• Movimentos Messiânicos - Os judeus aguardavam ansiosamente um libertador que restauraria a nação aos dias de glória vividos quando dos reinados de Davi e Salomão. Desde então já haviam passado mil anos, e eles tinham enfrentado divisões, exílios e ocupações. Mas muitos aguardavam firmemente o cumprimento das promessas das Escrituras, esperando o Messias com ansiedade.
Contudo a cultura judaica estava cheia de especulações a respeito da vinda dele, de como seria sua aparência e seu modo de agir. Alguns acreditavam que seria necessário preparar o caminho para ele fazendo uma convocação de santidade, ou uma ação militar, ou a ambas.
A vinda do Messias foi um tema constante no ministério de Jesus.
Quando André foi procurar pelo irmão Pedro, a primeira coisa que lhe disse: " Achamos o Messias" ( Jo 1.41). Também a mulher com quem Jesus conversou junto ao poço afirmou que sabia que o Messias estava por vir( Jo 4.25). E no dia da festa de Dedicação, os judeus perguntavam a Jesus abertamente se ele era o Messias ( Jo 10.24), e houve a ocasião em que o povo quis a força coroa- lo rei ( Jo 6.15).
Porém, essa intensa expectativa da vinda dele tornou muitos judeus susceptíveis de ser enganados. E surgiram muitos que se diziam profetas e declaravam ser eles o Messias, quase sempre atraindo numerosos seguidores. Qualquer um que prometesse a liberação de Israel ( Lc 1.68), logo reunia em torno de si inúmeros ouvintes.
Existem registros históricos de alguns dos primeiros falsos Messias. Um deles foi Teudas, que conseguiu arrebanhar muitos
seguidores, e chamou- os que acompanham-se ao Jordão onde ia abrir as águas do rio como Josué o fizera. O Jordão não se abriu, e seus seguidores o abandonaram.
Houve também um egípcio que alegou ser o Messias, e que convocou uma reunião do povo no Monte das Oliveiras. Ele dissera que todos que ali fossem veriam as muralhas de Jerusalém desabar a uma ordem sua, mas elas não ruíram. Talvez seja o mesmo que Lucas menciona em Atos ( 21.38), afirmando que os seguidores eram número de 4.000.
Mesmo nos últimos dias de Jerusalém, quando os soldados romanos estavam prestes a incendiar o templo, havia ali um outro profeta que reuniu 6.000 pessoas em torno de si. Até aquele momento, eles aguardavam que do céu viesse a libertação total.
Quando Jesus entrou em cena, sua afirmação de que era o Messias não era nenhuma novidade, nem um conceito absurdo. Todos estavam na expectativa desse acontecimento. O Senhor achava- se bem consciente dessa disposição mental do povo, e por isso advertiu a seus discípulos a respeito dos falsos messias que surgiriam ( Mt 24.23-24).
Fonte: Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos ( William L. Coleman).
Via Fabiana Ribeiro.
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