir malignamente a se rebelar contra Deus, é o mesmo espírito que Paulo falou que já opera neste mundo, II Ts. 2.7-8. É notável como a Bíblia Sagrada nos guia corretamente para um desfecho que Deus já sabia que iria acontecer, a saber: a implantação de um reino mundial globalizado. Estamos caminhando para a unificação das nações e indo em direção a um governo único. Os fatos que ora se apresentam no dia a dia revelam-nos essa verdade incontestável, estamos caminhando para um governo ninrodiano, onde o anti-Cristo irá dominar tudo completamente, Ap. 13. 1,8,15-17. O significado da palavra Ninrode no hebraico é: rebelaremos. A respeito do nome, o orientalista E. F. C. Rosenmüller escreveu: “O nome Ninrode se deriva de [ma·rádh], ‘ele se rebelou’, ‘ele desertou’, segundo o significado hebraico.” Veja a opinião de (WALTKE. 2010. Pg. 203) sobre Ninrode e as origens de Babilônia, Assíria e a Torre de Babel: “A nota biográfica seguinte prefigura a Torre de Babel e explica a origem racial, política e espiritual da Babilônia e Assíria as duas grandes potências mesopotâmicas que venceram Israel e o mantiveram nos exílios. Ninrode funda seu império em evidente agressão, Gn. 10.8. Seu poder é tão imenso que se torna proverbial em Israel, Gn. 10.9. Seu império incluía toda a Mesopotâmia, tanto a Babilônia ao sul, Gn. 10.10, quanto a Assíria ao norte, Gn. 10-10-12. Como principal centro de seu império, ele funda a grande cidade da Babilônia, mais notavelmente Babel, Gn. 10.10; e subsequentemente , tendo mudado para a Assíria, fundou Nínive ainda maior, Gn. 10.11. sua identidade com reis históricos é discutível. O candidato mais provável é o rei Sargão de Acade(2350-2295 a.C.)”. ainda, segundo Waltke “os babelitas e sua arrogância comparados com os que os precederam . o ato da humanidade construir uma torre com seu cume majestoso adentrando as nuvens representa a expressão máxima da arrogância humana”. É fato que a construção da Torre era uma forma de desafiar os poderes dos céus.
A maneira e a forma que Ninrode conduziu seu império já nos dá um pano de fundo daquilo que será o império anti-Cristão. Daniel em suas visões descreve quão terrível será esse governo globalizado, tirânico e satânico “Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres”.
“Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas”, cf. Dn. 7.7-8.Esse quadro aterrador é o que espera toda as nações. Ainda sobre esse poder satânico e terrível que será exercido sobre a humanidade e do qual ninguém escapará, também está descrito no Livro do Apocalipse, “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão”. “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”. “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens”. “E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”. “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”. “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas”, “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”, cf. Apocalipse 13.11-18.
Estamos diante de uma situação real, de prenúncios reais que irão atingir todas as nações. Está determinado pelo Eterno para que assim aconteça. Não haverá como ninguém escapar deste controle. Será algo que o homem nunca experimentou, ter cerceada a sua liberdade de ir e vir. Estamos também caminhando para um mundo onde a economia global não precisará do dinheiro impresso. O dinheiro será substituído gradualmente. Atualmente várias transações financeiras são realizadas sem o dinheiro físico. Basta ter uma conta bancária e dinheiro na conta e um smartphone. Os mecanismos hoje existentes serão aprimorados. Hoje isso já é uma realidade. O homem negociará sem a necessidade do dinheiro impresso. Segundo, Grant R. Jeffrey em seu documentário “Nas mãos do Governo”, quando o dinheiro impresso sair de circulação, então a população estará totalmente dependente das instituições financeiras e do Governo, o homem perderá sua liberdade econômica! Hoje diversas transações financeiras já são realizadas por atendentes virtuais que funcionam baseada na tecnologia da inteligência artificial.
As cidades que Ninrode construiu são uma réplica de Babel e sua torre. Representam o espírito humano em alcançar significação e segurança por meio de sua tecnologia coletiva , independentemente de Deus. No coração da cidade do homem está o amor egoístico e o ódio por Deus. A cidade revela que o espírito humano não se deterá por nada enquanto não usurpar o trono de Deus nos céus. É o que vimos hoje. Uma ojeriza sem precedentes a humanidade está tomando acerca dos valores judaico-cristãos. Com a crise sanitária instalada no mundo atual, percebemos como esse espírito de Ninrode tem se manifestado e enchido os corações das autoridades na terra. Estamos prosseguindo para a instalação de uma nova ordem mundial, que será imposta, pois, Com a chegada do vírus da Covid-19, o fato é que os desdobramentos políticos, econômicos e sociais que estão ocorrendo ocorrera, nos levarão a situações antes inimagináveis e nos remonta de como será o futuro governo do anti-Cristo.
Todo o aparato tecnológico que os Estados dispunham foram colocados a disposição da máquina estatal com o objetivo de exercer um controle total sobre a população, o famoso confinamento ou lock down. Tecnologias tais como: Drones, identificação facial, controle de geo-localização(GPS), rastreamentos através das operadoras de telefonia a partir do smartphones, barreiras sanitárias, enfim temos atualmente uma amostra de como será o governo tirânico de Satanás que estão soltando aos nossos olhos. Observem que foram medidas tomadas sem aprovação da população e sem plebiscito prévio, simplesmente o Estado invocou o seu poder soberano sobre a sociedade! Nos remota Ao imperador Luís XIV, na época governou a França e Navarra (1638-1715) que proferiu a célebre frase: “O Estado sou eu”, que denota a centralização total de poder nas mãos do rei. É tempo de reflexão. Tempo de decisão. Tempo de estar dispostos a seguir a Cristo fielmente. Os governantes das nações e a ONU certamente escreverão uma nova ordem mundial, uma nova era onde não haverá espaço para o Cristianismo, ainda que de forma gradual, mas essas mudanças que hão de acontecer serão implantadas. O sentimento que Ninrode nutria contra Deus, a ponto de rejeitar sua orientação e se rebelar profundamente contra ele, a ponto de fazer uma torre para o afrontar. Reflete exatamente o espírito do anti-Cristo que se levantará contra tudo que se chama Deus ou se adora, cf. II Ts. 2.3-5,9 que o apóstolo Paulo profeticamente escreveu para a Igreja em Tessalônica. Todo o sistema da antiga Babilônia estabelecido por Ninrode, sejam eles políticos, sociais e religiosos estão gradativamente sendo manifestos atualmente. O renascimento da religião babilônica com sua idolatria e culto a Semíramis estão sendo ardilosamente construída. Estamos seguindo em direção a uma religião única que será influenciada por Satanás, isto é o anti-Cristo, na pessoa do falso profeta que irá promovê-la, cf. Ap. 13. 11-15.
CONCLUSÃO.
A historiografia Bíblica registra já no Livro do Gênesis o desejo de Lúcifer de ser autônomo, esse desejo nutrido por ele influenciou a terça parte dos seres angelicais, que obviamente foram expulsos dos céus. No reino dos homens, também há aqueles que desejam ficarem alienados de Deus e serem auto-independentes e se esforçam por criar seus próprios impérios, e com esse senso de dominação subjulgam seus semelhantes ao seu bem prazer, como por ex. Ninrode. Percebemos no nosso adversário e em Ninrode os mesmos sentimentos: sede de poder e de dominação! Estamos caminhando para a implantação desse sistema de dominação mundial, para um mundo globalizado, e obviamente, depois de tudo que está acontecendo o desejo de implementar uma nova ordem mundial crescerá nos corações dos dirigentes das nações, principalmente como consequência desses últimos acontecimentos epidemiológicos que resultou na pandemia pelo covid-19. O mundo viverá uma nova era. E o desejo de reunificar todas as nações em um só bloco, com um desejo único de um dirigente único que governe sobre toda a terra é fato.
Claro que a idéia da formação de um bloco único de nações no mundo não se dará instantaneamente, haverá todo um processo e tempo para a implementação deste sonho que iniciou com Ninrode lá atrás. Está determinado por Deus nos oráculos proféticos para que assim aconteça. O mundo está caminhando para este tipo de modelo político porque os modelos políticos que regem as nações não estão mais atendendo os anseios dos povos. Há um clamor por mudanças urgentes, e isso a nível mundial. O Neo-liberalismo, a democracia, a monarquia, a social-democracia não estão mais atendendo os anseios populacionais. O mundo grita por um governante mundial. Um estado totalitário que vá de encontro aos anseios da humanidade. A visão ninrodiana será a solução. Governo único regido pelo anti-Cristo. Governo de tendência socialista, que é um comunismo disfarçado e que deixará de fora o Deus que criou os céus e a terra, assim como Ninrode fez ao construir a Torre de Babel. Com Ninrode, não havia lugar para Deus. Porém, essa atitude de arrogância terá seu preço. Não sairá barato para a humanidade rebelde e alienada do Deus verdadeiro. Haverá juízos terríveis sobre a face do globo. Yahweh derramará da sua ira como ação de justiça sobre o mundo. A Palavra de Deus afirma que os ais, esperam a humanidade. As tragédias e os eventos cataclísmicos esperam pela humanidade como está escrito no Livro do Apocalipse, cap. 8, 9, 11.15-19, 14.6-11, 15, 16. É tempo de arrependimento. Amém.
FONTE.
1. HANN, Ricardo de, O Anticristo e Armagedom. S. Paulo. 1992. Imprensa Batista Regular. 48 pg.
2. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Trad. Vicente Pedroso. R. de Janeiro. 2009. CPAD. 1568 pg.
3. LIETH, Norbert. A Babilônia Anticristã. Trad. Doris Korber. R. G. do Sul. 2007. Actual editora. 103 pg.
4. OSBORNE, Grant. Apocalipse – Comentário Exegético. Trad. R. Malkomes & Tiago A. T. Neto. S. Paulo. 2014. Vida Nova. 999 pg.
5. PRICE, Randall. Arqueologia Bíblica – O que as últimas descobertas da arqueologia revelam sobre as verdades Bíblicas. R.J. 2012. CPAD. 379 pg.
6. WALLACE, Ronald S.. A mensagem de Daniel – O Senhor é Rei. Trad. Gordon Chown. S. Paulo. 2008. ABU Editora. 216 pg.
7. WALTKE, Bruce K.. Gênesis – Comentários do Antigo Testamento. Trad. Valter G. Martins. S. Paulo. 2010. Cultura Cristã. 800 pg
HAVERÁ SALVAÇÃO NO PERÍODO DA TRIBULAÇÃO?
Por Douglas Batista
O uso de diferentes métodos de interpretação bíblica provocou variadas posições escatológicas entre os estudiosos da doutrina das “últimas coisas”. Assim, o estudo da Escatologia encontra-se vinculado ao método empregado na interpretação das Escrituras proféticas.
A diferença básica entre as escolas pré-milenarista e amilenarista e os que defendem o arrebatamento pré-tribulacionista e o pós-tribulacionista, encontra-se na “questão da interpretação literal versus a figurada”.
Portanto, neste ensaio reconhecemos o uso das figuras de linguagem na Bíblia, mas negamos a obrigatoriedade da interpretação ser alegórica. Em outras palavras, a linguagem figurada deve ser interpretada de maneira a não destruir a verdade literal pretendida com o emprego das figuras (PENTECOST, 1998, p. 29).
Desse modo a resposta para a pergunta “haverá salvação no período da tribulação?” depende da interpretação adotada para os eventos futuros revelados na Bíblia Sagrada e em especial no livro de Apocalipse. Assim para elucidar esta questão, apresento abaixo a interpretação escatológica das Assembleias de Deus sob três aspectos: o milênio, o arrebatamento e a grande tribulação:
1. As concepções sobre o Milênio.
O retorno de Cristo está sobejamente registrado nas Escrituras. No entanto, os intérpretes discordam entre si acerca das doutrinas do “quiliasmo” – uma expressão grega que designa “mil” e que se refere ao Milênio. A discussão gira em torno do tempo da vinda de Cristo para instalar o reino milenar. Atualmente existem quatro escolas diferentes para abordagem da segunda vinda de Cristo em relação ao milênio.
1.1. Posição não-literal. Esta escola nega que haverá um retorno literal. Para eles, Cristo não retornará corporalmente ou visível. Ensinam que o segundo advento aconteceu com a destruição de Jerusalém, ou no dia do Pentecostes, ou ainda, na morte ou conversão do crente.
1.2. Posição Pós-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal, mas acontecerá somente após o milênio na terra. Seus adeptos ensinam que o mundo todo será alcançado e se converterá pela pregação do Evangelho antes da segunda vinda de Cristo a terra.
1.3. Posição amilenarista. Esta escola nega que haverá um reino milenar literal na terra. Para eles, Satanás já foi aprisionado na primeira vez que Cristo veio. Ensinam que na presente era, entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, as profecias acerca do milênio já estão espiritualmente sendo cumpridas.
1.4. Posição Pré-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal e corporalmente, e, acontecerá antes do início do milênio na terra. Os que professam esta posição acreditam que após o retorno de Cristo, será instituído a era milenar e Cristo literalmente reinará na terra por mil anos.
O posicionamento da teologia pentecostal adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil segue o método de interpretação literal conforme a fé praticada na Igreja primitiva. Nossa Declaração de Fé ratifica a posição pré-milenarista:
O Milênio é o Reino de Cristo com duração de mil anos que terá início por ocasião da vinda de Cristo em glória com os seus santos. Todos os que estiverem vivos na terra após esses acontecimentos serão submetidos ao governo de Jesus Cristo. Nesse período, Satanás estará aprisionado no abismo. Isso significa que a sua ação destruidora na terra será neutralizada e, assim, será iniciada uma nova ordem. (SOARES, 2017, p. 189).
2. As doutrinas do Arrebatamento.
A dispensação da graça termina com o rapto da Igreja. A doutrina da translação da Igreja está presente em diversos textos do Novo Testamento (Jo 14.1-3; 2Ts 2.1; 1Ts 4.13-18; 1Co 1.8; 15.51-52; 2Co5.1-9; Fp 3.20-21).
A questão da ocasião do arrebatamento é discutida a partir do método interpretativo adotado. Os Pós-milenaristas e amilenaristas veem o arrebatamento da igreja no final desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Os pré-milenaristas, também são pré tribulacionistas, isto é, acreditam que o retorno de Cristo se dará em antes da tribulação e em duas fases, sendo este, o posicionamento das Assembleias de Deus no Brasil:
CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação [...] a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos” (SOARES, 2017, p. 185).
Os intérpretes da escola pré-milenarista dividem-se em parcialistas, pós-tribulacionistas, mesotribulacionistas e pré-tribulacionistas.
2.1. Arrebatamento parcial. Essa teoria não se relaciona com o período da tribulação. Ela diz respeito aos indivíduos que participarão ou não participarão do arrebatamento. Essa doutrina ensina que apenas uma parte da Igreja irá ser arrebatada. A outra parte terá de passar pela tribulação, a fim de serem provados e purificados por meio de grandes sofrimentos. Almeida (1999, p. 139) considera que tal teoria “parece ter sido influenciada pela doutrina católica do purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados”. O parcialista coloca parte da Igreja na tribulação e esquece que o período tribulacional é para o julgamento do mundo e não da Igreja de Cristo.
Quanto a esta questão Horton (1996, p. 632-634) escreve: “Paulo deixa claro que todos os mortos em Cristo e todos os crentes que permanecerem são levados “juntos” num só corpo no arrebatamento (1Ts 4.16,17)”. E ainda salienta que “a única exigência tanto para os mortos e, obviamente para os crentes que estiverem vivos, é que estejam ‘em Cristo”, ou seja: num relacionamento de fé e de fidelidade nEle”. Assim, não é possível prever o arrebatamento. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus ratifica esta verdade ao afirmar que: “esse evento não pode ser visualizado antecipadamente nem datado por esses ou por nenhum outro sinal” e acrescenta: “A condição para fazer parte desse glorioso evento é estar em Cristo” (SOARES, 2017, p. 186).
2.2. Arrebatamento pós-tribulacional. Os adeptos desta escola ensinam que o arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. Que o arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. Que a igreja permanecerá na terra durante todo o período da tribulação. Para comprovar suas doutrinas argumentam, entre outras teorias, que o arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras e que a preservação da ira futura (1Ts 5.9) significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação e não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas protegido de seus efeitos). Para manterem esta posição, os pós tribulacionistas precisam negar o retorno de Cristo em duas fases, negar qualquer cumprimento futuro da 70ª semana de Daniel e aplicar para a Igreja os planos divinos prescritos em relação à nação de Israel.
2.3. Arrebatamento mesotribulacional. Essa teoria também é conhecida como midi tribulacionista. Acreditam que o arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da tribulação. Ensinam que “a primeira parte da Grande Tribulação será pacífica, enquanto o Anticristo estiver estabelecendo o seu domínio [...] que o arrebatamento acontecerá quando for soada a sétima trombeta do Apocalipse (Ap 11.15)... e consideram que os últimos três anos e meio do governo do Anticristo serão o período da ira” (Horton, 1999, p. 634). Quanto ao debate em que os mesotribulacionistas equiparam a última trombeta de 1Co 15.52 (que trata do arrebatamento) com a sétima trombeta de Apocalipse 11.15 (que soa na metade da tribulação) o Manual de Escatologia é categórico ao afirmar que a expressão “última” significa o fim de um tempo ou de uma era e não a última de uma sequência de trombetas (Pentecost, 1998, p. 213).
2.4. Arrebatamento pré-tribulacional. O arrebatamento da Igreja (a vinda do Senhor nos ares para os seus santos) ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação, ou seja, “a Igreja, o corpo de Cristo, em seu todo, será, por meio da ressurreição ou por transferência, retirada da terra antes de começar qualquer parte do cumprimento da 70ª semana de Daniel”. (Pentecost, 1998, p. 217). Vários argumentos podem ser apresentados em apoio desta posição. Tais considerações surgem do método literal de interpretação das Escrituras proféticas. Vejamos alguns destes argumentos:
a) A promessa que a igreja será guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10);
b) A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos crentes. (2Ts 2.6-10);
c) A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja está isenta. (Ap 6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9);
d) O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional. (1Ts 5.6);
e) Deus somente enviou o dilúvio após Noé e toda a sua família entrarem na arca (Gn 7), e destruiu Sodoma e Gomorra após a saída de Ló e sua família (Gn 19).
O posicionamento adotado pelas Assembleias de Deus no Brasil, em relação ao arrebatamento é pré-tribulacional. Nossa Declaração de Fé afirma que assim cremos: Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14). (SOARES, 2017, p. 23)
O leitor deve ter consciência que neste ensaio não foram apresentados todos os argumentos da doutrina do arrebatamento pré-tribulacional, mas os que aqui foram mencionados são evidências cumulativas de que a Igreja de Cristo será raptada da terra antes da tribulação que virá sobre os infiéis.
3. A grande tribulação
A tribulação ocorre após o arrebatamento da Igreja de Cristo. A primeira alusão a esse terrível tempo de juízo divino está em Deuteronômio 4.30 “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz”. Em Apocalipse 2.22 a expressão grande tribulação é empregada com o sentido de punição, também é usada como a “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap. 3.10) e ainda como “tempo de angústia” (Dn 12.1) e “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61.2).
Esse período é identificado como o cumprimento da 70ª semana de Daniel e, portanto, durará um total de sete anos (Dn 9.24-27). O Anticristo firmará um concerto com muitos por uma semana de anos e dará início a uma aparente paz, mas na metade desta semana ele romperá o pacto e será inaugurada a “grande tribulação”. A metade desse período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3) o equivalente a três anos e meio e será permeado de grandes flagelos e tragédias nunca antes vividas pelo ser humano. A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e com o retorno de Cristo a terra (Ap 19).
E haverá oportunidade de salvação neste período? Uma vez que a Igreja não estará na terra por já ter sido arrebatada aos céus? Nesta perspectiva escatológica pré-milenarista e pré tribulacionista as Assembleias de Deus ensinam claramente a possibilidade de salvação neste período da grande tribulação. A obra teologia sistemática pentecostal, editada pela CPAD, nos oferece a seguinte resposta:
Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados. Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal-estar ou multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9 a 11; 7.9-17; 12.12-17; 14.-5; 20.4). Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos terão oportunidade salvação, desde que invoquem nome do Senhor (Joel 2.32). O texto de Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais lavaram suas vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro. Mas será difícil a salvação nos angustiosos e inquietantes dias da grande tribulação (GILBERTO, 2013, p. 515).
Estes que são mortos por causa da fé em Cristo e são salvos durante a grande tribulação também fazem parte do evento da primeira ressurreição, vejamos:
A primeira ressurreição, que é a ressurreição da vida João 5.29 abrange os seguintes grupos: 1) Cristo, as primícias dos que dormem (1Co 15 20). 2) Os Santos que sairam do sepulcros depois da ressurreição de Cristo (Mt 27 52 53). 3) Os que são de Cristo por ocasião do arrebatamento (1Co 15.23); 1 Ts 4.16). 4) As duas testemunhas, durante a grande tribulação (Ap 11.11) e, 5. Os mártires da grande tribulação, que ressuscitarão antes do milênio (Ap 20.4-6). Esse texto diz: “Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição” (GILBERTO, 2013, p. 503).
Aqui é preciso entender que a expressão “primeira ressurreição” significa que se trata de um evento de ressurreição somente dos salvos, e que não acontece emuma única vez e nem simultaneamente, mas que ocorre em várias etapas sempre em alusão aos crentes da “primeira ressurreição”. E todo aquele que não fizer parte deste evento da “primeira ressurreição” vai ressurgir após o milênio e antes do juízo final (Ap 20.5). Portanto os da “segunda ressurreição” serão submetidos ao Juízo do Trono Branco que destinará os infiéis a condenação eterna (Ap 20.13). Quanto a este entendimento, assim corrobora a nossa Declaração de Fé:
A Bíblia fala sobre duas ressurreições, a dos justos e a dos injustos, mas ambas não serão simultâneas (Dn 12.2, Jo 5.29, At 24,15). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá após os mil anos do Reinado de Cristo (Ap 20.10). Ficarão de fora desse juízo os crentes provenientes da era da Igreja e os mártires da Grande Tribulação, pois eles serão parte do Reino de Cristo e estarão com o corpo glorificado (SOARES, 2017, p. 195).
Considerações Finais
Após o arrebatamento da Igreja e o cumprimento de todos os demais eventos escatológicos, o pecado terá terminado o seu curso. Os salvos integrantes da Antiga Aliança, da Era da Igreja e os Mártires da Grande Tribulação, bem como os salvos no milênio já estarão glorificados. Os perdidos, julgados e condenados. Então Deus será tudo em todos (1Co 15.28) e para sempre continuará o eterno e perfeito estado. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Isael. Dicionário do movimento pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
BAPTISTA, Douglas Roberto de A. História das assembleias de Deus: o grande movimento pentecostal do Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2017.
DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro:
CPAD, 2004.
GILBERTO, Antônio. O calendário da Profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
____, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
HORTON, S. M. (Ed.). Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
JONES, Timothy P. Guia Profético para o fim dos tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. Uma análise detalhada dos eventos futuros. São
Paulo: Vida Nova, 1998.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de todas as coisas: esperança e glória para os salvos: Rio de
Janeiro: CPAD, 2015.
SILVA, Severino Pedro da.Escatologia: Doutrina das Últimas Coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988. SOARES, Esequias (Org). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/189/havera-salvacao-no-periodo-da-tribulacao---.html
Via Nivaldo Gomes.
O uso de diferentes métodos de interpretação bíblica provocou variadas posições escatológicas entre os estudiosos da doutrina das “últimas coisas”. Assim, o estudo da Escatologia encontra-se vinculado ao método empregado na interpretação das Escrituras proféticas.
A diferença básica entre as escolas pré-milenarista e amilenarista e os que defendem o arrebatamento pré-tribulacionista e o pós-tribulacionista, encontra-se na “questão da interpretação literal versus a figurada”.
Portanto, neste ensaio reconhecemos o uso das figuras de linguagem na Bíblia, mas negamos a obrigatoriedade da interpretação ser alegórica. Em outras palavras, a linguagem figurada deve ser interpretada de maneira a não destruir a verdade literal pretendida com o emprego das figuras (PENTECOST, 1998, p. 29).
Desse modo a resposta para a pergunta “haverá salvação no período da tribulação?” depende da interpretação adotada para os eventos futuros revelados na Bíblia Sagrada e em especial no livro de Apocalipse. Assim para elucidar esta questão, apresento abaixo a interpretação escatológica das Assembleias de Deus sob três aspectos: o milênio, o arrebatamento e a grande tribulação:
1. As concepções sobre o Milênio.
O retorno de Cristo está sobejamente registrado nas Escrituras. No entanto, os intérpretes discordam entre si acerca das doutrinas do “quiliasmo” – uma expressão grega que designa “mil” e que se refere ao Milênio. A discussão gira em torno do tempo da vinda de Cristo para instalar o reino milenar. Atualmente existem quatro escolas diferentes para abordagem da segunda vinda de Cristo em relação ao milênio.
1.1. Posição não-literal. Esta escola nega que haverá um retorno literal. Para eles, Cristo não retornará corporalmente ou visível. Ensinam que o segundo advento aconteceu com a destruição de Jerusalém, ou no dia do Pentecostes, ou ainda, na morte ou conversão do crente.
1.2. Posição Pós-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal, mas acontecerá somente após o milênio na terra. Seus adeptos ensinam que o mundo todo será alcançado e se converterá pela pregação do Evangelho antes da segunda vinda de Cristo a terra.
1.3. Posição amilenarista. Esta escola nega que haverá um reino milenar literal na terra. Para eles, Satanás já foi aprisionado na primeira vez que Cristo veio. Ensinam que na presente era, entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, as profecias acerca do milênio já estão espiritualmente sendo cumpridas.
1.4. Posição Pré-milenarista. Para esta escola, o retorno de Cristo será literal e corporalmente, e, acontecerá antes do início do milênio na terra. Os que professam esta posição acreditam que após o retorno de Cristo, será instituído a era milenar e Cristo literalmente reinará na terra por mil anos.
O posicionamento da teologia pentecostal adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil segue o método de interpretação literal conforme a fé praticada na Igreja primitiva. Nossa Declaração de Fé ratifica a posição pré-milenarista:
O Milênio é o Reino de Cristo com duração de mil anos que terá início por ocasião da vinda de Cristo em glória com os seus santos. Todos os que estiverem vivos na terra após esses acontecimentos serão submetidos ao governo de Jesus Cristo. Nesse período, Satanás estará aprisionado no abismo. Isso significa que a sua ação destruidora na terra será neutralizada e, assim, será iniciada uma nova ordem. (SOARES, 2017, p. 189).
2. As doutrinas do Arrebatamento.
A dispensação da graça termina com o rapto da Igreja. A doutrina da translação da Igreja está presente em diversos textos do Novo Testamento (Jo 14.1-3; 2Ts 2.1; 1Ts 4.13-18; 1Co 1.8; 15.51-52; 2Co5.1-9; Fp 3.20-21).
A questão da ocasião do arrebatamento é discutida a partir do método interpretativo adotado. Os Pós-milenaristas e amilenaristas veem o arrebatamento da igreja no final desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Os pré-milenaristas, também são pré tribulacionistas, isto é, acreditam que o retorno de Cristo se dará em antes da tribulação e em duas fases, sendo este, o posicionamento das Assembleias de Deus no Brasil:
CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação [...] a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos” (SOARES, 2017, p. 185).
Os intérpretes da escola pré-milenarista dividem-se em parcialistas, pós-tribulacionistas, mesotribulacionistas e pré-tribulacionistas.
2.1. Arrebatamento parcial. Essa teoria não se relaciona com o período da tribulação. Ela diz respeito aos indivíduos que participarão ou não participarão do arrebatamento. Essa doutrina ensina que apenas uma parte da Igreja irá ser arrebatada. A outra parte terá de passar pela tribulação, a fim de serem provados e purificados por meio de grandes sofrimentos. Almeida (1999, p. 139) considera que tal teoria “parece ter sido influenciada pela doutrina católica do purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados”. O parcialista coloca parte da Igreja na tribulação e esquece que o período tribulacional é para o julgamento do mundo e não da Igreja de Cristo.
Quanto a esta questão Horton (1996, p. 632-634) escreve: “Paulo deixa claro que todos os mortos em Cristo e todos os crentes que permanecerem são levados “juntos” num só corpo no arrebatamento (1Ts 4.16,17)”. E ainda salienta que “a única exigência tanto para os mortos e, obviamente para os crentes que estiverem vivos, é que estejam ‘em Cristo”, ou seja: num relacionamento de fé e de fidelidade nEle”. Assim, não é possível prever o arrebatamento. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus ratifica esta verdade ao afirmar que: “esse evento não pode ser visualizado antecipadamente nem datado por esses ou por nenhum outro sinal” e acrescenta: “A condição para fazer parte desse glorioso evento é estar em Cristo” (SOARES, 2017, p. 186).
2.2. Arrebatamento pós-tribulacional. Os adeptos desta escola ensinam que o arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. Que o arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. Que a igreja permanecerá na terra durante todo o período da tribulação. Para comprovar suas doutrinas argumentam, entre outras teorias, que o arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras e que a preservação da ira futura (1Ts 5.9) significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação e não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas protegido de seus efeitos). Para manterem esta posição, os pós tribulacionistas precisam negar o retorno de Cristo em duas fases, negar qualquer cumprimento futuro da 70ª semana de Daniel e aplicar para a Igreja os planos divinos prescritos em relação à nação de Israel.
2.3. Arrebatamento mesotribulacional. Essa teoria também é conhecida como midi tribulacionista. Acreditam que o arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da tribulação. Ensinam que “a primeira parte da Grande Tribulação será pacífica, enquanto o Anticristo estiver estabelecendo o seu domínio [...] que o arrebatamento acontecerá quando for soada a sétima trombeta do Apocalipse (Ap 11.15)... e consideram que os últimos três anos e meio do governo do Anticristo serão o período da ira” (Horton, 1999, p. 634). Quanto ao debate em que os mesotribulacionistas equiparam a última trombeta de 1Co 15.52 (que trata do arrebatamento) com a sétima trombeta de Apocalipse 11.15 (que soa na metade da tribulação) o Manual de Escatologia é categórico ao afirmar que a expressão “última” significa o fim de um tempo ou de uma era e não a última de uma sequência de trombetas (Pentecost, 1998, p. 213).
2.4. Arrebatamento pré-tribulacional. O arrebatamento da Igreja (a vinda do Senhor nos ares para os seus santos) ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação, ou seja, “a Igreja, o corpo de Cristo, em seu todo, será, por meio da ressurreição ou por transferência, retirada da terra antes de começar qualquer parte do cumprimento da 70ª semana de Daniel”. (Pentecost, 1998, p. 217). Vários argumentos podem ser apresentados em apoio desta posição. Tais considerações surgem do método literal de interpretação das Escrituras proféticas. Vejamos alguns destes argumentos:
a) A promessa que a igreja será guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10);
b) A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos crentes. (2Ts 2.6-10);
c) A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja está isenta. (Ap 6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9);
d) O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional. (1Ts 5.6);
e) Deus somente enviou o dilúvio após Noé e toda a sua família entrarem na arca (Gn 7), e destruiu Sodoma e Gomorra após a saída de Ló e sua família (Gn 19).
O posicionamento adotado pelas Assembleias de Deus no Brasil, em relação ao arrebatamento é pré-tribulacional. Nossa Declaração de Fé afirma que assim cremos: Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14). (SOARES, 2017, p. 23)
O leitor deve ter consciência que neste ensaio não foram apresentados todos os argumentos da doutrina do arrebatamento pré-tribulacional, mas os que aqui foram mencionados são evidências cumulativas de que a Igreja de Cristo será raptada da terra antes da tribulação que virá sobre os infiéis.
3. A grande tribulação
A tribulação ocorre após o arrebatamento da Igreja de Cristo. A primeira alusão a esse terrível tempo de juízo divino está em Deuteronômio 4.30 “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz”. Em Apocalipse 2.22 a expressão grande tribulação é empregada com o sentido de punição, também é usada como a “hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap. 3.10) e ainda como “tempo de angústia” (Dn 12.1) e “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61.2).
Esse período é identificado como o cumprimento da 70ª semana de Daniel e, portanto, durará um total de sete anos (Dn 9.24-27). O Anticristo firmará um concerto com muitos por uma semana de anos e dará início a uma aparente paz, mas na metade desta semana ele romperá o pacto e será inaugurada a “grande tribulação”. A metade desse período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3) o equivalente a três anos e meio e será permeado de grandes flagelos e tragédias nunca antes vividas pelo ser humano. A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e com o retorno de Cristo a terra (Ap 19).
E haverá oportunidade de salvação neste período? Uma vez que a Igreja não estará na terra por já ter sido arrebatada aos céus? Nesta perspectiva escatológica pré-milenarista e pré tribulacionista as Assembleias de Deus ensinam claramente a possibilidade de salvação neste período da grande tribulação. A obra teologia sistemática pentecostal, editada pela CPAD, nos oferece a seguinte resposta:
Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram arrebatados. Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal-estar ou multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9 a 11; 7.9-17; 12.12-17; 14.-5; 20.4). Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos terão oportunidade salvação, desde que invoquem nome do Senhor (Joel 2.32). O texto de Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais lavaram suas vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro. Mas será difícil a salvação nos angustiosos e inquietantes dias da grande tribulação (GILBERTO, 2013, p. 515).
Estes que são mortos por causa da fé em Cristo e são salvos durante a grande tribulação também fazem parte do evento da primeira ressurreição, vejamos:
A primeira ressurreição, que é a ressurreição da vida João 5.29 abrange os seguintes grupos: 1) Cristo, as primícias dos que dormem (1Co 15 20). 2) Os Santos que sairam do sepulcros depois da ressurreição de Cristo (Mt 27 52 53). 3) Os que são de Cristo por ocasião do arrebatamento (1Co 15.23); 1 Ts 4.16). 4) As duas testemunhas, durante a grande tribulação (Ap 11.11) e, 5. Os mártires da grande tribulação, que ressuscitarão antes do milênio (Ap 20.4-6). Esse texto diz: “Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição” (GILBERTO, 2013, p. 503).
Aqui é preciso entender que a expressão “primeira ressurreição” significa que se trata de um evento de ressurreição somente dos salvos, e que não acontece emuma única vez e nem simultaneamente, mas que ocorre em várias etapas sempre em alusão aos crentes da “primeira ressurreição”. E todo aquele que não fizer parte deste evento da “primeira ressurreição” vai ressurgir após o milênio e antes do juízo final (Ap 20.5). Portanto os da “segunda ressurreição” serão submetidos ao Juízo do Trono Branco que destinará os infiéis a condenação eterna (Ap 20.13). Quanto a este entendimento, assim corrobora a nossa Declaração de Fé:
A Bíblia fala sobre duas ressurreições, a dos justos e a dos injustos, mas ambas não serão simultâneas (Dn 12.2, Jo 5.29, At 24,15). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá após os mil anos do Reinado de Cristo (Ap 20.10). Ficarão de fora desse juízo os crentes provenientes da era da Igreja e os mártires da Grande Tribulação, pois eles serão parte do Reino de Cristo e estarão com o corpo glorificado (SOARES, 2017, p. 195).
Considerações Finais
Após o arrebatamento da Igreja e o cumprimento de todos os demais eventos escatológicos, o pecado terá terminado o seu curso. Os salvos integrantes da Antiga Aliança, da Era da Igreja e os Mártires da Grande Tribulação, bem como os salvos no milênio já estarão glorificados. Os perdidos, julgados e condenados. Então Deus será tudo em todos (1Co 15.28) e para sempre continuará o eterno e perfeito estado. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Isael. Dicionário do movimento pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
BAPTISTA, Douglas Roberto de A. História das assembleias de Deus: o grande movimento pentecostal do Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2017.
DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro:
CPAD, 2004.
GILBERTO, Antônio. O calendário da Profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
____, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
HORTON, S. M. (Ed.). Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
JONES, Timothy P. Guia Profético para o fim dos tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. Uma análise detalhada dos eventos futuros. São
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RENOVATO, Elinaldo. O Final de todas as coisas: esperança e glória para os salvos: Rio de
Janeiro: CPAD, 2015.
SILVA, Severino Pedro da.Escatologia: Doutrina das Últimas Coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988. SOARES, Esequias (Org). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/189/havera-salvacao-no-periodo-da-tribulacao---.html
Via Nivaldo Gomes.
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