terça-feira, 14 de maio de 2019

Quando a ideia de um mundo pós- cristão começou a aparecer na consciência popular (parte 1)

Os Estados Unidos não eram os mesmos depois da Primeira Guerra Mundial. Tudo mudara. A guerra foi tão significante na redefinição do país que mesmo os livros de história da igreja usam o evento como um ponto demarcatório. O título do livro de Henry May, The End of American Inocence, 1912-1917 ( " O Fim da Inocência Americana, 1912-1917), define a mudança dos Estados Unidos. Robert Handy, professor de história da Igreja na América, considera a época como o fim de uma " América cristã". Os estudiosos argumentam que é secundário se o fim técnico da inocência ocorreu em 1917 ou 1918. O ponto é que a Primeira Guerra Mundial mudou tudo.
Para os americanos, a Primeira Guerra Mundial aconteceu " lá adiante", na Europa, muito, muito distante. Apenas uns poucos compreenderam as trágicas dimensões do holocausto.
Durante a década de 1920, este número aumentou quando os participantes e os observadores começaram a expor a realidade das consequências da guerra. Contudo, apenas com a Grande Depressão, um grande número de pensadores começou a ver que a civilização burguesa estava em profunda crise. E apenas um quarto de século depois, a ideia de um mundo " "pós-cristão" começou a aparecer na consciência popular.

• Panorama: 1918-1965

O período após a Primeira Guerra Mundial seguiu um itinerário progressivo:


1. Destruiu-se para sempre o otimismo do fim do século XIX e do início do século XX; o mundo não estava melhorando.

2. Estourou uma guerra entre os fundamentalistas e os modernistas por causa dos ataques à autoridade da Bíblia.

3. Os modernistas venceram e tornaram-se o protestantismo da corrente majoritária.

4. A vitória dos modernistas teve vida curta. O liberalismo protestante era vazio e não tinha capacidade para contribuir com a cultura. Logo, uma parte da igreja substituiu-se por um cristianismo evangélico fervoroso, mais conservador e mais aguerrido.

Fonte: Deus e o seu Povo - A História da Igreja como Reino de Deus ( James L. Garlow)
Via Fabiana Ribeiro.

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