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sexta-feira, 11 de abril de 2025

A Relação entre Crença Cristã e Verdade Baseada em Fatos

Por Walson Sales 

A relação entre crença e verdade é um tema central na apologética cristã. Em um mundo onde o relativismo predomina e a verdade muitas vezes é tratada como uma questão subjetiva, é crucial afirmar que a veracidade do Cristianismo não depende da crença individual, mas da realidade objetiva dos eventos que o sustentam.  

O simples fato de alguém acreditar em algo não torna esse algo verdadeiro. Se a crença de uma pessoa não estiver fundamentada na realidade, trata-se apenas de uma ilusão ou erro. A fé cristã, ao contrário das meras construções subjetivas, se ancora em fatos verificáveis e na coerência lógica. A questão que se impõe, então, é: em que baseamos nossa fé? A crença cristã não é um salto no escuro, mas uma resposta racional à verdade revelada.  

Este artigo explorará como a fé cristã está fundamentada em fatos históricos, arqueológicos, filosóficos e científicos, demonstrando que não é a crença que torna algo verdadeiro, mas sim a verdade objetiva que justifica a crença.  

A Existência de Deus e a Crença

A existência de Deus não depende da aceitação ou rejeição humana. Ele é um ser necessário, cuja realidade transcende qualquer opinião subjetiva. Como declarado em Romanos 1:20:

“Pois os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas criadas, de modo que tais pessoas são indesculpáveis.” 

Este versículo enfatiza que a evidência de Deus está na própria criação, tornando sua existência inegável para qualquer observador honesto. O universo é ordenado, matematicamente preciso e ajustado para a vida de maneira que desafia explicações naturalistas.  

Filósofos como William Lane Craig argumentam que o Argumento Cosmológico Kalam demonstra logicamente que o universo teve um início e, portanto, deve ter uma causa transcendente e pessoal. Da mesma forma, o Argumento Teleológico aponta para o ajuste fino do universo como evidência de um Criador inteligente. Assim, a crença em Deus não é um simples desejo subjetivo, mas uma inferência racional baseada em evidências objetivas.  

A Ressurreição de Jesus e a Crença

A ressurreição de Jesus Cristo não é um mito ou uma lenda fabricada pelos primeiros cristãos, mas um evento histórico que sustenta toda a fé cristã. Como Paulo declara em 1 Coríntios 15:14: 

“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” 

A veracidade do Cristianismo repousa sobre a ressurreição de Cristo, pois, se Ele não ressuscitou, então sua mensagem seria uma fraude. Contudo, há razões objetivas para acreditar na ressurreição:

- O testemunho de mais de 500 pessoas que viram Jesus ressuscitado (1 Coríntios 15:6).  

- O túmulo vazio, um fato reconhecido até por historiadores céticos.  

- A transformação radical dos discípulos, que estavam dispostos a morrer por essa verdade.  

- A origem do Cristianismo, que se baseia em um evento extraordinário e não poderia ter prosperado se fosse uma mentira.  

Historiadores como Gary Habermas e N.T. Wright afirmam que a crença na ressurreição só pode ser explicada por um evento real, pois nenhuma outra hipótese explica de forma satisfatória a ascensão do Cristianismo no século I.  

O Criacionismo e a Crença

A criação do universo e da vida não é apenas uma questão de fé cega, mas de evidência empírica e lógica. O Criacionismo bíblico é corroborado por descobertas científicas que apontam para um universo finito e ajustado com precisão para permitir a vida.  

A Teoria do Design Inteligente, defendida por cientistas como Michael Behe e William Dembski, argumenta que sistemas biológicos apresentam *complexidade irredutível*, ou seja, não poderiam ter surgido gradualmente por processos naturais. O besouro-bombardeiro, por exemplo, é um pequeno inseto que desafia explicações evolucionistas com seu sofisticado mecanismo químico de defesa, evidenciando um projeto intencional.  

Gênesis 1:1 afirma:  

"No princípio, Deus criou os céus e a terra." 

Essa declaração encontra respaldo na estrutura ordenada e matematicamente precisa do universo. A constante de ajuste fino observada nas leis da física indica que pequenas variações nessas constantes tornariam a vida impossível, sugerindo um Criador intencional.  

A Verdade da Bíblia e a Crença

A veracidade da Bíblia não depende da crença humana, mas da sua integridade textual e histórica. Diferente de mitologias ou escritos religiosos sem fundamento, a Bíblia tem sido confirmada repetidamente pela arqueologia e pela crítica textual.  

Descobertas como os Manuscritos do Mar Morto demonstram a precisão na transmissão do texto bíblico ao longo dos séculos. Historiadores como *F.F. Bruce* afirmam que o Novo Testamento tem mais evidências manuscritas do que qualquer outra obra da Antiguidade, tornando sua fidedignidade inquestionável.  

Se a Bíblia fosse apenas um livro de mitos, ela teria sido refutada e esquecida há muito tempo. No entanto, seu impacto continua inabalável, e suas profecias e ensinamentos continuam transformando vidas.  

Crença, Esperança e Realidade

Muitas pessoas acreditam em ideias reconfortantes, mas que não possuem fundamento na realidade. O Cristianismo, no entanto, não oferece apenas esperança subjetiva, mas uma esperança baseada em fatos. Jesus declarou em João 14:6:  

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida." 

Essa afirmação mostra que a fé cristã não é uma questão de opinião ou sentimento, mas de verdade objetiva. Se Cristo é a verdade, então qualquer crença contrária é, por definição, falsa.  

A apologética cristã tem o papel de mostrar que a fé cristã não é irracional, mas bem fundamentada. Devemos estar preparados para responder às objeções e demonstrar que nossas crenças estão alinhadas com a realidade.  

Conclusão

A fé cristã não é uma ilusão subjetiva, mas uma resposta à verdade objetiva. A existência de Deus independe da crença humana, a ressurreição de Jesus é um evento histórico verificável, a criação do universo aponta para um Criador inteligente e a Bíblia se sustenta pela sua fidedignidade textual e histórica.  

Assim, não é a crença que torna algo verdadeiro, mas sim a verdade que justifica a crença. O Cristianismo convida a mente e o coração a se renderem à realidade de Deus, e essa realidade é sustentada por evidências sólidas, que resistem ao teste da razão e da investigação.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

O ARGUMENTO CONTEMPORÂNEO A FAVOR DO DESIGN INTELIGENTE: UMA VISÃO GERAL

Capítulo cinco do livro: Passionate Conviction: Contemporary Discourses on Christian Apologetics, editado por Paul Copan e William Lane Craig

Obs.: “Traduzindo trechos e buscando editoras interessadas na publicação”

Jay W. Richards

Por mais de cinquenta anos, o filósofo britânico Antony Flew foi o ateu público mais sério intelectualmente do mundo de língua inglesa. Sua primeira polêmica foi contra o apologista Cristão C. S. Lewis em Oxford em 1950 e depois ele continuou a buscar defesas acadêmicas do ateísmo por mais de cinco décadas. Seu argumento básico era sempre o mesmo: simplesmente não havia evidência suficiente para acreditar em Deus. Então, aos oitenta e um anos, ele mudou de ideia.

Então, o que fez com que o Antony Flew mudasse de ideia? Não foi uma conversão religiosa. Em uma entrevista em 2004 ao filósofo Gary Habermas, Flew atribui sua nova visão não a nenhum texto religioso, mas a evidências científicas, em particular, evidências de design inteligente: “Eu acho que o argumento a favor do Design Inteligente é muito mais forte do que era quando o conheci pela primeira vez.”[1] Em uma entrevista à Associated Press (9 de dezembro de 2004), Flew disse que suas ideias "têm alguma semelhança com os teóricos americanos do "design inteligente".*

A mudança de ideia de Flew pode ser o resultado mais visível até agora do trabalho do movimento do design inteligente (DI). É também um microcosmo do estado de mudança do debate sobre o argumento do design contemporâneo. Na balança está o status da cosmovisão materialista que domina os postos de comando da cultura há mais de um século. Esta é uma boa notícia para qualquer pessoa interessada em apologética Cristã.

O Legado Materialista

A ciência deixou o século XIX com uma visão simples do universo. Muito simples, como se vê. A interpretação materialista oficial das ciências naturais era mais ou menos assim: (1) O universo sempre existiu e, portanto, não precisamos abordar a questão de sua origem. (2) Tudo no universo, seja grande ou pequeno, submete-se a algumas bem entendidas, leis determinísticas. (3) A vida apareceu inicialmente como resultado da sorte e da química. (4) As células, por sua vez, são basicamente pequenas gotas de gelatina. (5) Praticamente todas essas adaptações complicadas de organismos resultam de um processo extremamente simples chamado seleção natural: esse processo quase milagrosamente criativo apenas apreende e repassa essas pequenas variações aleatórias dentro de uma população que fornecem uma vantagem de sobrevivência.

A interpretação positivista da ciência (e do conhecimento em geral) forneceu suporte indispensável a essa imagem do mundo. O positivismo, um programa projetado para eliminar a metafísica da ciência, proibiu os cientistas de apelar para uma agência inteligente ao tentar explicar as características do mundo natural ou o próprio mundo natural. Essa restrição obviamente se aplicava a um agente divino, mas acabou ficando claro que se aplicava a agentes em geral. Tudo, no fundo, era pensado estar redutível às interações impessoais da matéria, seguindo padrões previsíveis, e nada mais importava. De fato, muitos físicos de escalões mais elevados haviam concluído que a física era basicamente uma ciência completa. Havia pouco a fazer, exceto dar uma arrumada aqui e ali.

Mas quase tão logo a cama Procrusteana** ter sido feita, o mundo real começou a reagir. As revelações surpreendentes da esfera quântica sugeriram que o mundo não era tão submisso quanto os materialistas esperavam. O astrônomo Edwin Hubble descobriu que a luz de galáxias distantes era deslocada para vermelho, indicando que o universo está se expandindo. Este e outros detalhes sugeriram que o universo havia passado a existir no passado finito - que ele tem uma idade. Isso contradiz categoricamente a imagem anterior de um cosmos eterno e auto-existente.

Então, nas décadas de 1960 e 1970, os físicos começaram a notar que as constantes universais da física, como as forças da gravidade e o eletromagnetismo, pareciam ser "ajustadas" para a existência de vida complexa. De modo que o astrofísico ateu Fred Hoyle sugeriu que essa era a atividade de um “superinteleto”.[2]

Depois, há o problema persistente da origem da informação biológica, que transcende teimosamente seu meio químico da mesma maneira que as letras e frases de um livro transcendem a química da tinta e do papel. Vemos isso claramente na biologia molecular, onde a presença de informações codificadas ao longo da molécula de DNA parece, de forma suspeita, um código de computador extraordinariamente sofisticado para a produção de proteínas, os blocos tridimensionais de toda a vida. Suba de nível e encontramos máquinas complexas e funcionalmente integradas que parecem inacessíveis ao mecanismo Darwiniano. Além disso, essas estruturas se parecem muito com os sistemas produzidos por agentes inteligentes, que podem prever uma função futura e concretizá-la.

Depois, há a complexidade tridimensional do planejamento do corpo animal, que supera nossa compreensão dos sistemas informacionais presentes nos níveis inferiores. Finalmente, existem os próprios agentes humanos, que são tão inesperados em termos materialistas, que muitos realmente tentam negar sua existência - outro veredito do raciocínio materialista que tem problemas lógicos óbvios.

Adicione a essa evidência os problemas filosóficos do próprio positivismo. Talvez a mais grave tenha sido essa: os positivistas afirmaram que apenas as afirmações que podem ser verificadas pelos sentidos são significativas ou pelo menos científicas. Essa afirmação, no entanto, não pode ser verificada pelos sentidos. Isso significa que, em si e por si mesmo, o positivismo é sem sentido ou pelo menos não científico. Ao mesmo tempo, qualquer critério liberal o suficiente para evitar contradições e acomodar a prática científica real também permitiu a metafísica. Tais problemas acabaram levando ao fim de toda a empreitada positivista. Os próprios positivistas admitiram isso abertamente. Por exemplo, em uma entrevista de rádio da BBC, Brian McGee perguntou a A. J. Ayer, o pai do positivismo lógico, qual era o principal defeito do positivismo. Ayer respondeu que o principal problema era que "quase tudo era falso".[3]

No início do século XXI, observamos um mundo totalmente diferente daquele que a ciência materialista do final do século XIX imaginava. Este é um mundo carregado de design, um cosmos que aponta para além de si mesmo em direção a uma causa transcendente e inteligente. Mas isso não foi divulgado! Pelo contrário, a definição materialista de ciência herdada do século XIX ainda nos impede de considerar essa nova evidência. O problema é tão grave que alguns cientistas estão dispostos a postular uma infinita panóplia de universos não observáveis, apenas para explicar a sintonia fina em nosso universo.

Essa situação estranha levou Phillip Johnson, nos anos 90, a fazer uma pergunta singularmente rica e subversiva: se a definição materialista de ciência e a evidência científica estão em conflito, devemos concordar com a definição ou com a evidência? Fazer essa pergunta, como eles dizem, é respondê-la. Scientia significa "conhecimento". A essência da ciência natural é a busca pelo conhecimento do mundo natural. O conhecimento é um bem intrínseco. Se formos adequadamente científicos, procuraremos estar abertos ao mundo natural e não decidir de antemão o que é permitido revelar.

A definição materialista de ciência não é uma mera brincadeira filosófica. Ela determina o que pode ser discutido, financiado e publicado, pelo menos dentro dos círculos oficiais. Esse poder cultural e institucional faz a ciência materialista parecer uma estrutura inflexível, que se estende invencivelmente às nuvens como o pé de feijão de Jack. Mas se a evidência é como a descrevi, esse monólito certamente deve ter seus pontos fracos. Pois o materialismo tem seus pontos fracos, exatamente onde não se encaixa no mundo natural. Isso sugere que o argumento do design, no início do século XXI, tem um novo conjunto de evidências sobre o qual repousa.

Ampliação do Argumento do Design Inteligente

Alguns dos "sinais de design" mais conhecidos são as moléculas ricas em informação, como o DNA, e as minúsculas máquinas moleculares, como o flagelo bacteriano, que o bioquímico Michael Behe imortalizou em seu livro mais vendido de 1996, o Darwin's Black Box.[4] Behe*** argumentou que o flagelo e muitas outras máquinas moleculares são "irredutivelmente complexas". Elas são como uma ratoeira. Sem todas as partes fundamentais, elas não funcionam. A seleção natural pode construir sistemas apenas em um pequeno passo de cada vez, percorrendo um caminho no qual cada passo fornece uma vantagem de sobrevivência presente. A Seleção Natural não pode selecionar para uma função futura. Somente agentes inteligentes possuem essa previsão.

Mas nem todo o trabalho importante está em ciências naturais em si. Parte do trabalho é conceitual. O materialismo, afinal, é uma filosofia, mesmo que seus promotores contemporâneos tentem confundi-lo com a ciência. Assim, o argumento do design moderno tem partes científicas e filosóficas. Grande parte do trabalho envolve desmantelar a filosofia falida do materialismo.

Durante a maior parte da história ocidental, detectar as atividades de agentes inteligentes tem sido um empreendimento bastante intuitivo. Livros como The Design Inference[5], do filósofo William Dembski, reforçaram drasticamente o argumento do design, trazendo-o para a esfera dos argumentos objetivos e evidências empíricas acessíveis ao público, e para fora da esfera mais sombria da intuição.

Um Novo Argumento do Design

Ainda mais recentemente, evidências crescentes em astronomia revelaram que, mesmo em um universo ajustado em sintonia fina, muitas coisas locais precisam dar certo para construir um único planeta habitável. (E mesmo depois de ter um ambiente adequado para a vida, você não tem vida automaticamente.) Guillermo Gonzalez e eu argumentamos no livro The Privileged Planet[6] que, de forma suspeita, esses requisitos encontrados em um mundo habitável também fornecem as melhores condições gerais para fazer descobertas científicas. Em outras palavras, os locais compatíveis com observadores complexos como nós são os mesmos que fornecem as melhores condições gerais para observação. Você pode esperar isso se o universo for projetado para descobertas, mas não se você for um materialista ativista do materialismo. Deixe-me explicar isso com mais detalhes.

Leia qualquer livro sobre a história das descobertas científicas e encontrará magníficas histórias da engenhosidade humana, persistência e sorte. O que você provavelmente não verá é qualquer discussão sobre as condições necessárias para tais feitos. Uma descoberta requer que uma pessoa faça a descoberta e um conjunto de circunstâncias que a tornam possível. Sem os dois nada é descoberto.

Embora os cientistas nem sempre discutam isso, o grau em que podemos "medir" o universo mais amplo a partir de nosso lar terrestre - e não apenas nosso entorno imediato - é surpreendente. Poucos consideraram como seria a ciência em, digamos, um ambiente planetário diferente. Menos ainda perceberam que a busca dessa pergunta leva sistematicamente a evidências imprevistas a favor do design inteligente.

Pense nas seguintes características de nossa casa terrestre: a transparência da atmosfera da Terra na região visual do espectro, placas crustais em movimento, uma lua grande e nossa localização específica no sistema solar, e a localização do sistema solar dentro da Via Láctea. Sem cada um desses ativos, teríamos dificuldade em aprender sobre o universo. Não é uma especulação inútil perguntar como nossa visão do universo seria prejudicada se, por exemplo, nosso mundo natal estivesse perpetuamente coberto por nuvens espessas. Afinal, nosso sistema solar contém vários exemplos desses mundos. Basta pensar em Vênus, Júpiter, Saturno e Titã, a lua de Saturno. Esses seriam péssimos lugares para se fazer astronomia.

Podemos fazer comparações semelhantes no nível galáctico. Se estivéssemos mais perto do centro de nossa galáxia ou de um de seus maiores braços espirais empoeirados, por exemplo - o pó extra impediria nossa visão do universo distante. De fato, provavelmente teríamos perdido uma das maiores descobertas da história da astronomia: a fraca radiação cósmica eletromagnética de fundo. Essa descoberta foi o ponto central na decisão entre as duas principais teorias cosmológicas do século XX. Subjacente a esse debate, estava uma das perguntas mais fundamentais que podemos fazer sobre o universo: é eterno ou teve um começo?

A teoria do estado estacionário postulava um universo eterno, enquanto a teoria do big bang implicava um começo. Por algumas décadas, não houve evidência direta para decidir entre as duas. Mas a teoria do big bang previa uma radiação remanescente deixada do período anterior da história cósmica, que era mais quente e mais densa. A teoria do estado estacionário não fez tal previsão. Como resultado, quando os cientistas descobriram a radiação cósmica de fundo em 1965, essa foi a derrocada da teoria do estado estacionário. Mas essa descoberta não poderia ter sido feita em outro lugar qualquer. Nosso ponto de vista especial na Via Láctea nos permitiu escolher entre essas duas visões profundamente diferentes das origens.

No livro Privileged Planet, discutimos estes e muitos exemplos comparáveis para mostrar que habitamos em um planeta privilegiado para a observação e descoberta científica. Mas há mais informações na história. A Terra não é apenas um lugar privilegiado para a descoberta; também é um lugar privilegiado para a vida. É a conexão entre vida e descoberta que pensamos que sugere propósito e não sorte.

Mencionei acima que físicos e cosmólogos começaram a perceber décadas atrás que os valores das constantes da física - características do universo que são iguais em toda parte - devem estar próximos dos valores reais para que a vida seja possível. Como resultado, eles começaram a falar sobre o universo ser ajustado para a vida. E alguns começaram a sugerir que o ajuste fino implica em um projetista.

É apenas mais recentemente que os astrobiólogos começaram a aprender que, mesmo em nosso universo com ajuste fino, muitas outras coisas locais devem estar corretas para se obter um ambiente planetário habitável.

Se você fosse um chef cósmico, sua receita para cozinhar um planeta habitável teria muitos ingredientes. Você precisaria de um planeta rochoso grande o suficiente para manter uma atmosfera substancial e oceanos de água e reter o calor interno por bilhões de anos. Você precisaria do tipo certo de atmosfera. Você precisaria de uma lua grande para estabilizar a inclinação da rotação do planeta em seu eixo. Você precisaria que o planeta tivesse uma órbita quase circular em torno de uma estrela de seqüência principal semelhante ao nosso sol. Você precisaria dar a esse planeta o tipo certo de vizinhos planetários dentro de seu sistema estelar. E você precisaria colocar esse sistema longe do centro, arestas e braços espirais de uma galáxia como a via Láctea. Você precisaria cozinhá-lo durante uma janela estreita de tempo na história do universo ... e assim por diante. Esta é uma lista parcial, mas você entendeu a ideia.

Essa evidência está se tornando conhecida entre os cientistas interessados na questão da vida no universo. Pesquisadores envolvidos na busca por inteligência extraterrestre (SETI), por exemplo, estão especialmente interessados em saber o que a vida precisa. Esse conhecimento permitiria determinar suas chances de encontrar outra civilização que se comunicasse. Infelizmente para os pesquisadores do SETI, as chances não são promissoras. Evidências recentes favorecem a chamada hipótese da Terra Rara (nome dado após um livro escrito por Donald Brownlee e Peter Ward em 2000).[7] A teoria postula que planetas que hospedam vida simples podem ser comuns, mas planetas com vida complexa são raros.

Ainda não sabemos se estamos sozinhos no universo. O universo é grande com vastos recursos. A pesquisa em astrobiologia ainda não amadureceu a tal ponto de podermos atribuir probabilidades precisas a todos os fatores necessários para tornar um planeta habitável. Ainda não podemos afirmar com certeza se eles esgotam todos os recursos disponíveis. Talvez o universo seja grande o suficiente para que pelo menos um planeta habitável tenha surgido por acaso - ou talvez não. Enquanto isso, é difícil defender o design inteligente com base apenas na conclusão de que os planetas habitáveis são raros.

Dito isto, achamos que há evidências de design na vizinhança. Pois, como argumentamos em The Privileged Planet, há um padrão suspeito entre as necessidades da vida e as da ciência. As mesmas condições estreitas que tornam um planeta habitável para a vida complexa também o torna o melhor lugar para fazer uma grande variedade de descobertas científicas. Em outras palavras, se compararmos nosso ambiente local com outros ambientes menos hospitaleiros, encontraremos uma coincidência impressionante: os observadores se encontram nos melhores lugares para observar.

Por exemplo, a atmosfera de que a vida complexa precisa, também é uma atmosfera transparente para a "luz" cientificamente útil. A geologia e o sistema planetário de que a vida precisa também são os melhores em geral para permitir que a vida reconstrua eventos do passado. E a região mais habitável da galáxia e o tempo mais habitável da história cósmica também são o melhor lugar e tempo no geral para se fazer astronomia e cosmologia. Se o universo é apenas uma concatenação cega de átomos colidindo com átomos e nada mais, você não esperaria esse padrão. Você esperaria esse padrão, por outro lado, se o universo fosse projetado para descobertas. Por si só, esse argumento é bastante sugestivo. Mas adicione-o à evidência de design de outros campos da ciência e você terá os ingredientes para uma argumento poderoso e contemporâneo a favor do design.

O Argumento do Design e a Apologética

Alguns podem pensar que isso é apenas de interesse acadêmico, uma vez que, na melhor das hipóteses, esse é um argumento a favor do mero design, e não do Cristianismo em si. Alguns Cristãos afirmam que os argumentos do design inteligente "não são tão importantes". Para eles, o exemplo de Antony Flew pode parecer apenas uma exposição de quando Flew diz que acredita em “Deus”, ele não quer dizer que colocou sua confiança no Deus e Pai de Jesus Cristo. Ele está se referindo ao genérico "Deus dos Filósofos" - uma Primeira Causa, postulada com base em evidências e argumentos racionais. Embora ele diga que permanece aberto à possibilidade de uma revelação especial, ele certamente não passou por uma conversão completa ao Cristianismo. Então o crítico pode perguntar: de que serve o argumento do design para a apologética Cristã?

Penso que esta preocupação, apesar de compreensível, está errada. Certamente, nenhum dos argumentos para o design inteligente pode estabelecer que Deus se encarnou em Jesus, morreu para nos salvar dos nossos pecados e ressuscitou dos mortos. Isso ocorre porque não aprendemos essas coisas estudando as ciências naturais. Essas são reivindicações históricas, portanto, as evidências para elas terão que ser extraídas da história. Mas não se segue que os argumentos do design sejam problemáticos. Os argumentos contemporâneos do design inteligente apelam não ao livro das Escrituras ou mesmo a evidências históricas, mas simplesmente ao livro da natureza. Eles apelam para as evidências publicamente disponíveis do mundo natural, especialmente das ciências naturais. A própria Bíblia nos diz que o mundo natural revela algumas coisas sobre Deus (Sl 19: 1-4, Rm 1:20). Isso não significa que a natureza revele tudo.

No entanto, o argumento do design moderno ainda tem um profundo valor apologético, mesmo que seja uma operação para preparar o caminho. O sucesso do argumento do design significaria a derrota para o que certamente é o principal obstáculo à crença Cristã no mundo moderno: o materialismo científico. Imagine como a apologética seria mais fácil se fosse amplamente aceito que a visão de mundo materialista está em descrédito.

Acho que se pode argumentar cumulativamente o teísmo com mais força com base nas evidências de design na biologia, astronomia, física e cosmologia. De fato, foi exatamente esse o caso que convenceu o principal ateu do mundo, Antony Flew, de que existe um Deus. E, para afirmar o óbvio, passar do ateísmo para o teísmo é avançar em direção ao Cristianismo. Para a apologética, isso é um movimento na direção certa. A partir daí, o apologista Cristão pode introduzir outras linhas de argumentação, como uma defesa histórica da ressurreição de Cristo. Certamente, é mais fácil fazer essa defesa se a existência de Deus for estabelecida.

O argumento para o design inteligente não pode estabelecer tudo em que os Cristãos acreditam. Mas é um primeiro passo valioso. Se você está interessado em apologética, deve reconhecer o progresso feito no argumento do design pelo que é: notícias muito boas.

*Nota do tradutor: Flew foi considerado o maior ateu dos últimos cem anos. Depois que abandonou o ateísmo, escreveu um livro cujo título é: Um Ateu Gararante: Deus Existe - As provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada, publicado no Brasil pela Editora Ediouro em 2008

**Nota do tradutor: Cama procrusteana - Uma situação ou lugar em que alguém é forçado a entrar, geralmente violentamente. Na mitologia grega, o gigante Procrustes capturava as pessoas e depois esticava ou cortava seus membros para fazê-las caber em sua cama.

***Nota do Tradutor: O Livro do Michael J. Behe foi publicado no Brasil com o título A Caixa Preta de Darwin: O Desafio Da Bioquímica À Teoria Da Evolução, em 1997 pela Editora Zahar e relançado em 2019 pela Editora Mackenzie.

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Fonte:

RICARDS, Jay W. The Contemporary Argument For Design: An Overview in COPAN, Paul; CRAIG, William Lane (General Editors). Passionate Conviction: Contemporary Discourses on Christian Apologetics. Nashville, Tennessee: B&H ACADEMIC, 2007.

Tradução Walson Sales.

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Notas:

[1] “My Pilgrimage from Atheism to Theism: A Discussion between Antony Flew and Gary Habermas,” Philosophia Christi 6/2 (2004): 197—211. Assista essa entrevista em “Atheist Becomes Theist: Exclusive Interview with Former Atheist Antony Flew,” http://www.biola.edu/antony-flew/.

[2] Fred Hoyle, “The Universe: Past and Present Reflections,” Engineering and Science (November 1981): 8-12.

[3] B. McGee, ed., Men of Ideas (London: BBC, 1978), 131.

[4] Michael Behe, Darwin's Black Box (New York: Free Press, 1996).

[5] William Dembski, The Design Inference (Cambridge: Cambridge University Press, 1998).

[6] Guillermo Gonzalez and Jay Richards, The Privileged Planet (Washington, D.C.: Regnery, 2004).

[7] Peter Ward and Donald Brownlee, Rare Earth: Why Complex Life Is Uncommon in the Universe (New York: Springer, 2000).


sábado, 3 de agosto de 2019

O que é o argumento do design?

Estamos acostumados a aprender na escola que o universo é governado por leis naturais, que os seres vivos evoluíram naturalmente, que tudo o que existe é obra do acaso e que a ciência pode explicar todas as coisas. Essa visão é fruto do sistema científico moderno que tende a desvalorizar tudo que vai de encontro às leis naturais conhecidas pelo homem. No entanto a explicação do surgimento da vida e do universo aceitos atualmente pela ciência também são contrários às leis naturais, por exemplo:
1. A lei da Biogênese diz que um ser vivo só pode surgir de outro ser vivo pré-existente;
2. As leis de Mendel dizem que o novo ser vivo deve conter as mesmas informações genéticas dos pais;
3. A segunda lei da termodinâmica diz que o grau de desordem entre as moléculas tende a aumentar com o tempo;
4. A terceira lei de Newton diz que uma ação sempre vai produzir uma reação igual e contrária, nunca a favor e nunca numa intensidade maior.

Compare a explicação científica atual:
1. A vida surgiu espontaneamente dentro dos mares da terra primitiva (contrária à lei da biogênese)
2. O lagarto deu origem a galinha, depois de sofrer mudanças genéticas de milhões de anos (contrária às leis de Mendel)
3. O universo está em expansão, continua crescendo e se organizando. A teoria da evolução gera seres cada vez mais complexos (contrária à segunda lei da termodinâmica)
4. Depois de uma explosão, a matéria condensada na forma de um ovo cósmico, gerou todo o universo existente, muito maior e mais complexo que o ovo (contrária à terceira lei de newton)

A explicação científica não tem coerência, por esse motivo muitos cientistas em todo mundo preferem aceitar a teoria do designer inteligente. Ela não é uma filosofia, nem tão pouco uma explicação teológica, trata-se de uma teoria que analisa os dados científicos atuais na tentativa de dar explicações mais coerentes. A teoria se baseia no fato de que a complexidade da vida e do universo mostra que tudo só pode ter sido projetado por uma mente muito superior a nossa. A maneira como os planetas estão dispostos, a quantidade de água na terra, a camada de ozônio, o eixo de inclinação da terra, o formato do globo terrestre, a forma elíptica da órbita ao redor do Sol, a distância da terra pra o Sol, da terra pra lua, o ciclo da água, as fases da lua, o movimento das marés, o metabolismo dos seres vivos, o sistema nervoso humano, os 5 sentidos, o olho humano, a linguagem, a existência da mente, etc. Todos esses exemplos e muitos outros atestam a necessidade de inteligência para que existam, a ciência moderna não consegue explicar nenhum deles, no entanto seguem negando sua falha simplesmente por orgulho intelectual. A teoria do designer vem ganhando espaço no meio acadêmico, espero que em breve ganhe espaço também nas escolas e universidades.
Por Sandro Nascimento

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Você já ouviu falar em TDI?

A teoria do design inteligente (TDI) tem crescido assustadoramente nos meios acadêmicos, já tem ganhado espaço em congressos e mesas redondas em muitas universidades. Aqui no Brasil temos a sociedade brasileira de design inteligente que promove encontros periódicos entre seus membros. A Mackenzie trouxe para o Brasil uma extensão do programa Discovery, que tem publicado inúmeros artigos e livros no mundo todo. Revistas, sites, blogs, canais no YouTube, tem crescido a cada dia, basta digitar "design inteligente" no Google e você vai ver a quantidade de informação. Esse crescimento tende a aumentar ainda mais depois que Frances Arnold pesquisadora do departamento de biologia molecular de Cambridge ganhou o prêmio Nobel de química de 2018. Frances concorda com a TDI e tem levado isso em consideração nas suas pesquisas sobre a evolução das proteínas.
No entanto esse crescimento assusta os defensores da teoria da evolução, o problema não está simplesmente no nível acadêmico, é um embate ideológico. O pensamento predominante no meio acadêmico é o materialismo, nas escolas vemos a promoção do materialismo filosófico, no entanto essa abordagem precisa ser sustentada por teorias científicas que validem seu discurso, chamado de materialismo metodológico, nesse âmbito temos Freud, Einstein e outros nomes mais recentes como Nietzsche, entretanto um dos precursores desse pensamento e o que tem sustentado essa metodologia é Charles Darwin, suas contribuições Vão muito além da teoria da evolução, Darwin questionou constantemente a religião, a fé e Deus.
O evolucionismo não ensina ciência, ensina apenas a invalidar o relato bíblico, desconsiderar a importância de Deus para a humanidade e futilizar a religião na sociedade, na verdade esses temas já eram debatidos muito antes de Darwin, mas foi sua teoria que iluminou as mentes daqueles que queriam desenvolver esses assunto, ela foi o tijolo principal que fundou a base do materialismo moderno.
Nesse contexto surge a TDI, encarada como uma teoria científica, não religiosa, mas que tem o interesse de averiguar os fatos científicos e questionar as falhas do evolucionismo, que são muitas. Alguém pode concordar com a TDI mesmo sendo ateu, porque seu interesse não é pregar sobre Deus, bíblia nem religião, seu interesse é fazer ciência sem viez ideológico, da forma doentia como os evolucionistas vem fazendo a tantos anos.
Para os cristãos em todo o mundo é de fundamental importância que se conheça sobre a TDI, porque o cristão já possui o conhecimento bíblico, associando ao conhecimento científico torna-se instruído e pronto para iluminar as mentes de pessoas brilhantes que se dedicam aos estudos mas que estão em trevas espirituais precisando de alguém que as ilumine com a verdade absoluta e incontestável da palavra de Deus.
Por Sandro Nascimento.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

O Projeto Inteligente Explica a Origem das Formas Complexas de Vida

Microbiologia
Ao contrário das afirmações dos evolucionistas modernos, a Bíblia já declarava há séculos que a vida não surge a partir de leis naturais não-inteligentes. A única causa conhecida pelos cientistas capaz de produzir uma complexidade incrível, até mesmo a vida unicelular mais básica, é uma superinteligência. O ex-ateísta Sir Fred Hoyle (1915-2001) afirmou:
Os sistemas bioquímicos são demasiadamente complexos, e esta complexidade é tamanha que a chance de eles terem sido formados por mutações aleatórias de moléculas orgânicas é excessivamente ínfima, a ponto de, na verdade, serem insensivelmente diferentes de zero [...] [Assim, a existência de] uma inteligência, que projetou a bioquímica e fez surgir a origem da vida carbonácea (EFS, 3, 143).

A Microbiologia já demonstrou:
(1) Que o código genético da vida é matematicamente idêntico ao da linguagem humana.
(2) Que a complexidade especificada de um ser unicelular é igual a trinta volumes da Encyclopedia Brittanica (Enciclopédia Britânica).

Alguns dos próprios cientistas naturalistas que rejeitam o fato de um ser unicelular
ter sido criado por um Ser Superinteligente acreditam, todavia, de form a inconsistente, que um a pequena mensagem que nos seja enviada do espaço exterior seria suficiente para provar a existência de vida inteligente extraterrestre. O astrônomo Carl Sagan (1934- 1996), por exemplo, acreditava que “o recebimento de um a única mensagem do espaço mostraria que é possível viver através desta adolescência tecnológica” (BB, 275). Contudo, o próprio Sagan observou, em outra ocasião, que a informação genética contida no cérebro humano, expressa em bits, era provavelmente comparável ao núm ero total de conexões entre os neurônios — cerca de cem trilhões, 10H bits. Se fossem escritas em inglês, estas informações preencheriam algo em torno de vinte milhões de volumes, suficientes para encher as maiores bibliotecas do mundo. “O equivalente a vinte milhões de livros está contido na cabeça de cada um de nós. O cérebro é um lugar muito grande que se localiza em um espaço muito pequeno”. Sagan prossegue, observando que “a neuroquímica do cérebro é incrivelmente complexa, com um a rede de circuitos mais maravilhosa do que a de qualquer máquina criada pelos seres hum anos” (Sagan, C, 278). Mas, se for assim, então por que o cérebro humano não precisa de um Criador inteligente, da mesma forma que aquelas maravilhosas máquinas (com o os computadores) desenvolvidas pelos seres humanos?

O excelente livro de Michael Behe, intitulado Darwins Black Box (A Caixa Preta de Darwin), a partir da análise da natureza de um a célula viva, proporciona fortes evidências a favor de que ela jamais poderia ter surgido sem que houvesse um projeto inteligente por detrás de tudo. A célula representa um a complexidade irredutível, que não pode ser explicada por intermédio das mutações progressivas alegadas pelos adeptos da teoria da evolução. Com o já vimos, Charles Darwin admitiu:
Se alguém pudesse demonstrar que qualquer um dos órgãos complexos que existem não pudessem ser formados por uma enorme série de mutações sucessivas e graduais, a minha teoria estaria completamente arruinada (OOS, 6.a edição, 154).

Até mesmo o evolucionista Richard Dawkins concorda: A evolução muito possivelmente, na realidade, não é sempre gradual. Ela, porém, precisa ser gradual quando é usada para explicar a aparição de objetos complicados e aparentemente projetados, como os olhos. Pois, se não for gradual, nestes casos, ela deixa de apresentar qualquer poder persuasivo. Sem a gradualidade, nestes casos, estaremos de volta ao tempo dos milagres, o que é sinônimo da total falta de qualquer tipo de explicação [naturalista] (BW, 83).

Mas Behe apresenta vários exemplos de complexidades irredutíveis que não podem se desenvolver em pequenas etapas. Veja a sua conclusão:

Ninguém na Universidade de Harvard, ninguém nos Institutos Nacionais de Saúde Pública, nenhum membro da Academia Nacional de Ciências, nenhum vencedor do Prêmio Nobel — ninguém em absoluto é capaz de fornecer um relato detalhado sobre como um cílio, a visão, a coagulação sangüínea, ou qualquer outro processo bioquímico complexo, possa ter ocorrido nos moldes da teoria proposta por Darwin. Só que aqui estamos nós. Todas estas coisas chegaram até aqui de alguma maneira; se não foi nos moldes propostos por Darwin, como foi? (DBB, 187). Além disso: São numerosos os outros exemplos de complexidade irredutível, incluindo aspectos da reduplicação do DNA, do transporte de elétrons, da síntese dos telômeros, da fotossíntese, da regulação da transcrição, e mais [...] [Portanto,] a vida na terra no seu nível mais fundamental, nos seus componentes mais críticos, é o produto de uma atividade inteligente (ibid., 160, 193).
Behe acrescenta:
A conclusão do projeto inteligente flui naturalmente dos próprios dados apresentados — não dos livros sagrados ou de crendices sectárias. A inferência de que os sistemas bioquímicos foram desenvolvidos por um agente inteligente é um processo enfadonho que não requer quaisquer tipos de novos princípios de lógica ou ciência (ibid.).
Portanto:
O resultado destes esforços cumulativos para a investigação celular — para a investigação da vida a nível molecular—é um grito alto, claro e direto de “projeto!”. O resultado é tão objetivo e tão significante que precisa ser considerado como uma das maiores conquistas da história da ciência. Uma descoberta que rivaliza com as de Newton e Einstein (ibid, 232-33).
GEISLER, Norman. Teologia sistemática. Rio de janeiro: CPAD. 2010. p. 500-502.
Via Sandro Nascimento.

sábado, 29 de junho de 2019

Porque precisamos entender o Design inteligente?

A teoria do design inteligente (TDI) tem crescido assustadoramente nos meios acadêmicos, já tem ganhado espaço em congressos e mesas redondas em muitas universidades. Aqui no Brasil temos a sociedade brasileira de design inteligente que promove encontros periódicos entre seus membros. A Mackenzie trouxe para o Brasil uma extensão do programa Discovery, que tem publicado inúmeros artigos e livros no mundo todo. Revistas, sites, blogs, canais no you tube, tem crescido a cada dia, basta digitar "design inteligente" no Google e você vai ver a quantidade de informação. Esse crescimento tende a aumentar insda mais depois que Frances Arnold pesquisadora do departamento de biologia molecular de Cambridge ganhou o prêmio Nobel de química de 2018. Frances concorda com a TDI e tem levado isso em consideração nas suas pesquisas sobre a evolução das proteínas.
No entanto esse crescimento assusta os defensores da teoria da evolução, o problema não está simplesmente no nível acadêmico, é um embate ideológico. O pensamento predominante no meio acadêmico é o materialismo, nas escolas vemos a promoção do materialismo filosófico, no entanto essa abordagem precisa ser sustentada por teorias científicas que validem seu discurso, chamado de materialismo metodológico, nesse âmbito temos Freud, Einstein e outros nomes mais recentes como Nietzsche, entretanto um dos precursores desse pensamento e o que tem sustentado essa metodologia é Charles Darwin, suas contribuições Vão muito além da teoria da evolução, Darwin questionou constantemente a religião, a fé e Deus.
O evolucionismo não ensina ciência, ensina apenas a invalidar o relato bíblico, desconsiderar a importância de Deus para a humanidade e futilizar a religião na sociedade, na verdade esses temas já eram debatidos muito antes de Darwin, mas foi sua teoria que iluminou as mentes daqueles que queriam desenvolver esses assunto, ela foi o tijolo principal que fundou a base do materialismo moderno.
Nesse contexto surge a TDI, encarada como uma teoria científica, não religiosa, mas que tem o interesse de averiguar os fatos científicos e questionar as falhas do evolucionismo, que são muitas. Alguém pode concordar com a TDI mesmo sendo ateu, porque seu interesse não é pregar sobre Deus, bíblia nem religião, seu interesse é fazer ciência sem viez ideológico, da forma doentia como os evolucionistas vem fazendo a tantos anos.
Para os cristãos em todo o mundo é de fundamental importância que se conheça sobre a TDI, porque o cristão já possui o conhecimento bíblico, associando ao conhecimento científico torna-se instruído e pronto para iluminar as mentes de pessoas brilhantes que se dedicam aos estudos mas que estão em trevas espirituais precisando de alguém que as ilumine com a verdade absoluta e incontestável da palavra de Deus.
Por Sandro Nascimento.

terça-feira, 18 de junho de 2019

A Aparência de projeto

Livro Signature in The Cell (Stephen Meyer, p. 34 a 36)
Para muitos não evolucionistas, a reivindicação de que o projeto surge sem um projetista talvez pareça inerentemente contraditória. No entanto, na teoria pelo menos, a vida não ser o que parece não representa nada particularmente incomum. A ciência frequentemente mostra que suas percepções sobre a natureza nem sempre partem da realidade. Um lápis reto parece dobrado quando colocado em um copo de água, o sol parece circular a terra, e os continentes parecem imóveis. Possivelmente, os organismos vivos apenas parecem ser projetados.
Mesmo assim existem algumas curiosidades sobre a negação cientifica para nossa intuição ordinária a respeito dos seres vivos. Por quase cento e quinze anos, uma vez que é suposta a teoria darwiniana, essa impressão de projeto permanece tão incorrigível como nunca. A pesquisa de opinião pública sugere que aproximadamente 90% dos americanos não aceita prontamente a explicação neo-darwiniana da evolução com a negação de qualquer função para um criador proposital.
Embora a maioria dessas pessoas aceite alguma forma de mudança evolutiva e tenha uma vista muito geral da ciência, eles não podem deixar de reconhecer suas mais profundas intuições e convicções sobre o projeto da vida no mundo. Em cada geração desde 1860, críticas científicas ao darwinismo e neo-darwinismo tem apresentado sérias objeções à Teoria. Desde 1980 um crescente número de cientistas e estudantes têm expressado profundas restrições à teoria evolutiva química e biológica, cada uma deles com suas negações do projeto implícitas. E mesmo os biólogos evolucionistas ortodoxos admitem a esmagadora impressão de projeto em organismos modernos. Para citar Francis Crick mais uma vez: "biólogos devem ter em suas mentes que o que eles vêem não foi desenhado, em vez disso evoluiu."
Continua.....
_Traduzido por Sandro Nascimento._

terça-feira, 11 de junho de 2019

VOCÊ SABE O QUE É O PRINCIPIO ANTRÓPICO?

Compilado por Walson Sales
O principio antrópico ou sintonia fina, além de sua comprovação científica, aponta para uma calibragem que torna possível a vida na terra.
Segundo o agnóstico Robert Jastrow, “o principio antrópico [...] parece dizer o que a própria ciência provou, como fato, que este universo foi feito, foi projetado, para o homem viver nele. É um resultado muito teísta”.
Exemplos:
1. O oxigênio compõe 21% da atmosfera. Se a porcentagem fosse 25%, a atmosfera começaria a pegar fogo, se 15%, os seres humanos morreriam asfixiados;
2. se Júpiter não estivesse na sua órbita atual, seriamos bombardeados com material espacial. O campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador cósmico, atraindo asteroides e cometas que, de outra forma, atingiriam a terra;
3. Se a espessura da crosta terrestre fosse maior, oxigênio demais seria transferido para a crosta, o que tornaria a vida impossível. Se fosse mais fina, a atividade vulcânica e tectônica tornaria a vida insustentável;
4. Se a rotação da terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura entre a noite e o dia seriam grandes demais. Se o período de rotação fosse mais curto, as velocidades dos ventos atmosféricos seriam altas demais.
Isso mostra como Deus planejou o nosso universo e o sustenta. Leia o Salmo 19.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A magnífica sintonia fina no universo: uma demonstração maravilhosa do poder e sabedoria de Deus

Por William Lane Craig
Desde as galáxias e estrelas, até os átomos e partículas subatômicas, a própria estrutura do nosso universo é determinada por estes números:
* Velocidade da Luz: c = 299.792.458 m s-1
* Constante gravitacional: G = 6.673 x 10-11 m3 kg-1 s-2
* constante de Planck: 1.05457148 x 10-34 m2 kg s-2
* Massa-energia de Planck: 1.2209 x 1022 MeV
* Massa de Elétron, Próton, Nêutron: 0,511; 938,3; 939,6 MeV
* Massa de Quark de cima, baixo, estranho: 2,4; 4,8; 104 MeV (Aprox.)
* Proporção do Elétron para a Massa do Próton: (1836,15) -1
* Constante Gravitacional de acoplamento: 5,9 x 10-39
* Constante Cosmológica: (2,3 x 10-3 eV)
* Constante de Hubble: 71 km / s / Mpc (hoje)
* Valor da expectativa do vacuum de Higgs: 246,2 GeV
Estas são as constantes e medidas fundamentais do universo. Os cientistas chegaram à conclusão chocante que cada um destes números foram cuidadosamente medidos em um valor surpreendentemente preciso - um valor que cabe dentro de uma faixa muito estreita, que permite a vida. Se qualquer um destes números fossem alterados pelo mesmo um fio de cabelo, nenhuma vida física, interativa de qualquer tipo poderia existir em lugar algum. Não haveria estrelas, nem vida, nem planetas, nem química.
Considere a gravidade, por exemplo. A força da gravidade é determinada pela constante gravitacional. Se esta constante variasse por apenas um em 10 elevado a 60 partes, nenhum de nós existiria. Para entender quão extremamente estreita é esta faixa que permite a vida, imagine um medidor dividido em 10 elevado a 60 quantidades diferenciais. Para obter uma medida sobre quantos pontos minúsculos no medidor esta [constante] tem, compare com o número de células no seu corpo (10 elevado a 14) ou o número de segundos que se passaram desde que o tempo começou (10 elevado a 20). Se a constante gravitacional estivesse fora de sintonia por apenas uma dessas infinitamente pequenas quantidades diferenciais, o universo ou teria se expandido e se tornado menos espesso tão rapidamente que nenhuma estrela poderia se formar e a vida não poderia existir, ou ele teria entrado em colapso sobre si mesmo com o mesmo resultado: sem estrelas, planetas, ou vida.
Considere a taxa de expansão do universo. Ela é guiada pela constante cosmológica. Uma alteração no seu valor por um simples 1 parte em 10 elevado a 120 partes faria com que o universo se expandisse muito rapidamente ou muito lentamente. Em ambos os casos, o universo, mais uma vez, não permitiria a vida. Ou, outro exemplo de ajuste fino: Se a massa e energia do universo primitivo não fossem uniformemente distribuídas a uma precisão incompreensível de 1 parte em 10 elevado a 10 elevado a 123, o universo seria hostil à vida de qualquer tipo.
O fato é que o nosso universo permite a vida física interativa só porque estes, e muitos outros números, teriam sido de forma independente e primorosamente equilibradas no fio da navalha. Alguns físicos opinam sobre este planejamento fantástico no universo:
"Onde quer que os FÍSICOS olhem, eles vêem exemplos de ajuste fino." - Sir Martin Rees
"O fato extraordinário é que os valores desses números parecem ter sido muito finamente ajustados para tornar possível o desenvolvimento da vida." - Stephen Hawking
"Se alguém afirma não ser surpreendido pelas características especiais que o universo tem, ele está escondendo a cabeça na areia. Estas características especiais são surpreendentes e improváveis." - David Deutsch
Qual é a melhor explicação para esse fenômeno surpreendente? Há três opções óbvias. O ajuste fino do universo se deve a necessidade física, acaso ou design. Qual dessas opções é a mais plausível? De acordo com esta alternativa (necessidade física), o universo deve ser permissível a vida. Os valores exatos destas constantes e medidas não poderiam ser diferentes. Mas isso é plausível? Um universo não permissível a vida é impossível? Longe disso! Não é apenas possível; é muito mais provável do que um universo que permite a vida.
As constantes e medidas não são determinadas pelas leis da natureza. Não há nenhuma razão ou evidência para sugerir que o ajuste fino é necessário. Que tal o acaso? Será que tivemos muita, muita, muita sorte? Não. As probabilidades envolvidas são tão ridiculamente remotas como colocar o ajuste fino bem além do alcance do acaso. Assim, em um esforço para manter esta opção viva, alguns têm ido além da ciência empírica e optaram por uma abordagem mais especulativa conhecida como o multiverso. Eles imaginam um universo gerador que produz cuidadosamente um número tão grande de universos que, as probabilidades são que universos permissíveis a vida sempre aparecerão. No entanto, não há nenhuma evidência científica para a existência desse multiverso. Ele Não pode ser detectado, observado, medido, ou provado. E o universo gerador, em si, requereria uma enorme quantidade de ajuste fino! Além disso, pequenos fragmentos de ordem são muito mais prováveis do que os grandes. Assim, o universo observável mais provável seria um pequeno, habitado por um único e simples observador (cérebro Boltzmann). Mas o que realmente observamos é a mesma coisa que devemos pelo menos esperar: um universo vasto, espetacularmente complexo, altamente ordenado, habitado por bilhões de outros observadores. Assim, mesmo se existisse o multiverso (o que é um ponto discutível), ele não faria nada para explicar o ajuste fino. Devido a implausibilidade da necessidade física ou acaso, a melhor explicação para o por que o universo é milimetricamente ajustado para a vida pode muito bem ser que ele foi projetado dessa maneira.
Outros físicos opinam sobre estes fatos:
"A interpretação do senso comum do FATOS sugere que um superintelecto brincou com a física... E que não existem forças cegas falando sobre a natureza. Os números calculados a partir dos fatos parecem-me tão avassaladores para colocar essa CONCLUSÃO quase fora questão." - Fred Hoyle
"Há para mim uma poderosa evidência de que há algo acontecendo por trás de tudo... PARECE que alguém ajustou os números da natureza para fazer o universo. A IMPRESSÃO DE PROJETO é esmagadora." - Paul Davies
"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite". - Rei Davi - Salmo 19: 1-2.
Entretanto, temos outras questões envolvidas, pois não se pode negar que a complexidade biológica depende, em primeira instância, da Sintonia Fina no universo.
Tradução Walson Sales.
[08:34, 23/10/2018] Walson: O QUE O ISLAMISMO ESTÁ FAZENDO?

O QUE NÓS DEVEMOS FAZER?
Fato: Hitler assassinou 6 milhões de judeus, outros milhos de não-judeus, enquanto o mundo assistia impassível.
Fato: Os muçulmanos assassinaram mais de 2 milhões de “infiéis” (a palavra que eles usam para denominar os não-muçulmanos) nos últimos anos.
Fato: Centenas de outras pessoas são mortas quase diariamente em países como a Indonésia, a Nigéria, o Sudão e outros. Porque o mundo não levanta um clamor de indignação e revolta? Será que nós só vamos agir depois que 6 milhões de pessoas tiverem sido mortas?
Fato: Todos os dezenove sequestradores que praticaram os atentados em 11 de setembro de 2001 nos EUA eram muçulmanos. Os homens-bomba são muçulmanos. Será que essas pessoas são fanáticas? Será que elas estão manchando o bom nome de uma religião “pacífica”. Como muitos insistem em dizer?
Não precisamos especular. Basta olhar para Arábia Saudita (quinze dos dezenoves sequestradores de 11 de setembro de 2001 eram sauditas). Foi lá que o islamismo começou e é exemplificado todos os dias. É lá que estão localizadas suas cidades mais sagradas, Meca e Medina. Como é a vida na Arábia Saudita? Como seria a vida no mundo se o islamismo dominasse todas as nações, como querem os muçulmanos?
Fato: Nenhum judeu pode pisar na Arábia Saudita. Só os muçulmanos podem ser cidadãos do país.
Fato: As liberdades fundamentais dadas por Deus: de consciência, de julgamento justo, de imprensa, de eleições livres e de religião, são negadas nos países muçulmanos.
Fato: Nenhum templo não-muçulmano poder ser construído na Arábia Saudita. Se um muçulmano se converte a outra religião, o castigo é a morte! Os países muçulmanos negam as mesmas liberdades que lhes asseguramos no Ocidente. Será que isso é um a relação igualitária?
Não espere até que 6 milhões de pessoas sejam mortas! Encaminhe hoje seu protesto às Nações Unidas, aos líderes dos governos, à mídia, aos líderes das igrejas.
Divulgue os fatos. Vamos levantar um clamor internacional de indignação! (HUNT, 2004, p. 67, 68)
By Nivaldo Gomes.

terça-feira, 4 de junho de 2019

As contradições de um sábio

Certas teorias modernas, apesar da sua aparente força, não passam de frágeis “martelos” consumidos pela indestrutível “bigorna” da Palavra de Deus.


A tese, hoje defendida por um número cada vez maior de renomados cientistas, de que a Teoria da Evolução não é científica (ela não se baseia em provas discerníveis e confirmáveis), resultou, em 1982, num processo judicial que alcançou larga repercussão em todo o mundo. Depois que o Poder Legislativo do Estado de Arkansas, EUA, decidiu que a versão bíblica da criação fosse ensinada nas escolas públicas ao lado da teoria evolucionista, um juiz norte-americano disse que a referida lei de Arkansas era inconstitucional, uma vez que a Constituição dos Estados Unidos protege o livre exercício da religião, mas proíbe o Governo de impor pontos de vista religiosos a qualquer pessoa.

A controvérsia suscitada no Arkansas ainda não foi esquecida, provocando, de um lado, o fortalecimento das posições evangélicas em relação à origem da vida e do Universo, e, por outro lado, enfraquecendo ainda mais a já debilitada teoria evolucionista.
Convém salientar que Darwin, em pleno entusiasmo evolucionista. não saiu do terreno das hipóteses quando escreveu sua obra A Origem das Espécies, na qual incluiu o homem numa cadeia evolutiva totalmente contrária ã afirmação criacionista da Bíblia. Por mais de oitocentas vezes ele declara: “portanto..., suponhamos..., pode ser..., seja-nos permitido concluir..., daí...”, etc. Por considerar as contradições do famoso naturalista inglês muito significativas, transcrevo de meu livro Então virá o fim, já esgotado, o texto seguinte:
“Em 1850, o capitão Francis Allen Gardiner, denodado missionário cristão, fez em Londres intensa campanha através dos jornais com o objetivo de conseguir recursos para a fundação de uma missão evangélica na Patagônia, para a evangelização dessa região. Charles Darwin considerou louco o homem de Deus e fez diversos pronunciamentos públicos enfatizando que em suas viagens pelo mundo descobrira serem os patagões... o elo perdido entre o homem e o macaco! Em outras palavras:
aqueles nativos não passavam de criaturas semi-humanas e, portanto, incivilizáveis, incapazes mesmo de qualquer discernimento moral.
“Gardiner, ardendo em fé e transbordante de zelo pela obra de Deus, aceitou o desafio. E anos mais tarde o famoso Darwin, depois de visitar aquela região e ver ali os inegáveis frutos da grande obra de evangelização e educação iniciada pelo corajoso missionário, espontaneamente retratou-se em público de suas declarações. 
Escreveu ele: ‘Os resultados da missão de Tierra dei Fuego são absolutamente milagrosos e surpreenderam-me, tanto mais quando eu tinha predito o seu completo fracasso’. Desde então tornou-se fiel contribuinte da Sociedade Missionária para a Evangelização da América Latina.” (‘)

Mais vale o fim das coisas...

Certamente, sentindo o tremendo peso das consequências de suas opiniões, tanto no mundo científico como religioso, o professor Darwin, nos últimos anos de sua tumultuada existência (ele faleceu em 1882, com a idade de 73 anos), revelou-se pesaroso pelo que fizeram de seus escritos. Uma conhecida cristã de Northfield, de nome Lady Hope, que visitou Darwin nessa ocasião, relatou o seguinte:
“Num belo dia de outono, dos que raramente se experimentam na Inglaterra, fui convidada a visitar o doutor Darwin, que durante os seus últimos anos passava os dias na cama. Quando entrei no seu quarto um sorriso acolhedor iluminou o seu rosto, ao mesmo tempo que com uma das mãos indicava a paisagem que através da janela aberta, se podia contemplar. Na outra mão segurava uma Bíblia aberta.

- ‘O que está lendo, senhor professor?'
- perguntei-lhe, enquanto me assentava ao pé da cama.
- ‘A Epístola aos Hebreus’, respondeu o sábio. ‘Mais uma vez a Epístola aos Hebreus. Chamo-lhe um livro divino. Não é maravilhoso?’

“Em seguida indicou-me o que acabara de ler e explicou-me. Aproveitei para fazer referência a respeito da criação e dos primeiros capítulos de Gênesis. Notei que ficou mal impressionado e várias vezes passou a mão sobre a cabeça, dizendo por fim:

- ‘Eu era ainda bem novo naquele tempo, e tinha algumas ideias mal formadas, que participei a outros. Para minha grande surpresa, essas ideias pegaram e os homens fizeram delas uma espécie de religião’.
“Darwin parou um pouco para pensar e depois continuou suavemente, proferindo palavras acerca da glória de Deus e das grandezas do livro que segurava entre as mãos. De repente, disse-me:
-‘Tenho uma pequena casa no parque onde se podem alojar umas trinta pessoas. Gostaria que fizesse um culto ali. Sei que tem o costume de ler a Bíblia para o povo nas aldeias que visita ao redor. Amanhã à tardinha vou convocar os criados para um culto naquela casa, juntamente com alguns vizinhos, para que lhes fale!.
-‘De que lhes falarei?’ - perguntei.
- ‘De Jesus Cristo’ - respondeu Darwin com voz firme e da sua salvação’ - continuou, baixando a voz.'- ‘Não é o melhor assunto que se pode escolher? E ao mesmo tempo tem de cantar alguns hinos com eles’.
“Jamais poderei esquecer o brilho do seu rosto enquanto proferia estas palavras. E continuou:
-‘Se quiser, poderemos ter o culto às 15 horas, e eu vou ter a janela aberta para poder cantar convosco’.

“Como eu desejava ter um retrato do velho sábio e da linda paisagem nesse dia memorável!”

Vários outros autores têm feito referência a essa significativa ocorrência na vida do ilustre professor Darwin. O escritor H. P. de Castro Lobo menciona o livro “Evolution or Creation”, do professor H. Enoch, que circula na Inglaterra desde 1968, onde são confirmados os fatos por mim já referidos. Castro Lobo conclui: “O livro não revela, propriamente, a conversão, in extremis, de Darwin, pois não há ali qualquer registro de arrependimento, isto que tanto apela para a misericórdia divina. Contudo, ficou patente seu remorso pelo joio do ceticismo que sua vida anterior espalhara... Não é somente a covardia perante a morte que leva alguém a mudar de ideia quando chega o fim. Muitos são sinceramente coerentes, e com lucidez de espírito teriam toda disposição de abafar tudo de impróprio quanto falaram, de suprimir tudo de impróprio quanto fizeram, de apagar tudo de impróprio quanto escreveram. E isto pode ocorrer sem arrependimento... Seja como for, cabe aqui o pensamento de Salomão: “Mais vale o fim de uma coisa do que o seu começo”. 

Evidencias de um Criador 
Abrão de Almeida

Via: Ruanna Pereira.

sábado, 1 de junho de 2019

A complexidade do corpo humano e a possibilidade de evolução cega ao acaso:

Imagine as reações químicas no corpo humano? São tantas e tão complexas e simultâneas que relegá-las ao acaso é uma irresponsabilidade. Simmons e Dembski mencionam, por exemplo, que o interior do corpo humano é um lugar mais movimentado do que a cidade de Nova York, a cidade do México, Tokyo e Bombay juntas. De dez a setenta e cinco trilhões de células participam em mais de um quadrilhão de interações químicas propositais a cada dia que nos ajuda a andar, respirar, pensar, dormir, procriar, ver, ouvir, cheirar, sentir, digerir o alimento, eliminar os dejetos, escrever, ler, falar, fazer as células vermelhas, remover as células mortas, lutar contra as infecções, se comportar bem, se comportar mal, absorver os nutrientes, transportar oxigênio, eliminar o dióxido de carbono, manter o equilíbrio, conduzir um diálogo, entender instruções, argumentar, e tomar decisões complexas, somente para nomear algumas atividades comuns. Somando a isso, cada um desses processos tem dúzias – e às vezes centenas – de pequenos passos interativos, checagens, e confirmações de checagens, balanços, e mecanismos regulatórios. E mais, todos estes passos têm pequenos subpassos químicos. De muitas maneiras, o corpo humano funciona como uma nevasca extremamente bem organizada de respostas químicas invisíveis e impulsos elétricos de rápida transformação. O cérebro humano é um continente envolvido, varrido por furações elétricos microscópicos e ondas químicas que de certo modo, sente a realidade externa em uma base de microssegundo a microssegundo. Darwin não tinha uma pista de como estes mecanismos verdadeiramente funcionavam. Na maior parte, ele não sabia que eles sequer existiam (2004, p. 16).
Fonte:
SIMMONS, Geofrey S; DEMBSKI, William. What Darwin didn’t Know: A Doctor Dissects the Theory of Evolution. Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 2004
By Walson Sales.