[A jornada de um erudito muçulmano para fora do Islã – parte 2]
Por Mark A. Gabriel
Eu estava estudando na Universidade Al-Azhar para receber mestrado em História e Cultura Islâmica. Esta era uma coisa perigosa a fazer. Por quê? Porque os alunos de história islâmica experimentam com frequência uma das duas poderosas reações ao que eles aprendem nestas aulas.
Primeira, os alunos muçulmanos de história, com frequência, terminam com sérias dúvidas sobre sua fé. Conheci muitos muçulmanos que experimentaram isso. Cerca de quarenta anos atrás, O Grande Imam de Al-Azhar reconheceu isso e considerou proibir o estudo de história islâmica completamente!
Eu experimentei esse efeito pessoalmente. Em meus estudos, eu vi como o ensino do islã produziu uma história sanguinária do início até o presente. Até mesmo os primeiros quatro líderes após a morte de Muhammad estiveram focados na guerra. No meu último ano na Al-Azhar, passei abertamente a questionar se alguns dos que eram considerados heróis da fé, deveriam ser considerados como criminosos.
No mundo islâmico, é inaceitável julgar a história dessa forma. Se eu estivesse no Egito, não seria um homem livre hoje. Ou estaria morto ou na prisão.
Segundo, um estudante muçulmano de história pode ter a reação oposta e escolher tomar a história como um guia para a sua vida pessoal. Esta pessoal se torna um radical. Líderes poderosos do radicalismo islâmico não são jovens pobres desesperados e sem esperança para o futuro. Eles são homens bem educados que estudaram o islã profundamente. Alguns dos líderes modernos mais conceituados memorizaram todo o Alcorão, incluindo o Ayatollah Khomeini e o Sheikh Omar Abdul Rahman.
Fonte:
GABRIEL, Mark. A. Journey into the mind of na Islamic Terrorist: Why they hate us and how we can change their minds. Lake Mary, Florida: Frontline, 2006, pp. 9-10
Tradução Walson Sales.
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