segunda-feira, 20 de julho de 2020
1456 - JOÃO GUTENBERG PRODUZ A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA
Durante a Idade Média, apenas poucas pessoas possuíam a Bíblia ou livros de qualquer tipo. Os monges copiavam os textos à mão, em folhas de papiro ou em pergaminhos feitos de peles de animais. O custo desses materiais e a remuneração do tempo utilizado pelos copistas estavam muito além das posses do homem comum, mesmo quando o livro que determinada pessoa quisesse ler estivesse ao seu alcance.
Não havia muitas pessoas que conseguiam ler na própria língua, e muitos livros — incluindo-se a Bíblia — estavam disponíveis apenas em latim, língua que um número ainda menor de pessoas compreendia. O povo comum confiava no sacerdote local e nos desenhos ou nas imagens da igreja para obter informação sobre a Bíblia. O sacerdote local, com frequência, tinha pouco ou nenhum treinamento em latim, e seu conhecimento da Bíblia era bastante precário. Embora os estudiosos debatessem sobre as Escrituras e escrevessem comentários, seus pensamentos dificilmente chegavam até o cristão comum.
Uma das maiores mudanças do século XV teve enorme impacto sobre essa situação. Na década de 1440, João Gutenberg experimentou a impressão com tipos móveis de metal. Ao montar um livro com tipos de chumbo, ele podia fazer muitas cópias a um custo muito inferior ao de um texto copiado à mão.
Em 1456, Gutenberg — ou um grupo do qual ele fazia parte — imprimiu duzentas cópias da Vulgata, a Bíblia latina, revisada por Jerónimo. O homem comum não podia ainda compreender a Palavra de Deus, mas esse foi o primeiro passo de uma enorme revolução.
Durante algum tempo, os impressores de Mainz guardaram segredo sobre as técnicas de Gutenberg, mas, em 1483, quando Martinho Lutero nasceu, todos os grandes países da Europa já tinham pelo menos uma máquina de impressão. No espaço de cinquenta anos, desde a primeira impressão da Bíblia de Gutenberg, os impressores já haviam ultrapassado a quantidade de material que os monges produziram em vários séculos. Os livros passaram a ser disponibilizados em diversas línguas, e houve um aumento do número de pessoas que sabiam ler e escrever.
Sem a invenção de Gutenberg, talvez os objetivos da Reforma tivessem levado mais tempo para ser alcançados. Uma vez que apenas o clero podia ler a Palavra de Deus e compará-la aos ensinamentos da igreja, a Bíblia tinha um impacto limitado sobre o cristão comum.
Com a invenção da máquina de impressão, Lutero e os outros reformadores poderiam fazer com que a Palavra de Deus ficasse disponível "a todo jovem do campo e a qualquer empregada doméstica". Lutero traduziu as Escrituras para um alemão bastante eficaz e de fácil leitura, usado durante vários séculos. A partir do momento em que todos tiveram acesso à Bíblia, nenhum sacerdote, papa ou concilio se colocava entre o cristão e sua compreensão da Bíblia. Embora muitos afirmassem que o homem comum poderia não compreender a Palavra de Deus e talvez precisasse que ela fosse interpretada pelos clérigos, os alemães começaram a fazer exatamente isso.
Conforme liam, esses homens e mulheres comuns começaram a se sentir parte do maravilhoso mundo da Bíblia. O ensinamento da Bíblia em casa tornou-se possível. Lentamente, a barreira entre o pastor e o membro da igreja foi destruída. Em vez de se preocupar com o pensamento "O que tenho de confessar ao sacerdote?", o crente podia perguntar: "Será que a minha vida está de acordo com a Palavra de Deus?".
Com a invenção de uma complexa ferramenta de impressão, um fogo foi aceso por toda a Europa, uma chama que espalhou tanto o evangelho quanto a instrução.
Com bastante frequência, isso assumiu a forma de troca de ideias teológicas e o afastamento dos grupos heréticos da igreja. Porém, a igreja — que ainda não fora capaz de alçar voo —não poderia impor qualquer sistema de fé aos que estavam no erro.
Em 1184, o papa Lúcio in, preocupado com o sistema de crenças dos frequentadores da igreja, pediu que todos os bispos "inquirissem" sobre as crenças de seu rebanho. Um homem que fosse culpado de heresia seria excomungado, ou seja, colocado para fora da igreja. Contudo, não deveria ser punido fisicamente e, caso se retratasse de sua heresia, seria readmitido à igreja. Teoricamente, a igreja usou esse instrumento tanto para corrigir de maneira amorosa um irmão que estava equivocado quanto para proteger os outros desse erro.
* Extraído do Livro: Os 100 Acontecimentos mais importantes da história do cristianismo – Do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China.
Por Nivaldo Gomes.
*A RELIGIÃO É MÁ PARA VOCÊ? 3 RAZÕES QUE A RESPOSTA É NÃO.*
Por: SeanMcDowell.
Uma das críticas mais comuns à religião hoje em dia é que ela é ruim para as pessoas. É uma questão justa a ser levantada, então vamos ver se é verdade.
Curiosamente, existem dados sólidos para concluir que o oposto é realmente verdadeiro: a religião pode ser boa para as pessoas. Depois de revisar a pesquisa relevante, Rebecca McLaughlin conclui, "Pesquisas sugerem que aqueles que frequentam os serviços regularmente são mais otimistas, têm taxas mais baixas de depressão, são menos propensos a cometer suicídio, têm maior objetivo na vida, têm menos probabilidade de se divorciar e são mais autocontrolados".
Uma razão pela qual a religião pode ter benefícios psicológicos é que ela dá às pessoas um senso maior de propósito em suas vidas. Acreditar que sua vida tem significado e significado, mesmo em meio ao sofrimento, pode trazer um profundo sentimento de satisfação na vida cotidiana. Uma segunda razão é o valor da comunidade e do bom relacionamento. Pessoas felizes tendem a ter um bom relacionamento com a família, amigos e a comunidade, valores que a maioria das religiões adota.
Algumas religiões são prejudiciais
Com isso dito, não há dúvida de que algumas crenças religiosas podem ser prejudiciais. E, infelizmente, muitas pessoas foram feridas na igreja. Mas, de acordo com McLaughlin, em seu excelente livro Confronting Christianity, "Dizer que a religião é ruim para você é como dizer 'drogas são ruins para você', sem distinguir cocaína de medicamentos que salvam vidas" (p. 21). Exatamente!
Então, quais são as razões para acreditar que o cristianismo pode trazer bons benefícios psicológicos para as pessoas? Em seu livro, McLaughlin lista sete princípios bíblicos contra intuitivos, em consonância com as descobertas da psicologia moderna, que contribuem para efeitos positivos na saúde e na felicidade. Vamos considerar três:
Primeiro, é melhor dar do que receber. Embora muitas pessoas seculares sejam generosas com seu tempo e recursos, os estudos mostram consistentemente que os crentes religiosos dão mais liberalmente à caridade. Um crescente corpo de pesquisa mostra que o princípio bíblico, "é mais abençoado dar do que receber" (At 20:35) é bom para a saúde mental.
Segundo, o dinheiro não vai fazer você feliz. Muitos jovens hoje consideram estar muito bem financeiramente como essencial para uma vida boa. Em contraste, a Bíblia sempre alerta que o amor ao dinheiro é "uma raiz de todo tipo de mal" (1 Tim. 6:10). Embora a pesquisa seja complexa, McLaughlin conclui: “Os avisos bíblicos contra o amor ao dinheiro acabam sendo mais verdadeiros do que imaginávamos: invista sua vida em dinheiro através de relacionamentos, e os retornos não serão satisfatórios” (p. 24).
Terceiro, o perdão faz bem a você. Vivemos em uma era de cancelar a cultura. As pessoas procuram humilhar os outros e "puni-los" por manterem as crenças "erradas". O perdão costuma faltar. E, no entanto, Jesus ordenou que seus seguidores amassem seus inimigos e os perdoassem sem limites. Mesmo quando estava sendo pregado na cruz, Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Estar disposto a perdoar outras pessoas, mesmo quando não retribuem, tem sido associado a vários resultados positivos em saúde mental e física.
Essas descobertas não provam que o cristianismo é verdadeiro. E, como observa McLaughlin, o cristianismo não tem monopólio sobre esses princípios. Mas eles são um bom ponto de partida para responder à alegação de que a religião é ruim para você.
Tradução: Ruanna Pereira.
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Fonte:https://seanmcdowell.org/blog/is-religion-bad-for-you-3-reasons-the-answer-is-no
Uma das críticas mais comuns à religião hoje em dia é que ela é ruim para as pessoas. É uma questão justa a ser levantada, então vamos ver se é verdade.
Curiosamente, existem dados sólidos para concluir que o oposto é realmente verdadeiro: a religião pode ser boa para as pessoas. Depois de revisar a pesquisa relevante, Rebecca McLaughlin conclui, "Pesquisas sugerem que aqueles que frequentam os serviços regularmente são mais otimistas, têm taxas mais baixas de depressão, são menos propensos a cometer suicídio, têm maior objetivo na vida, têm menos probabilidade de se divorciar e são mais autocontrolados".
Uma razão pela qual a religião pode ter benefícios psicológicos é que ela dá às pessoas um senso maior de propósito em suas vidas. Acreditar que sua vida tem significado e significado, mesmo em meio ao sofrimento, pode trazer um profundo sentimento de satisfação na vida cotidiana. Uma segunda razão é o valor da comunidade e do bom relacionamento. Pessoas felizes tendem a ter um bom relacionamento com a família, amigos e a comunidade, valores que a maioria das religiões adota.
Algumas religiões são prejudiciais
Com isso dito, não há dúvida de que algumas crenças religiosas podem ser prejudiciais. E, infelizmente, muitas pessoas foram feridas na igreja. Mas, de acordo com McLaughlin, em seu excelente livro Confronting Christianity, "Dizer que a religião é ruim para você é como dizer 'drogas são ruins para você', sem distinguir cocaína de medicamentos que salvam vidas" (p. 21). Exatamente!
Então, quais são as razões para acreditar que o cristianismo pode trazer bons benefícios psicológicos para as pessoas? Em seu livro, McLaughlin lista sete princípios bíblicos contra intuitivos, em consonância com as descobertas da psicologia moderna, que contribuem para efeitos positivos na saúde e na felicidade. Vamos considerar três:
Primeiro, é melhor dar do que receber. Embora muitas pessoas seculares sejam generosas com seu tempo e recursos, os estudos mostram consistentemente que os crentes religiosos dão mais liberalmente à caridade. Um crescente corpo de pesquisa mostra que o princípio bíblico, "é mais abençoado dar do que receber" (At 20:35) é bom para a saúde mental.
Segundo, o dinheiro não vai fazer você feliz. Muitos jovens hoje consideram estar muito bem financeiramente como essencial para uma vida boa. Em contraste, a Bíblia sempre alerta que o amor ao dinheiro é "uma raiz de todo tipo de mal" (1 Tim. 6:10). Embora a pesquisa seja complexa, McLaughlin conclui: “Os avisos bíblicos contra o amor ao dinheiro acabam sendo mais verdadeiros do que imaginávamos: invista sua vida em dinheiro através de relacionamentos, e os retornos não serão satisfatórios” (p. 24).
Terceiro, o perdão faz bem a você. Vivemos em uma era de cancelar a cultura. As pessoas procuram humilhar os outros e "puni-los" por manterem as crenças "erradas". O perdão costuma faltar. E, no entanto, Jesus ordenou que seus seguidores amassem seus inimigos e os perdoassem sem limites. Mesmo quando estava sendo pregado na cruz, Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Estar disposto a perdoar outras pessoas, mesmo quando não retribuem, tem sido associado a vários resultados positivos em saúde mental e física.
Essas descobertas não provam que o cristianismo é verdadeiro. E, como observa McLaughlin, o cristianismo não tem monopólio sobre esses princípios. Mas eles são um bom ponto de partida para responder à alegação de que a religião é ruim para você.
Tradução: Ruanna Pereira.
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Fonte:https://seanmcdowell.org/blog/is-religion-bad-for-you-3-reasons-the-answer-is-no
domingo, 19 de julho de 2020
O Anjo Gabriel
"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas" (Lc 1.19). O anjo Gabriel vem citado nas seguintes passagens das Escrituras (Dn 8.16 e ss; 9.21 e ss; Lc 1.19,26), mas como sendo "um anjo do Senhor" ele está em foco, provavelmente, nestas passagens, NT: Mateus 1.20,24; 2.13,19; Lucas 1.11,19,26; Atos 8.26; 12.7,11; 27.23 etc. Seu nome em hebraico é "Gabhri'êm", e significa "o herói de Deus", ou, segundo outros, "varão de Deus". Segundo a tradição judaica, Gabriel era o guardião do tesouro sagrado. Miguel era'o destruidor do mal, agente de Deus contra qualquer força contrária à vontade divina. Gabriel é também o mensageiro da paz e da restauração. No livro de Tobias (livro apócrifo), Gabriel é pintado como um dos sete arcanjos que estão na presença de Deus. Nessa qualidade, segundo o conceito judaico, as suas palavras merecem aceitação sem reservas.
Gabriel é primordialmente o mensageiro da misericórdia e da promessa divina. Ele aparece quatro vezes na Bíblia. Nas Escrituras encontramos nosso primeiro toque sobre Gabriel (Dn 8.15,16). Ali ele anuncia a visão de Deus para o "fim dos tempos". Ali fala-se também que ele foi despertado por uma poderosa voz que "gritou". Essa voz, sem dúvida, é a voz de Deus, o Pai. O Deus Eterno está em foco! Jamais um anjo comum falaria ou se dirigiria a tão elevado poder dessa forma. Nas quatro vezes que ele aparece nas Escrituras, à semelhança de Miguel, é sempre visto em missões específicas.
Os judeus em sua concepção angélica dão os nomes de quatro anjos que supostamente rodeiam o trono de Deus e que são dotados de posição e poderes especiais: Miguel, Gabriel, Uriel e Rafael. "Miguel", segundo eles, põe a sua mão à direita de Deus, e Uriel a sua mão esquerda; Gabriel está em sua presença (conforme ele mesmo diz sobre si mesmo).
Nas quatro ocasiões em que este anjo aparece nas Escrituras, é sempre trazendo boas-novas. Alguns têm pensado que ele seja também um arcanjo, mas as Escrituras não nos revelam isto. A concepção de que Gabriel é "um dos sete arcanjos" prende-se aos livros não-canônicos do pós-exílio; mas escrituristicamente falando, isso não é provável.
Observemos suas aparições e cada uma delas, com sentido especial.
Em Daniel 8.16, ele aparece a Daniel fazendo a interpretação da visão do "bode peludo" que, na sua interpretação representava o império greco-macedônico.
Em Daniel 9.21, há uma nova aparição de Gabriel, para esclarecer a Daniel o segredo das "setenta semanas" escatológicas, nas quais, Jerusalém seria reedificada; o Messias haveria de vir; a cidade depois de sua reedificação e vinda do Messias seria destruída e o santuário profanado (Dn 9.24-27).
Em Lucas 1.11 e seguintes, ele aparece a Zacarias, e pormenorizadamente anuncia o nascimento de João Batista. Ali, então, dada a incredulidade do sacerdote na sua palavra, ele se identifica dizendo: "...Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te estas alegres novas" (Lc 1.19b); e, depois acrescenta: "E eis que ficarás mudo, e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam..." (Lc 1.20a). Em cumprimento à sua expressa ordem, Zacarias ficou mudo e surdo ao mesmo tempo (cf. Lc 1.22,62).
Em Lucas 1.26 e seguintes, Gabriel é novamente enviado por Deus à Virgem Maria para predizer o nascimento de Jesus Cristo. Seu primeiro contato com ela foi "...Salve, agraciada; o Senhor é contigo: bendita és tu entre as mulheres" (Lc 1.28b). Seu nome, Gabriel, é visto também como o Embaixador de Deus, em razão das suas aparições na Terra terem o caráter especial de um embaixador. Observe, pois:
Primeiro, trouxe a Daniel uma embaixada divina sobre o futuro de Israel por duas vezes (Dn 8.8,16 e ss; 9.21 e ss).
Segundo, avisou a Zacarias o nascimento de João Batista e também deu instrução para serem seguidas por sua esposa Isabel (Lc 1.11 e ss).
Terceiro, trouxe ao mundo (através de Maria) a notícia alvissareira do nascimento de Jesus Cristo (Lc 1.26 e ss).
Josefo nos informa que o povo judeu estava bem familiarizado com este anjo. "Gabriel era o nome do príncipe angélico enviado do Céu, a fim de fazer os preparativos para a chegada do Filho de Deus (Lc 1.19,26). Diz o historiador Lucas que foi ele o anjo que, com a milícia celestial, apareceu aos pastores (Lc 2.9,13). E também o que fora enviado a José (Mt 1.24), e dirigiu a fuga para o Egito (Mt 2.13,19). Dera a Daniel a profecia das setenta semanas (Dn 9.24-27). Como esteve ele interessado na redenção humana! E como apreciaremos conhecê-lo, quando chegarmos no céu!" Seja como for, Gabriel é um elevado poder angelical, da mais alta confiança da corte celestial: Ele assiste diante de Deus.
"Trecho do livro: Os Anjos - Sua natureza e ofício" (Severino Pedro da Silva)
Por
Edson Moraes
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