segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Nabeel Qureshi EXPLICA por que abandonou o Islã e abraçou o Cristianismo

O Alcorão incorre em erro ao afirmar que Jesus não morreu na cruz (Sura 4:157). Esse único versículo se opõe a todos os historiadores sérios do planeta — sejam cristãos ou não. Até mesmo estudiosos ateus concordam que Jesus foi crucificado sob o governo de Pôncio Pilatos. Isso não é uma opinião. É um fato. O Alcorão apresenta uma narrativa falsa, sem qualquer testemunha ocular, enquanto a Bíblia oferece múltiplos relatos com testemunhos diretos.

O Islã se apropria de fábulas gnósticas, escritas centenas de anos mais tarde, e as apresenta como se fossem verdadeiras. Todo estudioso respeitado — ateu, judeu ou cristão — concorda com três pontos fundamentais: Jesus morreu crucificado, o seu túmulo foi encontrado vazio, e seus seguidores verdadeiramente acreditavam que Ele havia ressuscitado. Isso não é apenas uma crença cristã; é um consenso acadêmico. O Islã não pode apagar a história.

A cruz é real. A ressurreição é real. E as evidências da ressurreição de Jesus são tão sólidas que até mesmo muçulmanos, como Nabeel Qureshi, não puderam negá-las quando buscaram sinceramente a verdade.

O Alcorão rejeita a morte e a ressurreição de Cristo — que são a única esperança para a humanidade. Sem a cruz, não há perdão. Sem a ressurreição, não há vida eterna.

Veja aqui.


O desafio de Zakir Naik e a falácia do silêncio seletivo

O conhecido apologista muçulmano Zakir Naik lança um desafio: “Mostre-me um versículo da Bíblia onde Jesus diz, com estas palavras: ‘Eu sou Deus, me adorem’, e eu me converterei ao Cristianismo.”

Mas esse desafio, à primeira vista ousado, revela uma falácia profunda e um padrão duplo.

Se aplicássemos o mesmo critério ao Alcorão, o Islã entraria em colapso. Por exemplo: onde Jesus diz, no Alcorão, "Eu sou o Messias" ou "Eu sou a Palavra de Deus", com essas palavras exatas?

Ele nunca o faz. Ainda assim, o próprio Alcorão (Sura 1:171; 3:45) afirma que Jesus é o Messias e a Palavra de Deus — e os muçulmanos creem nisso.

Logo, o desafio de Naik é inconsistente. O argumento dele exige de Jesus, nas Escrituras, uma linguagem explícita que nem mesmo o Alcorão exige para suas afirmações doutrinárias.

Na verdade, Jesus afirmou sua divindade de forma clara e poderosa — não com a frase artificial que Naik exige, mas com expressões e atos que somente Deus poderia fazer.

Quando Jesus disse: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8:58), Ele não apenas ecoou o nome divino revelado a Moisés em Êxodo 3:14 — Ele se identificou como o próprio Deus eterno.

Em João 10:30, Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um”, e os judeus tentaram apedrejá-lo justamente por entenderem que Ele estava se fazendo igual a Deus.

E em Hebreus 1:8, o próprio Deus Pai chama o Filho de Deus: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre.”

O problema não é a ausência de provas, mas a disposição de aceitá-las.

Jesus não precisa gritar “Eu sou Deus!” quando toda a Sua vida, palavras, obras, autoridade, morte e ressurreição já gritam isso com majestade e poder.

Querido amigo muçulmano, este não é um ataque, mas um apelo: investigue com honestidade. O mesmo Jesus que é chamado de Verbo de Deus no Alcorão, é o Filho eterno de Deus nas Escrituras, que te ama e te convida a crer n’Ele — não por força, mas por convicção da verdade.

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim."

— João 14:6

sábado, 20 de dezembro de 2025

Os problemas dos nossos tempos: a batalha perene entre a Fé Cristã e o Naturalismo

Por Walson Sales

Este artigo tem como propósito aprofundar a análise do conflito entre o Cristianismo e o Naturalismo, conforme exposto por Charles Colson e Nancy Pearcey nos capítulos 2 e 3 da obra *E agora, como viveremos?* (CPAD, 2023). A leitura deste material está sendo realizada como preparação para o grupo de estudos idealizado pela irmã Adna Barbosa, cujo objetivo é examinar cuidadosamente este livro, capítulo por capítulo. O encontro está marcado para o dia 24/07, ocasião em que ministrarei aula sobre os capítulos referidos.

A discussão proposta vai além de uma simples comparação teórica entre duas visões de mundo: ela revela um embate profundo, com implicações existenciais, morais e sociais, que afetam diretamente o nosso tempo. A guerra cultural e espiritual entre a fé cristã e o Naturalismo não é nova, mas se tornou cada vez mais urgente e agressiva no contexto contemporâneo.

1. A definição dos oponentes: Teísmo versus Naturalismo

O Cristianismo, como expressão do Teísmo, afirma a existência de um Deus pessoal, transcendente, criador e sustentador do universo. Este Deus é também o autor de uma verdade objetiva e imutável, que se revela ao ser humano por meio das Escrituras e da criação. Em contraste, o Naturalismo sustenta que o universo é tudo o que existe – matéria, energia e leis naturais. Para o naturalista, tudo surgiu ao acaso, sem propósito, a partir de colisões atômicas e processos cegos de evolução.

A pergunta central é: a realidade última é Deus ou o cosmos? Estamos diante de uma batalha de pressupostos fundamentais. Se não há Deus, como explicamos a existência, a consciência, a moral, a razão, a beleza e a esperança? O Naturalismo, ao se recusar a recorrer a qualquer causa transcendente, limita-se a explicações redutivas que falham em dar conta da complexidade e profundidade da experiência humana.

2. O colapso moral: relativismo como fruto do Naturalismo

Um dos principais frutos do Naturalismo é o relativismo moral. Se não há um padrão transcendente de certo e errado, então todos os valores morais se tornam subjetivos. Cada pessoa ou cultura pode criar seu próprio código ético baseado em preferências, impulsos ou convenções. Este é o alicerce filosófico para a decadência moral em nossa sociedade contemporânea.

O Cristianismo, em contrapartida, apresenta um padrão absoluto baseado no caráter santo de Deus. A moral cristã não é arbitrária, mas fundada na natureza imutável de Deus e revelada objetivamente nas Escrituras. A ausência de tal fundamento no Naturalismo conduz inevitavelmente ao niilismo – a ideia de que nada tem sentido, valor ou propósito. Como alertou Francis Schaeffer, “quando se perde a base moral absoluta, tudo se torna permitido”.

3. Multiculturalismo, identidade e a fragmentação do eu

Outra consequência do relativismo é o multiculturalismo radical, que coloca todas as culturas no mesmo nível moral, negando qualquer critério transcendente de avaliação. A identidade passa a ser definida exclusivamente por categorias sociais como raça, gênero ou grupo étnico. Isso se manifesta no discurso pós-moderno, que rejeita toda verdade universal em favor de narrativas subjetivas.

O Cristianismo não nega a importância das culturas ou das expressões humanas diversas, mas insiste que a verdade não pode ser relativizada ao grupo. Ela é objetiva, eterna e se encontra na perspectiva de Deus. Portanto, práticas culturais devem ser avaliadas à luz da verdade divina. A cosmovisão cristã é capaz de afirmar a dignidade de todas as culturas e, ao mesmo tempo, criticar práticas que desumanizam, ferem ou contradizem os princípios eternos revelados por Deus.

4. Pragmatismo e a perda dos ideais

No campo da ética prática, o Naturalismo conduz inevitavelmente ao pragmatismo: o que funciona é o que é certo. O bem se torna uma questão de eficiência, utilidade ou resultado imediato. Neste paradigma, fins justificam os meios, e princípios morais são descartáveis se impedem a eficácia.

A fé cristã, ao contrário, não julga ações por sua utilidade, mas por sua conformidade com os padrões absolutos de Deus. O cristão é chamado a ser fiel, mesmo que isso não traga resultados imediatos ou visíveis. O apelo do pragmatismo moderno reflete uma cultura que perdeu sua conexão com o ideal, com a virtude, com a integridade como valor absoluto.

5. O mito utópico e a negação do pecado

O Naturalismo também alimenta o utopismo: a crença de que podemos criar uma sociedade perfeita através de reformas sociais e econômicas. Esse ideal se baseia na visão iluminista de que o ser humano é essencialmente bom e que os males sociais derivam apenas de estruturas injustas.

O Cristianismo, por sua vez, reconhece a realidade e profundidade do pecado humano. O mal não é apenas estrutural, mas inerente ao coração humano. Nenhuma engenharia social pode eliminar a tendência humana à desordem e ao egoísmo. Somente a redenção em Cristo pode transformar verdadeiramente o ser humano. A utopia cristã não é deste mundo: ela será plenamente realizada apenas com a intervenção divina no fim da história.

6. Uma visão eterna versus uma perspectiva limitada

O Naturalismo é inerentemente temporalista. Ele reduz a existência àquilo que pode ser visto, medido e experimentado neste mundo. A vida é um breve instante entre dois nadas. O Cristianismo, porém, vê tudo à luz da eternidade. Nossas escolhas aqui têm consequências eternas.

Enquanto o naturalista vive para o agora, o cristão vive com os olhos fixos no porvir. A eternidade confere dignidade e peso eterno às ações do presente. Esta perspectiva molda não apenas a ética, mas também a esperança, a perseverança e o significado da existência.

7. A apologética cristã e a ruína do Naturalismo

A cosmovisão cristã apresenta uma explicação abrangente, coerente e satisfatória para a realidade. Ela responde às grandes questões da vida: Quem somos? De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? Qual é o sentido da vida? O Naturalismo, por outro lado, falha em fornecer respostas consistentes. Ele não pode justificar a razão, a moral, a dignidade humana, nem mesmo a ciência que pretende sustentar.

Como argumenta William Lane Craig, o Naturalismo é auto-refutável porque pressupõe a confiabilidade da razão enquanto nega qualquer base transcendente para ela. Ronald Nash também observa que o Naturalismo é intelectualmente falido porque não pode explicar o conhecimento, a consciência ou o valor. Norman Geisler acrescenta que, sem Deus, não há possibilidade de se estabelecer um fundamento objetivo para o bem ou a verdade.

Conclusão: um erro comum com nomes diferentes

Naturalismo, materialismo, ateísmo e evolucionismo são, em essência, expressões do mesmo erro: a rejeição de Deus como fundamento último da realidade. Todos partem da premissa de que não há uma causa inteligente, pessoal e transcendente. Todos resultam em desesperança, fragmentação moral e crise de significado.

Como disse Pascal, “há um vazio no coração do homem que só pode ser preenchido por Deus”. A fé cristã, longe de ser um salto irracional, é a única resposta racional, coerente e satisfatória para os dilemas do nosso tempo. Que estejamos prontos para defender essa verdade com graça, coragem e sabedoria.

Bibliografia utilizada e sugerida

COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E agora como viveremos? (9ª impressão). Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CRAIG, William Lane. Em guarda: defendendo a fé cristã com razão e precisão. São Paulo: Vida Nova, 2011.

GEISLER, Norman. Enciclopédia de apologética. São Paulo: Vida, 2002.

NASH, Ronald. Cosmovisões em conflito: escolhendo o Cristianismo em um mundo de ideias. São Paulo: Editora Monergismo, 2019.