POR LEONARDO MELO.
INTRODUÇÃO.
Vivemos atualmente em um contexto de muitos questionamentos sobre o surgimento deste vírus, o coronavírus. Também, por outro lado, há uma situação geopolítica no mundo em andamento ocultamente e uma verdadeira guerra para dominação e controle do mundo estar se avançando, ainda que de forma não explícita, declarada. A Bíblia fala acerca do tempo do fim e de um surgimento de um governo único, mundial, um sistema de globalização com uma governança única, cf. Dn. 2.40-43; 7.3, 7-8, 19-21, 23-25; Ap. 13.11-18, isto é é uma realidade a qual ninguém fugirá. A história nos conta que sempre diante de grandes calamidades e caos econômico e sociais, surgiram os “grandes” líderes mundiais. E que também é fato que toda transição envolvendo as grandes conquistas para dominação entre os impérios sempre envolveram guerras. Nenhum império sobrepujou o outro sem derramamento de sangue e imposição da força estatal.
Porém, tudo isso estar escrito na Palavra de Deus. O surgimento dos principais impérios mundiais foram registrados pelo profeta Daniel e inclusive o surgimento do principal império que vai dar contorno a história final da humanidade, o império da besta, que também foi revelado por Jesus á João na ilha grega de Patmos. Então, como a Bíblia nos ensina, é trabalharmos, viver, trazer nossas almas na paciência porque o que estar determinado irá e vai acontecer.
Vivemos atualmente em um contexto de muitos questionamentos sobre o surgimento deste vírus, o coronavírus. Também, por outro lado, há uma situação geopolítica no mundo em andamento ocultamente e uma verdadeira guerra para dominação e controle do mundo estar se avançando, ainda que de forma não explícita. Declarada. A Bíblia fala acerca do tempo do fim e de um surgimento de um governo único, mundial, um sistema de globalização com uma governança única. Isto é uma realidade a qual ninguém fugirá. A história nos conta que sempre diante de grandes calamidades e caos econômico e sociais, surgiram os “grandes” líderes mundiais. E que também é fato que toda transição envolvendo as grandes conquistas para dominação entre os impérios sempre envolveram guerras. Nenhum império sobrepujou o outro sem derramamento de sangue e imposição da força estatal.
Porém, tudo isso estar escrito na Palavra de Deus. O surgimento dos principais impérios mundiais foram registrados pelo profeta Daniel e inclusive o surgimento do principal império que vai dar contorno a história final da humanidade, o império da besta, que também foi revelado por Jesus á João na ilha grega de Patmos. Então, como a Bíblia nos ensina, é trabalharmos, viver, trazer nossas almas na paciência porque o que estar determinado irá acontecer.
OS TEMPOS ATUAIS.
Há um verdadeiro pavor e medo dentre uma considerável porcentagem da população mundial devido a crise sanitária que se abateu sobre o mundo atualmente. Em meio a esse turbilhão de apreensões, dúvidas, preocupações, infecções e mortes dentre as populações, há paralelamente um sistema político que avança de forma sorrateira sem que muitos percebam. Normalmente diante de uma crise e como em um sistema de causa-efeito ela tem a capacidade de produzir um líder, um organismo regulador, uma nação que regerá as demais. Para corroborar com essa idéia, citemos o surgimento da ONU como o órgão máximo mundial para reger e administrar os diversos problemas que surgirem entre as nações.
As restrições ao controle de ir e vir da população que estar ocorrendo hoje no nosso país e no mundo é um reflexo daquilo que acontecerá em um futuro bem próximo. Esse controle imposto as populações das nações pelos seus respectivos governos apenas demonstram a força estatal. Essa situação nos remonta aos governos totalitaristas e comunista que surgiram ao longo da história: Ninrode com seu controle sobre os habitantes de Babel, Ereque, Nínive, Nabucodozor, na Babilônia, na Itália, com Mussolini, na URSS com Lênin, Brejnev, Nikita Gruchev, na Alemanha de Hitler, na Cuba de Fidel Castro, na Venezuela de Maduro, na China de Mao e Xi Jinping, presidente atual e Kim Jong Un, da Coréia do Norte. Sem mencionar os governos totalitários das nações islâmicas que impõem a Lei Shária (Lei islâmica que faz parte da fé derivada do Alcorão e do Hadith, o registro de atos e palavras de Maomé) e que todos os habitantes tem que obrigatoriamente obedecer sob a pena de sanções penaiss para quem deixar de cumprir os preceitos nela estabelecido. Então, a questão de governos tiranos são realidades palpáveis no mundo e esta vai ser uma das características do futuro governo mundial anti-Cristão. Estamos caminhando em direção a um mundo globalizado, com moeda única, câmbio único, economia e religião únicas, totalmente vigiado e com um governo central único.
Sobre esta temática, há inúmeras publicações escritas e na era das redes sociais, dezenas de canais no youtube divulgam o tema, assim como, em outros canais como instagram, facebook, telegrama, twiters, enfim há informações importantes e confiáveis de especialistas que divulgam suas pesquisas e as tornam públicas. Livros como 1984, Admirável Mundo Novo, A Revolução dos bichos; Nas Mãos do Governo; Estamos sendo seduzidos; Apostasia: Nova Ordem Mundial e Governança Global; A Apostasia do Evangelho; Poder Global e Religião Mundial, Site The Cutting Edge/espada do espírito, dentre outras fontes, além da fonte principal que é a Bíblia Sagrada.
É razoável citar o filósofo ateu Michel Foucault e seu livro “Vigiar e punir”, que trata a exata dimensão do sistema de vigilância impetrado pelo Governo francês nos idos do século XVII, por causa á época da peste, que ele vai denominar de ‘Panoptismo”, que era na realidade um regulamento de vigilância e edificação arquitetônica usado como modelo para as penitenciárias para vigiar os presidiários de forma onipresente (O Panóptico de Bentham). Seguindo neste modelo, esse sistema foi implantado inicialmente na URSS como modelo penitenciário inovador e depois implementado na França e posteriormente, seus métodos teóricos aplicados nas penitenciárias serviu de referência para implantação de Lei Penal quando se declarava que uma cidade havia contraído peste na França do século XVII, muito semelhante ao lock down atual, este bem mais poderoso e eficiente.
“[...] esse espaço fechado, recortado, vigiado em todos os seus pontos, onde os indivíduos estão inseridos num lugar fixo, onde os menores movimentos são controlados , onde todos os acontecimentos são registrados, onde um trabalho ininterrupto de escrita liga o centro a periferia, onde o poder é exercido sem divisão, segundo uma figura hierárquica contínua, onde cada indivíduo é constantemente, localizado, distribuído entre os vivos, os doentes e os mortos. a ordem responde a peste. [...] por meio de um poder onipresente e onisciente que se subdivide ele mesmo de maneira regular e ininterrupta até a determinação final do indivíduo do que o caracteriza, do que lhe pertence, o do que lhe acontece”, (FOUCAULT. 2008. Pg. 163-165).
* Jeremy Bentham - filósofo inglês e jurista teórico que chefiou um grupo de filósofos radicais conhecidos como “utilitaristas”.
Notamos já como o poder estatal é autoritário e faz-se ser cumprida suas determinações por meio de ações nem sempre democráticas, mas que são imposta para serem obedecidas, e que traz uma falsa preocupação com o indivíduo, um sistema que lhe monitora e foi criado pra ver e não ser visto.
Além da ação governamental para unificar o mundo, em um contexto geo-político, também um dos grandes sinais para a implantação do governo mundial estar no âmbito religioso. Jesus Cristo alertou sua Igreja deste evento que se daria, e que seria de dentro para fora da verdadeira Igreja que é o surgimento das heresias e apostasias no meio evangélico. A parte religiosa será também o coadjuvante que dará suporte a esse governo mundial que se aproxima. O próprio espírito anticristão já estar no mundo, porém não se manifestou em sua totalidade devida a presença do Espírito Santo na Igreja. Observe o comentário de Thomas Ice e Timothy Demy quanto aos dias finais: “O curso óbvio dos últimos dias da Igreja consiste em advertências constantes para o crente estar alerta para desvios doutrinários, conhecidos sob o nome genérico de apostasia. Tal característica dá ao crente hoje um sinal claro do fim dos tempos”, cf. (ICE & DEMY. 1999. Pg.35). FROESE traz a seguinte opinião: “Hoje estamos em um novo mundo, regras e ror atingida, regulamentações diferentes são necessárias. Depois que a unidade política for atingida, não haverá qualquer necessidade de diversidade de opiniões ou partidos de oposição. As pessoas do mundo acreditarão que, finalmente, encontraram um sistem que funciona para criar uma sociedade mundial pacífica e próspera”,(FROESE. 1999. Pg.133)
Segundo a opinião do autor quanto a Nova Ordem Mundial, em seu artigo “Unidade Mundial e a Manifestação do Anti-Cristo: “O espírito de unificação é irresistível e infindáveis são as possibilidades. No passado se perguntava: Quem são estes dez reis? Referem-se a dez nações européias? Em 1967 o Dr. Wim Malgo, fundador da "Obra Missionária Chamada da Meia-Noite", escreveu: "Não procuremos por dez países-membros do Mercado Comum Europeu como sendo o cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao invés disto, procuremos as dez estruturas de poder que se desenvolverão por iniciativa européia, mas serão de alcance mundial." Vemos a globalização não só na política e na economia mas também na religião. A maioria dos conflitos militares, tanto no passado como no presente, têm sido basicamente em torno de questões religiosas. No Sudão, os muçulmanos estão assassinando cristãos, mas na antiga Iugoslávia os maometanos foram dizimados por "cristãos" sérvios mais fortes. O conflito entre a Índia e o Paquistão, na verdade, é uma questão religiosa entre muçulmanos e hindus. Desta forma, a unificação é o próximo passo para a Nova Ordem Mundial globalmente democrática que prosperará pacificamente. Por isso, não fico surpreso ao ver o grande sucesso de movimentos que têm por objetivo unir as denominações. Depois de conseguido isto, o anelo dos homens se voltará para um líder que, de acordo com muitos estudiosos da Bíblia, só espera a hora de se manifestar. Um rei terrível, de "feroz catadura" (Dn 8.23), a besta, o anticristo, está por vir! Segundo o ponto de vista de (SANAHUJA. 2012. pg. 49) “Para realizar esta grande subversão da ordem natural, sem resistências, a nova ordem cria outro paradigma: o da nova religião universal ou novos princípio éticos universais, a fim de assegurar o desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade da humanidade. Isto completa o quadro da colonização das consciências. [...] torna-se uma uma necessidade. Para a Nova Ordem Mundial destruir o Cristianismo, esvaziando-o da sua fé em Cristo e na Igreja, a fim de transformá-lo em mera doutrina de ajuda, solidariedade social e filantropia. Nesta tentativa se enquadram projetos como o da Carta da Terra, o Novo paradigma ético da Nova Era, e o da ética planetária de Hans Kung que visa dar sustentação ética a Nova Ordem Mundial”.
É inegável que tudo estar preparado para o anti-Cristo governar. Os fatos que estão se desenrolando atualmente aos nossos olhos atestam essa verdade. Teremos em breve um governo implacável e violento ao extremo contra seus opositores. Os relatos Bíblicos confirmam que este é o rumo que o mundo estar seguindo, cumprir literalmente a Palavra de Deus. Estamos em direção ao surgimento de uma sociedade tecnologicamente dominada. Hoje, a tecnologia é um aliado, uma arma imprescindível para a implantação de um governo global, onde todos serão e são vigiados. Não há mais liberdade, a sociedade estar totalmente vigiada e a tendência é a implantação de um sistema de vigilância cada vez mais eficiente. Quando acessamos a internet por quaisquer que sejam os meios, nós deixamos o que os especialistas chamam de “Sombra digital”, é simplesmente impossível atualmente você acessar a internet ou fazer uma ligação telefônica e não ser notado. O Livro do Apocalipse confirmam essas verdades quanto ao governo futuro, da besta: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da Besta, ou o número do seu nome”. “ Aqui há sabedoria, aquele que tem entendimento, calcule o número da besta: porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”. Apocalipse 13.16-18.
Todo esse arcabouço que estar se desenvolvendo no mundo para a implantação de um governo mundial que na realidade é uma aspiração antiga e que remota aos tempos Bíblicos do Gênesis com Ninrode, Gênesis 10.9 “E este foi poderoso caçador diante do Senhor, pelo que se diz: poderoso caçador diante do Senhor”. Ninrode foi tão influente em sua época que até serviu de trocadilho em Israel, pelo poder autoritário e influência, cf. “E Cusí gerou a Ninrode que começou a ser poderoso na terra, I Crônica 1.10. Percebemos nos dias atuais um direcionamento e alinhamento universal e global não só entre as nações e seus governantes, mas também entre as grandes empresas mundiais que tem alastrado seus tentáculos pelas nações e asfixiado as pequenas empresas, sufocando-as ou comprando-as, cujo objetivo é dominar o mercado consumidor, transformando o comércio mundial em um bloco sólido com poucas empresas dominando tudo. Com a centralização da política mundial para a implantação de um governo único e uma economia centralizada, todos esses fatores nos dão o pano de fundo do que será o futuro governo da besta.
CONCLUSÃO.
Nossa geração estar presenciando o cumprimento fiel da Palavra de Deus quanto a alguns eventos escatológicos. O momento atual que o mundo estar enfrentando é apenas mais um sinal dentre milhares que já ocorreram no mundo desde a assunção de Jesus aos céus. Jesus Cristo nos preveniu sobre eles. Ele afirmou literalmente que haveria vários sinais que atestariam que a sua volta será eminente. Os sinóticos revelam essa realidade latente. Mateus 24. 6-13; Marcos 13.7-8; Lucas 22. 8-11. Jesus diz aos discípulos, “Eis que vo-lo tenho predito”, Mt. 24.25. e em Lucas Ele afirma: “Passarão o céu e a terra, mas as minhas Palavras não hão de passar”, 22.33.
Os fatos estão acontecendo aos nossos olhos. Até mesmo aqueles que não professam a fé genuína e verdadeira em Cristo crêem que o mundo está diferente e caminhando para a implantação de um governo mundial. Todas as previsões Bíblicas atestam para essa realidade vindoura, até mesmo entre os céticos. A grande questão é como fica a Igreja de Deus e a nação de Israel. em meio a toda essa situação. A Igreja será arrebatada, cf. II Tessalonicenses 2.6-11, e aqueles que não foram arrebatados ou se converteram durante a grande tribulação passarão por sérias perseguições e muitos morrerão. Apocalipse 7.13-15, registra esse evento escatológico. Já a nação israelense fará um acordo de paz com o anticristo e por três anos e meio estará em paz. Todavia, nos últimos três anos e meio, o anticristo romperá essa aliança com a nação judaica e promoverá uma perseguição implacável ao povo judeu a fim de exterminá-los da face da terra,
A nação israelense sofrerá com os juízos que Deus trará sobre as nações de toda a terra, porém é conforme o livro do Apocalipse, cap. 5-9, a maior parte dos flagelos e juízos preditos serão para os pagãos e nações que viraram as costas para Deus. Será um tempo de tragédias, cataclismas, desordens naturais, enfim Deus executará seu juízo sem misericórdia.
O profeta Joel em seu livro traz-nos uma dimensão e grandeza desses eventos terríveis e cataclísmicos, “Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus; porque a oferta de alimentos, e a libação, foram cortadas da casa de vosso Deus”.
“Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor”.
“Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso”. Joel 1.13-15. O profeta Joel continua com seus oráculos de juízos, 2.1-3: “Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto”; ”Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração” “Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará”.
Os homens e as nações receberão as justas retribuições por suas impiedades, idolatrias, violências, injustiças, ojeriza aos valores judaico-cristãos e perseguições e mortes infligidas aos crentes e judeus, assim como sua depravação moral. O mundo estar se preparando para a grande e terrível batalha do Senhor Deus. A semelhança dos sentimento que Ninrode assentou em seu coração de se rebelar contra Deus, assim também estar caminhando os povos do mundo. O adversário tem enchido as mentes e corações dos homens de maneira que cada dia que se passa, a humanidade vai progressivamente rejeitando os valores morais absolutos de Deus. Não é a toa que Jesus Cristo fala de um ódio crescente dos povos e nações pela verdadeira Igreja e pelos valores judaico-cristãos. Os Evangelhos Sinóticos retratam bem essa realidade, Mateus 10.22, 24.9; Marcos 13.13 e Lucas 21.17. É tampo de reflexão e verificar de que lado nós estamos e para onde estamos caminhando.
FONTE.
1. HUNT, DAVE, et alil. Profecia Bíblica – Verdadeira, Clara, Atual. Trad. Trad. E. Federolf. R. G. do Sul. 1999. Editora Actual. 251 pg.
2. ICE, Thomas & DEMY, Timothy. A Verdade sobre os Sinais dos Tempos. Trad. Carlos o. Pinto. R. G. do Sul. 1999. Editora Actual. 77 pg.
3. https://www.chamada.com.br/mensagens/unidade_mundial.html, acessado em 26/05/2020, 15h20.
4. HUNT, Dave & McMAHON, T. A.. A Sedução do Cristianismo – Discernimento Espiritual nos Últimos Dias. Trad. Carlos O. Pinto. R. G. do Sul. 1999. Editora Chamada da Meia Noite. 1999. 268 pg.
5. NOVAES, Marcel. Do Czarismo ao Comunismo – As Revoluções Russas do início do século XX. S. Paulo. 2017. Ed. Três Estrelas. 279 pg.
6. ARON, Raymond. O Ópio dos Intelectuais. Trad. Jorge Bastos. S. Paulo. 2017. Ed. Três Estrelas. 350 pg.
7. SANAHUJA, Juan Claúdio. Poder Global e Religião Universal. Trad. Lyége Carvalho. S. Paulo. 2012. Ed. Ecclesiae.193 pg.
8. SANTANA, Uziel, et alil. Apostasia, Nova Ordem Mundial e Compreensão Global – Uma Compreensão Cristã do Fim dos Tempos. Paraiba/Campina Grande. 2012. 203 pg.
9. Owen, John. Apostasia do Evangelho. Trad. Hope Gordon Silva. S. Paulo. 2002. Ed. Puritanos. 204 pg.
10. HENDRIKSEN, WILLIAM. Comentário do Novo Testamento I e II Tessalonicenses, Colossenses e Filemon. Trad. Hope G. Silva, Válter G. Martins e Ézia C. Mullins. S. Paulo. 2007 Cultura Cristã. 512 pg.
11. MASHALL, I. Howard. I e II Tessalonicenses. Introdução e Comentário. Trad. Gordon Chown. S. Paulo. 1993. Edições Vida Nova. 230 pg.
12. FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir. Trad. Raquel Ramalhete. R. de Janeiro. 2008. 262 pg.
domingo, 31 de maio de 2020
ENTENDENDO O MOVIMENTO CONSERVADOR NO BRASIL E NO MUNDO
Por Silas Daniel
Já há alguns anos que o mundo experimenta uma onda conservadora. Porém, muita gente que está inserida nesse contexto ainda não entendeu direito do que se trata o movimento conservador.
Um dos erros mais comuns é acreditar que o Conservadorismo é um movimento homogêneo, quando não é. Há diferenças dentro desse movimento, mas que são atenuadas em nome dos pontos de convergência, os quais são muito maiores que essas diferenças.
Comecemos por esclarecer o que é “Conservadorismo”.
Chamado por alguns de “A direita da direita”, o Conservadorismo existe há séculos e nada mais é do que a direita clássica – a direita pura, por assim dizer, que é conservadora nos valores e liberal na economia. É a direita desde sempre. Como declara o recentemente falecido filósofo Roger Scruton, em sua obra Conservadorismo: um convite à grande tradição, “o conservadorismo moderno é produto do Iluminismo [britânico, século 18], mas invoca aspectos da condição humana que podem ser testemunhados em todas as civilizações e em todos os períodos da história. Além disso, é herdeiro de um legado filosófico ao menos tão antigo quanto os gregos”.
O Conservadorismo, é importante frisar, não é uma ideologia, posto que toda ideologia cria abstratamente um mundo ideal e busca obsessivamente implementá-lo. Já o conservadorismo não estabelece um mundo ideal, mas adota uma política do bom senso, reformando quando é necessário e sempre respeitando as limitações do mundo real e os valores da civilização, isto é, tudo aquilo que se mostrou, no teste do tempo, consistente e positivo para a sociedade; e reconhecendo sempre, nas equações das decisões políticas a serem tomadas, as imperfeições e a maldade humanas como realidades, em vez de cair em um otimismo em relação à natureza humana que é ingênuo e até mesmo, em muitos casos, criminoso.
O Conservadorismo, portanto, não tem absolutamente nada a ver com ser antirreformista ou ser um “isentão” politicamente. “Política da prudência” – outra designação bastante comum para definir o Conservadorismo – não significa ser sinônimo de “murismo” ou mornidão política. Ser prudente no Conservadorismo significa manter firmemente o que é bom e reformar o que eventualmente for necessário, sem promover radicalismos, sem arrancar as boas bases da civilização ocidental.
Por sua vez, o que chamamos hoje de “Liberalismo”, que é designado por alguns como “A esquerda da direita”, consiste em ser liberal tanto na economia como nos costumes e valores, e é um fenômeno muito recente dentro da chamada “direita”. Trata-se de uma invenção do final do século 19 e início do século 20.
“Ora, como assim? O Liberalismo nasceu no século 18!”, alguém pode estar objetando. Na verdade, não. O que nasceu no século 18 foi o “Liberalismo Clássico”, que era liberal na economia e conservador nos valores e costumes – ou seja, conservador. Lembremos que o chamado “Iluminismo Inglês” foi, em sua esmagadora maioria, muito diferente do Iluminismo francês e um grande influenciador do Iluminismo norte-americano – influenciando, inclusive e finalmente, toda a organização política e econômica do Ocidente. Enquanto o Iluminismo francês era um culto à razão e, por isso, era avesso à religião, o Iluminismo britânico tinha como foco uma sociologia da virtude. Já o Iluminismo norte-americano, devido a suas circunstâncias particulares, foi focado em uma política de liberdade; e ambos – os Iluminismos britânico e norte-americano – não eram avessos à religião. Uma obra basilar sobre esse assunto, entre tantas que tratam dessas diferenças, é Os Caminhos para a Modernidade, de Gertrude Himmelfarb. Ela é um bom ponto de partida para quem quiser se aprofundar no assunto. Ademais, as outras obras que tratam desse mesmo tema (dezenas, diga-se de passagem) infelizmente ainda não foram publicadas no Brasil. Aos interessados, posso listá-las depois.
As pessoas geralmente esquecem – ou ignoram – que Adam Smith, pai do Liberalismo Clássico, era crente e escreveu não apenas As Riquezas das Nações, mas também A Teoria dos Sentimentos Morais, que foi, aliás, seu primeiro livro e um dos mais importantes, uma obra que está entre as bases do chamado Conservadorismo Moderno. Mesmo os liberais clássicos ateus do século 18, como David Hume, que escreveu uma obra para tentar provar a inexistência de Deus, era conservador nos valores e costumes, defendendo fortemente a importância da religião e dos valores cristãos para a civilização, dando, assim, um nó na cabeça dos iluministas franceses que eram fãs do seu trabalho ateístico, mas não conseguiam entender como Hume era, ao mesmo tempo, um defensor do cristianismo. Para os iluministas franceses, o ideal de mundo era “enforcar o último rei nas tripas do último padre”.
Em suma, o que é chamado de “Liberalismo” hoje nada mais é do que o Liberalismo Moderno, gestado no século 19 e que, por suas características, costuma se posicionar da seguinte maneira politicamente: quando a esquerda está no poder, se une com os conservadores contra ela; mas, quando a esquerda está fora do poder, se torna adversária dos conservadores, inclusive se aliando à esquerda em pautas que são comuns entre esquerdistas e liberais – as pautas progressistas na área de costumes e valores.
Bem, uma vez que entendemos, em linhas gerais, o que é Conservadorismo, resta dizer que há setores e subdivisões no grupo. Por exemplo, há conservadores monarquistas, os quais são defensores do monarquismo parlamentarista; e há conservadores não-monarquistas, que preferem o sistema republicano de governo. Há ainda conservadores católicos, muitos deles monarquistas; e há os conservadores protestantes, que defendem geralmente o sistema republicano de governo (muito raramente se vê um evangélico pró-monarquia parlamentarista). Há também conservadores ateus ou agnósticos, mas que, apesar de seu ateísmo ou agnosticismo, defendem a importância da religião e dos valores judaico-cristãos para a saúde da civilização ocidental.
No que tange a católicos e evangélicos, é visível que os católicos são mais abertos e tolerantes a alguns costumes para os quais os evangélicos não são, pelas peculiaridades de cada grupo. Embora católicos e evangélicos sejam ambos contra o aborto, contra a ideologia de gênero, a favor da família e do casamento tradicional, e contra ataques à fé cristã, os católicos são mais tolerantes ao fumo, à bebida, ao uso de palavrões e a certas falhas relativas à moral sexual, enquanto os evangélicos, em sua esmagadora maioria, são obviamente mais rígidos em relação a isso. Afinal, ser conservador não é ser evangélico, mas todo evangélico de fato é conservador.
E aqui chegamos ao segundo erro bastante comum entre cristãos evangélicos que se veem atraídos naturalmente pelo movimento conservador: por ser este um movimento que respeita os valores judaico-cristãos, muitos acham que, por isso, todo conservador é um cristão e se frustram quando procuram achar em todos os expoentes do movimento conservador o mesmo padrão de vida e princípios de um cristão evangélico. Ora, pode-se ser conservador e ateu, por exemplo. Há até conservadores homossexuais: eles defendem a família biológica e tradicional, são contra a ideologia de gênero, consideram casamento apenas a união oficial entre um homem e uma mulher para formar uma família, acham a religião importante, são contra a politização da prática homossexual, mas não acham nada demais viver na prática homossexual.
Em suma, todo cristão de fato é um conservador, mesmo que nem saiba o que isso significa social e politicamente; mas, nem todo conservador é um cristão. Em um passado distante, ser conservador no Ocidente era sinônimo de ser um cristão, mas hoje não necessariamente. Há judeus, ateus, agnósticos, sem religião etc que são conservadores. E os conservadores que são cristãos (e que são, obviamente, a maioria esmagadora dos conservadores) podem ser ou de linha católica ou de linha protestante (ou ortodoxos); e eles podem ainda ser a favor da monarquia parlamentarista ou não.
“E aqueles cristãos que não se dizem conservadores? Há até aqueles que se denominam cristãos socialistas! O que dizer destes?”
Estes são uma contradição. Geralmente, devido a décadas de doutrinação socialista nas escolas, esses cristãos se tornaram socialistas sem saber o que é, de fato, socialismo.
Excetuando o caso daqueles que se dizem cristãos, mas são a favor de aborto, da ideologia de gênero, de ditadores comunistas etc, muitos irmãos que se dizem “socialistas”, “não conservadores” ou “não-direitistas” (outros dirão “Somos de centro!”) são conservadores sem saberem. Eles apenas têm uma imagem equivocada do que seja o socialismo (não percebendo o mal que esse sistema seria para sociedade – pois, além de o socialismo não funcionar na prática, não há socialismo sem concentração brutal de poder); e sem entender o que seja o Conservadorismo ou “A Direita”, acreditando, por exemplo, que quem é de direita defende o que foi batizado de “Capitalismo Selvagem” e que, na verdade, tecnicamente, é o que chamamos de “Capitalismo de Estado”, que vai contra o conceito de livre mercado, pois promove – com a mãozinha do Estado – a destruição ou engessamento da concorrência, fazendo com que um grupo de privilegiados tenha o seu monopólio garantido em setores da economia. Ora, isso não é livre mercado de fato. Mas, por não entenderem isso, esses irmãos acabam – muitos deles – sendo engambelados pelo discurso de políticos ou intelectuais socialistas ou social-democratas.
Outro erro desses irmãos é achar que Conservadorismo não é a favor de ação social, de ajudar os mais pobres. Nada mais irreal! O Conservadorismo defende fortemente a ação social. Inclusive, estatisticamente já está provado que conservadores fazem e financiam mais ação social no mundo do que os socialistas e progressistas de forma geral.
Aliás, uma curiosidade: há até os chamados “conservadores distributivistas”, que defendem na área econômica uma terceira via entre o Capitalismo e o Socialismo, chamada de “Distributismo”. Os britânicos católicos Hilaire Belloc e G. K. Chesterton foram os criadores, no início do século 20, dessa corrente dentro do Conservadorismo, mas trata-se de um movimento extremamente minoritário.
Enfim, espero que esse texto explicativo ajude alguns irmãos a entenderem melhor o que é o movimento conservador. Trata-se, no geral, de uma coisa muito boa, sem dúvida alguma, mas que deve ser bem compreendida para não gerar confusões.
Extraído de: http://www.cpadnews.com.br/blog/silasdaniel/o-crist%C3%AF%C2%BF%C2%BDo-e-o-mundo/126/entendendo-o-movimento-conservador-no-brasil-e-no-mundo.html
Via Nivaldo Gomes
Propósitos e características dos anjos
Os anjos são seres criados por Deus, estando à Seu serviço, para cumprir seus propósitos, possuindo ainda a incumbência de servir aos servos do Senhor, pois de acordo com as Escrituras são eles “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Embora a etimologia de seu nome remeta a mensageiro, os anjos são enviados por Deus com outras finalidades, visto que encontramos na Bíblia sua ação para: dar livramento ao servo de Deus (Sl 34.7); executar um juízo divino (Is 37.36) e obviamente, trazer uma mensagem da parte do Senhor (Dn 10.12). Vemos uma boa exposição das ações dos anjos em diversas oportunidades: “Outros exemplos incluem os anjos diante do túmulo de Jesus (Mt 28.2-7; Mc 16.5-7; Lc 24.4-7; Jo 20.11-13), e o livramentos dos apóstolos pelos anjos (At 5.18-20; 12.7-10; 27.23-26). Um anjo também deu orientação a Felipe, por que Deus vira a fé e o desejo do eunuco etíope, e queria que este se tornasse herdeiro da salvação (at 8.26). Foi também um anjo que levou a mensagem de Deus a Cornélio, para que este fosse salvo (At 10.3-6). Tais intervenções são ministérios da palavra de Deus” (HORTON, 2015, p. 198-199).
Muitas são as especulações que no curso da história foram criadas acerca destes seres, a genialidade humana traça aspectos belíssimos, tais como: seres de olhos azuis, cabelos encaracolados, trajando armadura de guerreiro, entre outras características. Alem de diversos nomes, a saber: Ariel, Rafael, Hazael, Raniel, Miguel, Gabriel e assim por diante. Apenas os dois últimos são mencionados nas Escrituras, quanto aos demais não passam de conjecturas humanas.
Não sabemos a quantidade dos anjos na esfera celestial, a certeza que temos é que são muitíssimos, uma vez que em Hebreus lemos “muitos milhares” (Hb 12.22) e em Apocalipse “milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5.11), além disso ao ser preso pelos seus algozes, Jesus apóia a idéia de um número mui grande de anjos no céu “Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26.53). De acordo com alguns interpretes, a idéia de legião neste Texto está associada à legião romana, onde uma legião equivale á seis mil soldados, logo doze legiões seriam setenta e dois mil anjos, na fala de Jesus.
Diante do exposto, podemos entender a funcionalidade dos anjos, no tocante á submissão de cumprir os propósitos de Deus. Vejamos agora algumas características destes seres:
1 – Os anjos são superiores aos homens. Sua natureza está muito acima da natureza do homem (Sl 8.5), entretanto os anjos são inferiores á Jesus, por esta razão lhe prestam adoração (Hb 1.6).
2 - Os anjos são reais, mas nem sempre visíveis.Sabemos que os anjos são espíritos (Sl 104.4; Hb 1.7), mas em determinadas situações que se faz necessário, Deus lhes concede visibilidade. Vemos nas Escrituras em que a presença de um anjo estava no lugar onde os humanos não viam-no (Nm 22.21-35), em contrapartida há situações em que será possível vê-los (Jz 2.1-4; Mt 1.20-25; Mc 16.5; Lc 24.4-6; At 5.19). Ademais é possível que os anjos sejam vistos sem serem reconhecidos (Hb 13.2).
3 - Os anjos adoram, mas não devem e não aceitam ser adorados (Ap 19.10). Embora sendo seres superiores aos homens, os anjos não aceitam adoração, na realidade seu desejo é adorar a Deus, por essa razão eles correspondem com adoração e louvor a Deus (SI 148.2; Is 6.1-3; Lc 2.13-15; Ap 4-6-11; 5.1-14) e a Cristo (Hb 1.6).
4 - Os anjos servem, mas não devem ser servidos. Como vimos suas ações estão sob o direcionamento de Deus, que os envia para auxiliar os humanos, sobretudo aos fieis (Êx 14.19; 23.23; 32.34; 33.2-3; Nm 20.16; 22.22-35; Jz 6.11-22; 1 Rs 19.5-8; SI 34.7; 91.11; Is 63.9; Dn 3.28; At 12.7-12; 27.23-25; Hb 13.2). O fato primordial para sabermos que eles não devem ser adorados é que se assemelham aos cristãos num aspecto muito importante: são também servos de Deus (Ap 22.9).
5 - Os anjos acompanham a revelação, mas não a substituem total ou parcialmente. Deus os emprega, mas não são o alvo da revelação divina (Hb 2.2ss.). No inicio da igreja primitiva Paulo combateu uma heresia que se levantou num "pretexto de humildade e culto dos anjos" (Cl 2.18). Este ensino errôneo defendia a superioridade angelical em detrimento ao homem, dessa forma o ser celestial intercederia pelo homem diante de Deus. Paulo respondeu a essa heresia com um hino que glorifica a Cristo que é a fonte da nossa glória futura (Cl 3.1-4).
Embora nos dias hodiernos, um grupo heterodoxo, que alega ter recebido um complemento a revelação, encaixa-se perfeitamente ao grupo combatido por Paulo em Colossos, estamos falando do mormonismo.
6 - Os anjos sabem muitas coisas, mas não tudo. O conhecimento e compreensão que possuem não é algo intrínseco, natural ou inerente, mas sim algo concedido por Deus. Mesmo possuindo uma sabedoria vasta (2 Sm 14.20), ainda assim é limitado, algumas coisas pertencentes aos mistérios de Deus, não são do conhecimento dos anjos: Não sabem o dia da segunda vinda de nosso Senhor (Mt 24-36) nem a plena magnitude da salvação dos seres humanos (1 Pe 1.12).
7 - O poder angelical é superior, mas não supremo. O poder exercido pelos anjos também são conferidos por Deus. Por essa razão, os anjos são frequentemente usados em poderosos livramentos (Dn 3.28; 6.22; At 12.7-11) e curas (Jo 5.4). E um anjo sozinho lançará o principal e mais poderoso inimigo dos cristãos no abismo, e o trancará ali durante mil anos (Ap 20.1-3).
Portanto estes seres incríveis, criados por Deus estão sob seu comando para cumprir com seus desígnios, beneficiando os que hão de herdar a salvação.
Por
Edson Moraes
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