Veja o que diz a confissão de Westminster:
“Embora hipócritas e outros homens não regenerados possam em vão se iludirem com falsas esperanças e presunções carnais de estarem sob o favor de Deus ou possuírem a salvação; tal esperança deles perecerá. Já os que verdadeiramente crêem no Senhor Jesus, e O amam em sinceridade, e procuram andar em toda boa consciência diante dEle, podem nesta vida estar certamente seguros de que estão em estado de graça, e podem regozijar na esperança da glória de Deus; tal esperança nunca os envergonhará."
Perceba que, entre os fatores cruciais que indicam que alguém verdadeiramente crê é a alegre obediência a Deus, o desejo de andar diante dEle em boa consciência, etc. Esses fatores inevitavelmente tem um grau de subjetividade que é inegável e é nesse ponto onde os crentes que têm dificuldades em obedecer comumente se encontram abatidos e duvidosos, pois sua obediência não tem sido sempre perfeita e alegre, e sua consciência às vezes fica nublada.
Esses tipos de batalhas espirituais são comuns entre crentes de todas as tradições que reconhecem a transformação moral e espiritual como evidência da regeneração e da fé verdadeira.
Os calvinistas não podem serem honestos em assegurar para as pessoas que Deus as ama para tornar possível o nosso florescimento e bem-estar eternos, sem estarem, com isso, afirmando conhecer mais sobre os conselhos secretos de Deus do que qualquer ser humano pode conhecer.
O que realmente impressiona é que para os calvinistas, é que as pessoas podem receber uma iluminação parcial e temporária e que por isto, por um tempo, parecem ser verdadeiramente eleitos, mas de fato não são. Essas pessoas estão iludidas por uma falsa esperança.
Essa apavorante possibilidade é o que persegue calvinistas que tem problemas com a segurança e a certeza da salvação. Tempos de falhas morais e depressão podem ser facilmente interpretados como evidência de que a pessoa afinal não é de fato um escolhido, é que o próprio Deus está endurecendo o seu coração para não responder positivamente a graça dEle.
Isto é um grave problema pois pode levar a crentes em crise a viverem uma vida de hipocrisia ou de apostasia, pois alguns, com medo de confessarem as suas fraquezas continuariam vivendo uma vida de pecados porque viverá uma vida de doente sem ir ao médico.
Outro problema grave deste conceito é que ele coloca a consciência como juiz de sua salvação, como a consciência é subjetiva, ela pode conduzir ao erro ao ser cauterizada pelo pecado. Rm 1. 18-32.
By Rafael Félix.
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