No livro Sagrado de Levítico, nos capítulos 18 e 20 existem passagens dignas de destaque aqui. No capitulo 18 Deus proíbe o povo a: chegar-se para descobrir a nudez da mulher durante a menstruação (v. 19), não deitar-se com a mulher do próximo (v. 20), entregar os filhos para dedicar-se a Moloque (v. 21), deitar-se com homem como se esse fosse mulher, ainda afirmando que é abominação (v. 22), nem o homem ou a mulher deitar-se com um animal (v. 23). Deus ainda afirma que os povos da terra estavam exatamente sendo lançados fora por terem-se contaminados com estas práticas abomináveis (v. 24-29). Deus, portanto encerra determinando que os israelitas, por obrigação, não deveriam praticar nenhuma destas abominações (v. 30). Em Levítico 20 a relação tende a aumentar. Deus proibiu entregar os filhos a Moloque sob pena de morte (v. 1-5), consultar necromantes e feiticeiros (v. 6), amaldiçoar pai e mãe (v. 9), adulterar (v. 10), deitar-se com a mulher do pai (v. 11), deitar-se com a nora (v. 12), deitar-se com outro homem (v. 13), um homem possuir a mulher e sua mãe (v. 14), ajuntar-se com animal (v. 15, 16), tomar a irmã, filha de seu pai (v. 17), visitar a mulher no tempo da menstruação (v. 18), descobrir a nudez das tias (v. 19, 20), tomar a mulher do irmão (v. 21), adverte o povo à santidade e à obediência às leis estabelecidas (v. 7, 8, 22), asseverando que toda esta relação de pecados horríveis eram praticados “por costume” pelos povos que haviam habitado a terra de Canaã e que Deus os estaria expulsando exatamente pela prática destes pecados, motivo pelo qual Deus os havia aborrecido. Fica patente a santidade de Deus sendo vindicada pela sua justiça através da lei da semeadura e da colheita. Porém, mais uma vez o dilema e a tensão aparecem. Se Deus decretou “todas as coisas”, isso inclui toda esta relação de pecados cometidos pelos cananeus e posteriormente pelos próprios israelitas. Deus estaria dizendo que estava lançando fora aquelas pessoas, para fora da terra por terem cometido tais abominações, advertindo os israelitas a não seguirem no mesmo exemplo de devassidão, mas a obedecerem às leis e à santificação, porém, Deus estaria dizendo na agenda oculta que se os cananeus pecaram tão gravemente, foi porque Deus determinou que pecassem. O povo santo que posteriormente pecaram, desobedecendo as ordens para obedecerem às leis, também só agiram deste modo porque Deus havia determinado, se este possível “decreto incondicional de todas as coisas” for verdadeiro não poderia existir outra interpretação. Apesar do fato do escritor sacro mencionar os pecados repugnantes para Deus como abominações (do Hb. to`evah) que significa “coisa abominável, detestável, ofensiva”, claramente referindo-se a todas as ações humanas relacionadas acima, bem como ao travestismo (v. Dt 22.5), ao homossexualismo (v. Lv 18.22), a idolatria (v. Dt 7.25, 26), e ao sacrifício infantil (v. Dt 12.31). Essa teoria do decreto “de todas as coisas” além de detestável (to`evah), torna-se irracional, pois coloca Deus como autor de ações que ele abomina. Vamos seguir em frente.
By Walson Sales.
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