domingo, 7 de abril de 2019

APOLOGISTAS – Pela Verdade em defesa da Palavra de Deus.

Os apologistas da fé cristã sempre foram impelidos a comunicar, de maneira clara, as verdades da Palavra de Deus. Movidos pelo amor ao conhecimento dos Escritos Sagrados, esses, sempre foram conscientes de que a Palavra em nada se mostra preocupada em acatar padrões de homens construídos de forma autônoma. Ao invés disso, sabem que a revelação bíblica se propõe a apontar com muita lucidez a raiz dos problemas, sem perder tempo com retóricas ôcas. Assim tem sido testemunhado o cristianismo bíblico ao longo da história: Opondo-se vorazmente ao pecado, aos vários tentáculos das heresias, ao argumento insustentável do ateísmo e todo tipo de expressão relativista, defendidos pela sociedade. Assim tem sido, sem cessar, sem baixar a guarda. E assim o fazem, porque são conscientes de que todos esses, tem se levantado na história como declarados antagonistas da Palavra de Deus.

Ao voltar os olhos para os registros da igreja primitiva, observamos que o apóstolo Paulo desafiou o hedonismo religioso do contexto de então. Ele confrontou a igreja dos Gálatas: " Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar os homens? Se agradasse ainda os homens, não seria servo de Cristo" ( Gl 1.10). Aos romanos ele audaciosamente afirmou: "...não me envergonho do evangelho de Cristo..." ( Rm 1.16). Ainda, no livro de Atos, o vemos declarando as verdades da Palavra de Deus sem se preocupar com a posição social, o poder e o prestígio dos homens. Quando confrontou Félix, cuja devassidão era bem conhecida pelo império romano ( At 24.24-27), ele não utilizou palavras confortantes, tentando agradar com lisonjas, pelo contrário, sua mensagem confrontou tanto Félix que este mandou Paulo retirar-se ( v.25). Vale salientar que na ocasião o apóstolo estava diante de Félix como prisioneiro diante de um juiz.

Quando o apóstolo Pedro pregou no dia de Pentecostes, as pessoas foram confrontadas e compungidas no coração ( At. 2.37-41). O apóstolo não tentou agradar massageando o ego dos ouvintes. Ele apenas e suficientemente proclamou a verdade da Palavra de Deus.

E o que dizer do Senhor Jesus?

O ministério terreno do Senhor foi cercado por movimentos de diversos grupos filosóficos, políticos e religiosos que exerciam suas influências sobre o povo. Muitos deles são bastante mencionados no N.T., como os escribas, fariseus, saduceus, herodianos, samaritanos, publicamos e zelotes. Os escribas, por exemplo, tentavam monopolizar a interpretação das Escrituras ( Mc 12.28-34), e negligenciavam os mandamentos de Deus guardando suas próprias tradições ( Mt 23.2-3).

Quanto aos fariseus, o evangelista Lucas registrou que Jesus os considerava condutores cegos e falsos guias ( Lc 11.37-44). A esses, Jesus reprovou por várias razões, pois o insultavam por não tolerar a realização de milagres no sábado ( Lc 6.7; Mt 12.1-8; Jo 9.13-16). Ainda agiam com hipocrisia e ostentação, e a piedade deles não passava de orgulho e fingimento ( Mt 23.1-12). A esses referiu- se Jesus: " Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrarão no reino dos céus" ( Mt 5.20).
Uma das missões inegociáveis da igreja militante de Cristo é confrontar o mundo, através da característica apologética, dando continuidade a mensagem que por Ele foi proclamada, deixando os homens diante do espelho de sua condição perdida, fazendo-os desconfortáveis com a realidade do seu estado caído, pecaminoso. Porém a missão da igreja não fica apenas na problemática, ela testemunha a mensagem do Evangelho apontando a solução, o único caminho, a legítima verdade e abundante vida que é a pessoa de Cristo Jesus ( Jo 14.6).

Por Fabiana Ribeiro.

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